quinta-feira, 30 de julho de 2015

Que tal ir a São Lourenço e aproveitar a festa?

                         
 
Um bom motivo é aproveitar o Parque das Águas, com o seu potencial curativo. A Nestlé, empresa que ajuda a preservar o local, aproveita a ocasião para projetos de marketing envolvendo sua marca famosa de água mineral.

Para comemorar os 125 anos da água mineral São Lourenço a Nestlé Waters está investindo R$ 2,5 milhões na marca. O aporte inclui renovação visual em embalagem e ponto de venda, além de uma nova campanha. O objetivo da repaginação é facilitar a identificação do produto nos pontos de vendas e restaurantes, já que a linha com gás recebe um tom mais escuro de verde diferenciando-a da versão sem gás.

Para o segundo semestre, a marca prevê o lançamento de uma série de anúncios off-line na região Sudeste. As peças, criadas pela Publicis, reforçarão o histórico da marca e sua estreita relação com a gastronomia, mostrando o produto ao lado de cinco diferentes receitas com histórias muito originais para serem contadas.

Outras iniciativas fazem parte da comemoração dos 125 anos de São Lourenço. Entre elas atividades na cidade de São Lourenço, em Minas Gerais, onde a companhia realiza e preservação do Parque das Águas, um dos mais famosos atrativos turísticos do Sul de Minas, que está sob gestão da Nestlé Waters desde 1992. Por lá, dois murais permanentes do artista urbano Eduardo Kobra foram instalados. Em um deles, uma foto antiga do Parque foi retratada, e, no outro, o grafiteiro com seus traços e cores vibrantes incentiva o visitante a refletir sobre o consumo consciente da água.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Dica Gastronômica : Fazenda mineira adota técnica italiana para o queijo parmesão

                          
 
Indústria agrega valor à produção de leite de propriedade em MG. Depois de pronto, o queijo pesa cerca 35 quilos e custa R$ 1,2 mil.

A Fazenda da Malhada, em Minas Gerais, é um pedacinho da Itália no brasil. A propriedade consegue agregar valor ao leite e à carne de porco fabricando queijos e embutidos. Há uma grande variedade de produtos finos e deliciosos.

Presunto parma, panceta, lombo, salame, copa, queijo mascarpone e parmesão são produtos típicos da Itália feitos no Brasil de forma integrada, sustentável e dentro de uma única fazenda.

A fazenda fica em Cachoeira de Minas, sul de Minas Gerais. São 500 hectares em uma área a 850 metros de altitude. O lugar tem clima ameno, bom para a criação de gado leiteiro da raça holandesa.

O agricultor Romano Orsi, dono da fazenda, nasceu na região de Parma, no norte da Itália. Engenheiro projetista de máquinas para processar frutas, Orsi chegou ao Brasil na década de 1970 para montar uma fábrica de polpa de goiaba a poucos quilômetros de Cachoeira de Minas.

Hoje, Orsi é um grande industrial. Tem fábrica de máquinas na Itália, na América Central e no Brasil. Ele comprou a fazenda há 10 anos para retornar às origens. Na Itália, o agricultor nasceu e cresceu no campo. “Pode ir no fim do mundo, mas sempre a gente gosta de voltar na origem. Por isso, está fazenda, este gado, me cria um ambiente de como tinha na minha infância”, diz.

Quando Orsi comprou a fazenda, ela já tinha um rebanho mestiço de holandês e uma produção de 700 litros de leite por dia. Mas, foi uma decepção na hora de vender o leite. “Eu vi que não dava para alimentar as vacas do jeito certo para poder pagar também os funcionários que eram poucos e em modo decente para poder ter um empreendimento sustentável, que pudesse ir crescendo”, lembra.

Assim, surgiu a ideia de transformar leite em queijo parmesão, chamado na Itália de grana padano, seguindo a receita feita em Parma. “Parma tem as mesmas condições climáticas que tem em Cachoeira de Minas. Cachoeira de Minas está a 850 metros de altitude e Parma está a 80 metros. Em Parma no verão faz calor de 35 a 38 graus. E aqui, por estar a 850 metros de altitude, não faz tão calor. No inverno, determinadas noites chega até gear”, diz.

