domingo, 29 de março de 2015
Arroz com óleo de coco: união que faz bem à saúde
Arroz menos calórico? Cientistas garantem que é possível e depende apenas da forma de cozinhá-lo. Pesquisadores desenvolveram fórmula simples que reduz pela metade a quantidade de calorias dos grãos populares em todo o mundo. No entanto, o que soa como novidade nessa pesquisa para nós é uma coisa muito antiga, feita por nossas avós e mães, que usavam a gordura de coco para cozinhar os alimentos, bem como a gordura de porco, outra solução saudável. Ambas foram se perdendo com o tempo, mas podem ser resgatadas. Basta você querer.
DENVER, EUA - Cientistas desenvolveram uma nova e simples maneira de cozinhar arroz que pode reduzir pela metade o número de calorias absorvidas pelo corpo. A intenção dos pesquisadores é ter mais uma ferramenta para combater os índices de obesidade, já que o arroz é iguaria presente na mesa de boa parte do mundo ocidental e oriental. A descoberta será apresentada no Encontro Nacional da Sociedade Química Americana.
O número de pessoas que estão acima do peso ou são obesas está crescendo progressivamente. Mudanças no estilo de vida têm aumentado o sedentarismo, além do hábitos de consumir mais gorduras e açúcares, assim como optar por mais carboidratos, como o arroz, que tem cerca de 240 calorias por xícara.
— Como a obesidade vem se tornando um problema crescente de saúde, especialmente em países em desenvolvimento, queríamos achar soluções com base na comida — afirmou o autor da pesquisa, Sudhair James, da Faculdade de Ciências Químicas, no Sri Lanka. — Descobrimos que aumentar a concentração do chamado amido resistente (AR — a porção que resiste à digestão) é uma nova forma de resolver o problema.
O amido é um dos componentes do arroz e pode ser encontrado de duas formas. Um deles é o amido digerível e o outro, o AR, que não é digerido no intestino delgado, onde os carboidratos são geralmente metabolizados em glicose e outros açúcares simples e absorvidos pela corrente sanguínea. Assim, os pesquisadores ponderaram que se pudessem transformar o amido digerível em AR, então poderiam reduzir a quantidade de calorias usadas no arroz.
— Depois que seu corpo converte carboidrato em glicose, o combustível restante é convertido num polissacarídeo chamado glicogênio — explica. — Seu fígado e seus músculos estocam o glicogênio para, posteriormente, ser convertido em energia, conforme a necessidade. Acontece que o excesso de glicose que não é convertido em glicogênio acaba se acumulando em forma de gordura.
A equipe usou 38 tipos de arroz do Sri Lanka e desenvolveu uma nova forma de cozimento que aumenta a concentração de AR. Neste método, eles adicionaram uma colher de chá de óleo de coco na água fervente. E depois adicionaram meia xícara de arroz e cozinharam-no. Depois, eles refrigeraram o arroz por 12 horas. Isto levou à produção de dez vezes mais AR que o usual.
James explica que o óleo penetra no amido durante o cozimento, modificando sua arquitetura de forma que ele se torna resistente à ação das enzimas digestivas. Isto significa que menos calorias serão absorvidas pelo corpo. O resfriamento, segundo o pesquisador, também é essencial para garantir o efeito.
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