O rebanho da Fazenda da Malhada tem 750 animais de raça holandesa pura, com alta qualidade genética. São 400 vacas em lactação. A fazenda recriou o mesmo sistema utilizado na Itália. Doze horas após o parto as bezerras vão para uma área onde são criados em casinhas individuais. Elas recebem no balde toda a alimentação necessária. Aos dois meses, as bezerras vão para o campo; onde permanecem até a primeira lactação.

Esses animais passam boa parte da vida no pasto. Só que o capim não tem importância nenhuma na dieta do rebanho. Tudo que os bichos comem é fornecido no cocho.

“A gente começa a inseminar os animais com peso por volta de 350 quilos com 15 meses de idade. Esse animal tem que ter um ganho de peso diário de 660 a 700 gramas para alcançar esse peso nessa idade”, diz o veterinário Gustavo Menechelli.

A ração é formada na fazenda. Além de uma boa nutrição, leva em conta o que é necessário para ter um leite adequado à produção do queijo. “Nós trabalhamos com cereais de alta qualidade de absorção, de digestão: farelo de soja, fubá de milho, caroço de algodão e feno, para ter um diferencial na fibra. Nós trabalhamos muito próximos da Europa, da Itália, em relação a nossa produção”, esclarece Menechelli.

A boa saúde dos animais é essencial para o funcionamento do sistema. Vacinas e vermígos estão sempre em dia. A qualquer sinal de doença, o animal é isolado e tratado. O leite é descartado até vencer o prazo de carência do antibiótico. Todos esses cuidados são tomados para não prejudicar a qualidade do leite.

A fazenda só trabalha com inseminação artificial. Do parto até o final da lactação, as vacas são confinadas no sistema de freestal, que é um galpão coberto, com cama de areia, e equipado com ventiladores para dar conforto aos animais.

Duas vezes por dia, quando as vacas vão para a ordenha, o freestal é cuidadosamente limpo. Higiene é essencial para a qualidade do leite. “Qualquer volume de sujeira vai interferir diretamente no produto final nosso que é o queijo”, explica o veterinário.

As vacas produzem uma média de cerca de 28 litros de leite por dia. Antes da ordenha se faz teste de mastite, lavagem dos tetos e a secagem com toalha descartável. No final, aplica-se iodo para desinfetar. Da ordenha o leite segue para a queijaria. O alimento vai direto para desnatadeiras, onde chega com mais de 3% de gordura. Para fazer o parmesão é preciso reduzir esse percentual. “Nós temos que trabalhar de 2,4% a 2,6% de gordura”, estabelece José Nogueira, gerente da queijaria.

O gerente da queijaria José Nogueira explica que a gordura que sobra é usada na fabricação de queijo mascarpone. O parmesão é preparado em tachões de cobre que vieram da Itália, assim como todo o equipamento usado na fazenda. O leite vai sendo aquecido gradativamente, até chegar aos 55 graus.

Para se produzir o grana padano é preciso ter o chamado soro fermento, produto resultante da fabricação do próprio queijo. Todos os dias, é recolhida uma quantidade de soro para ser usada no dia seguinte. Nessa parte do processo dá para entender porque o uso de antibióticos é controlado com rigor. “Se tiver um animal que, por acaso, foi tratado, que escapou no curral e foi misturado com o gado bom, com antibiótico, no outro dia morreu o soro”, diz Nogueira.

Enquanto o leite aquece, se adiciona o coalho. Depois, se acrescenta o soro fermento. Quando chega ao ponto, a massa tem que ser quebrada. Aos 55°, a massa é colocada em um pano para escorrer. Para fazer um quilo de queijo vão 13 litros de leite. Com o cozimento leve, a massa vira uma bolona que é dividida em duas partes, acomodadas em grandes formas plásticas.

A forma de metal é uma espécie de cinta que aperta a massa para que tome a forma tradicional do queijo grana padano. O Próximo passo é a salga, feita em tanques com uma solução de água e 22% de sal. O queijo fica no tanque por três dias na mesma posição e tem que ser virado duas vezes por dia. Depois, vai para outro tanque, onde fica de lado para salgar por igual.

Depois da salga, o queijo é lavado e transferido para a câmara de maturação. Os queijos ficarão descansando por um ano, a uma temperatura que varia entre 16° a 18° e a umidade do ar em torno de 75%. O queijo tem que ser acomodado em prateleiras de madeira. “Na madeira o queijo consegue transpirar. Se fosse inox, ia virar uma poça de gordura e não ia infiltrar a gordura”, diz Nogueira.

Os queijos são escovados periodicamente. O grana padano não pode ter nenhum furinho por dentro. Para saber se ele está perfeito, Nogueira usa um martelinho e vai batucando no parmesão. A prova final acontece na hora de abrir o queijo. Depois de pronto, o queijo pesa cerca 35 quilos e custa R$ 1,2 mil.

Novidade! Avianca embarca na Star Alliance

                           
 
Grupo brasileiro se une às outras 13 empresas de aviação, aumentando a integração e melhorando as oportunidades de voos pelo Brasil e o mundo.


A Star Alliance deu as boas vindas ao mais novo membro da rede, a Avianca Brasil. Atualmente, são 13 companhias-membro da empresa (Air Canada, Air China, Avianca, Avianca Brasil, Copa Airlines, Ethiopian Airlines, Lufthansa, Singapore Airlines, South African Airways, SWISS, TAP, Turkish Airlines e United) que agora servem o Brasil. Com a chegada do braço brasileiro da Avianca, 15 novos destinos no país foram adicionados aos 12 existentes que as companhias-membro da Star Alliance já atendem, chegando a um total de 27.

Para apoiar a união com a Avianca Brasil, a Star Alliance lançou uma campanha especial de marketing, criada em torno do slogan "Avianca Brasil Conecta com o mundo". Segundo o grupo, a empresa de aviação é a que mais cresce no País. De 2010 a 2014, aumentou sua participação de mercado de 2,6% para 8,4%. Até maio de 2015, a companhia aérea manteve esta tendência, atingindo 9% de participação de mercado brasileiro.

"Adicionar a Avianca Brasil à nossa rede é um passo importante no aprimoramento da nossa proposta junto aos clientes da América Latina. O Brasil é o mais importante mercado de aviação no continente e nós estamos satisfeitos porque, a partir de hoje, nós podemos mais uma vez oferecer conexões domésticas no Brasil", disse Mark Schwab, CEO da Star Alliance, em comunicado.

Pela rede doméstica da Avianca, os clientes podem embarcar internacionalmente em 88 voos semanais, para destinos da América do Norte e do Sul, da Europa, Ásia e África. Com a união à Star Alliance, os passageiros conquistam acesso à rede mundial fornecida pelas 28 companhias aéreas membro, oferecendo cerca de 1.500 voos diários para mais de mil aeroportos em 192 países.

Os mais de 2,7 milhões de participantes do programa de fidelidade da Avianca, o Programa Amigo, agora podem utilizar os benefícios do Frequent Flyer Program da Star Alliance. Os clientes poderão acumular e resgatar milhas em todos os voos das companhias aéreas parceiras.

Boa Ideia! Óculos Chilli Beans e curso CNA selam nova parceria

                 

As marcas lançam nova ação promocional após sucesso da primeira edição


A Chilli Beans e a escola de idiomas CNA, lançaram mais uma ação promocional juntas. A primeira ação conjuntas das marcas aconteceu no ano passado e impactou 300 mil pessoas em 45 dias, de acordo com as empresas.

Ao realizar a matrícula em qualquer unidade CNA, o cliente ganho um vale-presente no valor de R$ 138 que pode ser revertido em qualquer produto da Chilli Beans. Já os clientes da marca de óculos que realizarem uma compra em qualquer loja da marca, ganharão um desconto de R$ 100 que poderá ser abatido no valor da matrícula dos cursos da CNA. A promoção é válida de 01 de julho a 31 de agosto, e não é acumulativa.

“Tanto o CNA quanto a Chilli Beans possuem forte presença em todo o Brasil e são especialmente voltadas para o público jovem. Queremos justamente explorar esse potencial que temos em comum para levar inovação e estilo aos nossos alunos e clientes”, afirma Luciana Fortuna, diretora de Marketing e Comunicação do CNA, em comunicado.

Dia dos Pais : Johnnie Walker revive anúncios antigos

                                         
 
Ação da marca de uísque da Diageo cria pack colecionável com placas inspiradas em peças publicitárias veiculadas entre 1911 e 1948. Kit tem preço sugerido de R$ 94,90 e será comercializado em supermercados. Um presente bem sugestivo para os pais que gostam de uma boa bebida.

O uísque escocês Johnnie Walker, da Diageo, terá uma edição especial para comemorar o Dia dos Pais. O pack colecionável inclui uma garrafa da bebida e uma placa de metal decorativa vintage inspirada em campanhas publicitárias da marca veiculadas entre 1911 e 1948. São quatro versões das placas.

O kit tem preço sugerido de R$ 94,90 e será comercializado em supermercados. Uma das imagens reproduz um anúncio de 1911, feito em um jornal de Londres, que apresentava as três variantes da época — Black Label, Red Label e White Label. O objetivo da empresa é promover um resgate da história da marca.

Vamos nessa? Turismo com desconto no interior fluminense

Casimiro de Abreu
                         
 
A partir do próximo sábado e durante todo o mês de agosto, quem mora no Rio terá desconto em várias localidades turísticas do interior do estado. Motivo: incrementar, através do projeto "Carioquinha", os municípios nesses dias difíceis da economia brasileira.  São mais de 50 atrações, com vantagens nos pacotes entre 10% e 100%. Veja esta reportagem de O Dia que saiu neste domingo (26/7).

Viajar para longe pode ser uma opção cara em tempos de crise. No entanto, moradores de todo o estado terão uma bom motivo para explorar roteiros bem mais perto de casa. A partir do próximo sábado até o dia 31 de agosto, o projeto Carioquinha —que facilita o acesso a moradores da capital e Região Metropolitana para conhecer atrações turísticas da Cidade Maravilhosa — vai oferecer descontos de 10% a 100% em programações especiais em mais de 50 atrações turísticas do interior.

Hospedarias, menus de restaurantes, ilhas paradisíacas e visitas a fábricas e fazendas históricas são alguns dos diversos atrativos que compõem o projeto. O objetivo é incentivar o turismo no estado, por meio de uma parceria da Associação Brasileira de Agências de Viagem do Rio de Janeiro (Abav/RJ) e o Sebrae.

Apesar de a lista com todos os produtos ainda não ter sida definida, a organização adiantou para O DIA algumas atrações em diferentes regiões. Um passeio de barco com 32% de desconto em Arraial do Cabo, um tour interativo pela fábrica de cervejaria Bohemia, em Petrópolis, 11% mais barata, e uma visita guiada por praias e monumentos pela metade do preço em Niterói, são algumas das opções.
    
“Vejo que o carioca só enxerga o Pão de Açúcar e o Cristo. A gente quer apresentar algo diferente, e por isso esse projeto foi muito bom. A questão não é nem o lucro, mas a visibilidade que desejamos alcançar”, afirma a empresária Elvira Menezes, sócia do Rio Trekking Tour, empresa responsável pelo roteiro em Niterói.            
                   

Em uma viagem de barco com duração de três horas e meia, o turista poderá conhecer sete praias paradisíacas de Arraial do Cabo, com direito a paradas para mergulho. O passeio, que custa normalmente R$ 60, sai por R$ 40 no Carioquinha.

“A gente espera fazer uma divulgação do trabalho e captar mais clientes. Aqui temos mais contato direto com os clientes que veem nossos cartões, mas sempre foi uma dificuldade expandir as vendas para quem vem de fora”, disse Wellington Melo, dono da empresa de turismo náutico.
    
Durante uma hora e meia, o apreciador de cerveja poderá participar de uma degustação da bebida e conhecer a história da fábrica da Bohemia, em Petrópolis. O tour sai por R$ 24. “É uma viagem pela história, arte e ciência da fabricação de cerveja, no único centro de experiência cervejeira do país”, divulga a empresa.

Iniciativa vai ajudar a driblar a crise

O projeto reúne atrativos do Turismo da Experiência Serra Carioca, em Petrópolis, Nova Friburgo e Teresópolis; do Roteiro Integrado Serra Mar, nas regiões da Costa do Sol e Serra Verde Imperial (Niterói, Casimiro de Abreu, Búzios, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Macaé, Rio das Ostras, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo) e do Roteiro de Turismo Rural (Barra do Piraí, Trajano de Moraes, Paraty e Petrópolis).

Martha Mendes, do Carioquinha, destaca que a iniciativa é uma forma de driblar a crise no setor. “Com a alta do dólar, o foco agora é o interestadual. É uma maneira de as agências sobreviverem a esta fase de crise extrema”, explicou. Para o presidente da Abav/RJ, George Irmes, será uma oportunidade de expandir as fronteiras do turismo no Rio. “Nosso intuito é oferecer aos agentes de viagem mais um produto para ampliarem seus negócios e, ainda, promover a interiorização do turismo e favorecer pequenos negócios”. A programação estará disponível no site www.carioquinha.com.br a partir da meia-noite do dia 1º.

O bom exemplo dos quintais da Toscana



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Elizabeth Oliveira

Reconhecida mundialmente pela beleza dos seus campos e jardins floridos, a Toscana atrai milhares de turistas, anualmente, ansiosos para ver de perto a exuberância das suas paisagens de cores intensas, sobretudo na primavera. Mas, basta um olhar mais atento para perceber que nesta famosa região italiana, os quintais também são exemplos de charme e capricho. Nem precisam ser extensos. Pequenos pedaços de terra são sinônimos de áreas produtivas e diversificadas, onde hortas se misturam às árvores frutíferas e, também, às flores.
Extremamente ligado à atividade agropecuária, o povo toscano ganhou fama pela excelência de seus produtos mais nobres como vinhos, azeites, queijos e carnes, entre outros. Adeptos da gastronomia que prima pela alta qualidade dos ingredientes, por mais simples que sejam muitos dos seus pratos, os moradores dessa região também são exigentes quanto ao frescor de produtos essenciais como verduras, legumes e ervas aromáticas, entre tantos outros. Para tê-los sempre à mão, aproveitando o melhor que cada estação do ano pode oferecer, nada como garantir uma produção cada vez mais próxima das cozinhas. Para isso, as hortas são providenciais e representam um show à parte em terras de vinhedos, oliveirais e jardins de encher os olhos.
Cada família usa a criatividade para produzir nos espaços disponíveis itens de suas preferências, mas alguns produtos são verdadeiros carros-chefe da gastronomia toscana e não podem faltar em nenhum quintal. Alcachofra, espinafre, salsa e cebolinha são alguns exemplos. Tomates de tipos variados também crescem lado a lado aos canteiros de manjericão, sálvia e rosmarino. Esse último é um ingrediente polivalente: seu uso vai da gastronomia, às indústrias de cosméticos, perfumes e medicamentos naturais, entre outras tantas aplicações das quais os italianos em geral e, principalmente o povo toscano, não abrem mão.  Seu perfume exala dos muros e canteiros, misturado aos aromas de rosas e tantas outras flores que são presença forte na primavera.
Também não é preciso ser dono de um grande vinhedo para produzir uvas na Toscana. Em geral, as parreiras se alastram em cercas e muros ou estão enroladas em árvores frutíferas que, por sua vez, produzem lado a lado a tantas outras espécies que, ano após ano, enriquecem as panelas de moradores e de seus vizinhos e, cujo excedente, é comercializado em feiras e mercadinhos locais. Outro antigo costume da região é a produção de adubo orgânico que contribui para manter a saúde das plantas e do ambiente da Toscana, região onde o cultivo agrícola é um exemplo de atividade que se sustenta no longo prazo.

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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Cerveja temperada com lagosta?

                             
 
Os japoneses mais malucos costumam comer a lagosta ainda viva, só com a parte da cauda cozida. Mas os Estados Unidos parecem que se superaram: estão usando lagostas vivas para dar sabor a uma cerveja artesanal. Saison Dell’Aragosta, feita no Maine, também leva sal marinho. Lagostas foram comidas após o processo de fabricação, diz cervejeiro. Seria um desperdício, não é mesmo?

Uma cervejaria do estado americano do Maine criou uma cerveja que é fermentada com lagostas vivas e um tiquinho de sal marinho. O mestre cervejeiro Tim Adams, da cervejaria Oxbow, disse que as lagostas são colocadas em um samburá (saco de lona) e suspensas em um caldeirão cheio de mosto (líquido de malte e água, uma das fases da fabricação da cerveja).

Adams disse que as lagostas adicionam um sabor sutil à cerveja, que foi batizada de Saison Dell’Aragosta. A Saison Dell’Aragosta é feita em parceria com uma cervejaria da cidade italiana de Parma. Ela tem 4,5% de teor alcoólico e saiu em uma edição limitada.

As lagostas que foram cozinhadas no processo de fermentação foram posteriormente comidas, segundo o cervejeiro. Derve ter ficado uma delícia.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Feira Hype na Barra com Food Truck


                                 
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No próximo sábado e domingo (25-26/7), a região do Bosque Marapendi, na Barra da Tijuca, estará abrigando a tradicional "Babilônia Feira Hype", a feira de novos designers de moda que tanta gente boa lançou no mercado de moda do circuito Rio-São Paulo, e que está completando 18 anos.  A entrada para o evento fica situada na Avenida Ayrton Senna, 2.600, começando às 14hs e terminando às 22hs. A programação é eclética e variada, incluindo até mesmo as novidades dos Food Trucks, com os chefs gourmets apresentando as mais deliciosas comidas de rua, que tanto sucesso fazem nos Estados Unidos e está sendo copiado por nós, também em grande estilo e circuito fechado como esse da Zona Oeste do Rio. 

Da programação constam também o Festival de Food Truck, no Rio Food Parque, e uma festa julina de primeira, reunindo brincadeiras e comidas típicas. Para quem tem criança, o Parquinho Hype terá também atrações bem legais para os pequenos. Essa é a dica boa para o final de semana na capital fluminense.

Cuidado! Empresas inovam e prolongam prazo de validade de alimentos; veja como


                              


Leite tipo A Letti é vendido em 45 cidades com embalagem plástica que prolonga a validade de 7 para 15 dias. O que já estava perigoso para o organismo, e uma porcaria para consumir, sem vitamina nenhuma, compravam agentes sanitários que, no entanto, não falam abertamente sobre o assunto, poderá piorar ainda mais com a promessa de que o café da manhã dos brasileiros irá durar mais, pelo menos no que se refere ao prazo de validade de alimentos como o leite e até o pão de forma. Matéria saiu na Folha de São Paulo, nesta segunda-feira (20/7).

Empresas brasileiras estão apostando em inovações —uma delas já colocada em prática— que prolongam a vida útil dos produtos. Prorrogar o chamado "tempo de prateleira" é importante porque alivia produtor e comerciante, que terão o alimento válido por um período maior, e também o consumidor, que não verá o produto estragar tão rapidamente no armário ou na geladeira.

A paulista Nanox desenvolveu aditivos para embalagens de leite pasteurizado, à base de prata. É um bactericida inserido no processo de fabricação da garrafa plástica e que eleva de 7 para 15 dias a validade do leite.

O produto, segundo a empresa desenvolvedora e uma indústria que já o utiliza, não migra para o alimento e é totalmente seguro.

A empresa já fabricava aditivos antimicrobianos, para aplicar em tapetes, carpetes, refrigeradores e bebedouros de água, até iniciar os testes no mercado de alimentos, em 2013, segundo Luiz Gustavo Pagotto Simões, diretor-presidente da Nanox.

O bactericida foi homologado pela FDA (agência que regula alimentos e medicamentos no EUA), o que despertou a atenção da Agrindus, de Descalvado (SP), única empresa que hoje utiliza o sistema na produção do leite tipo A.

Mesmo gerando uma alta de custo de R$ 0,05 por litro de leite (o consumidor paga cerca de R$ 3,50), a empresa diz que o sistema é lucrativo, devido ao ganho que tem evitando o desperdício e aumentando a área de abrangência para a venda da bebida.

"Procuramos a empresa quando ela ainda nem tinha registro na Anvisa e no FDA. Após a certificação, que dizia que o produto não gerava risco ao alimento, começamos os estudos", disse Helena Fagundes Karsburg, gerente técnica da Letti, que processa 25 mil litros de leite tipo A por dia, vendido em 45 cidades de São Paulo e Minas Gerais.

De acordo com ela, havia dúvida se a inovação agregaria valor à distribuição e ao preço ao consumidor, mas a empresa resolveu apostar e afirma ter ganhado "fôlego". "Absorvemos o custo por crer na tecnologia em si e por querermos ser inovadores, ganhando em biossegurança, logística e distribuição."

A Nanox, que já investiu cerca de R$ 1 milhão —metade disso em certificações— também produz filmes plásticos flexíveis (para embalar alimentos) com antimicrobianos, lançados no fim do ano passado.

Agora, busca um investidor norte-americano para abrir uma operação nos EUA, já que possui a homologação da FDA.

Outro foco da empresa, em fase de testes, é o mercado de leite de saquinho. O objetivo é elevar a validade de quatro para dez dias. Há, ainda, testes com maçã e banana, mas ainda são incipientes, segundo Simões.

Já a mineira Phoneutria desenvolveu, em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), um produto natural, a partir do óleo de cozinha, para ser usado no pão de forma. A empresa desenvolve produtos ligados à biotecnologia (reagentes).

Diferentemente do bactericida do leite, ele é "pulverizado" no próprio alimento, e não na embalagem.

Um tratamento de enzimas com o óleo gerou um componente que protege e amplia a conservação do alimento.

Ele é aplicado utilizando os mesmos equipamentos dos conservantes químicos. A validade do pão de forma, normalmente de sete a dez dias, chega a dobrar.

"Todos consomem algum tipo de pão, não importa qual, e manter esse alimento válido por mais tempo é importante. O sistema é inovador também por não necessitar de nenhuma máquina nova no setor de panificação", disse o sócio da empresa e docente da UFMG Evanguedes Kalapothakis, do departamento de biologia geral.

A perspectiva inicial era de que a validação do produto no país –superar as barreiras burocráticas– ocorresse até o final de 2016, mas a crise na economia pode atrasar sua chegada ao mercado, segundo Kalapothakis. A descoberta já foi testada em laboratório em queijos e ovos, com resultados positivos, de acordo com ele. Há perspectiva de testes em massas e carnes, futuramente.

Cúrcuma de Bela Gil é nociva à saúde

                             


Apresentadora Bela Gil, considerada estrela e nova Chef culinária em programa do GNT, indicou uso de curcuma para escovar dentes em sua página, na Rede Social. Conselho de dentistas se apressou em condenar a receita de escovação com curcuma. E alerta que substituir creme dental por receita caseira traz riscos. Nessa onda de tanta enganação, quem tem razão? A matéria saiu no G1.

O uso de receitas caseiras para escovar os dentes em substituição aos cremes dentais tradicionais pode colocar em risco a saúde da população, alerta o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp). O assunto veio à tona nesta segunda-feira (20/7) quando a apresentadora Bela Gil fez um post sobre o uso da cúrcuma para escovar os dentes em sua página do Facebook.

A publicação – que até a tarde desta segunda já tinha sido compartilhada mais de 4,3 mil vezes e recebido mais de 3,2 mil comentários – fala sobre as propriedades da cúrcuma. “Cúrcuma para escovar os dentes! Melhor do que qualquer pasta de dente por aí (na minha opinião)!!! Anti-séptica, antibiótica, anti-inflamatória, 100% natural e sem efeito colateral (a não ser as manchas amarelas na escova e na toalha de rosto)”, escreveu Bela.

De acordo com o dentista Marco Antonio Manfredini, secretário-geral do Crosp, não há evidência científica de que o uso de cúrcuma seja eficaz para evitar cáries e doenças na gengiva. Outras receitas caseiras que circulam na internet, que incluem ingredientes como bicarbonato de sódio e juá, por exemplo, também não têm respaldo científico, segundo Manfredini.

“Sempre alertamos que essas formulações que são feitas com produtos que não têm evidências necessárias podem colocar em risco a saúde da população”, diz o especialista.

Ele observa que os cremes dentais produzidos no Brasil contêm flúor, composto importante para a prevenção da cárie e das doenças da gengiva. Para Manfredini, além de deixar as pessoas mais vulneráveis a esses problemas, as receitas caseiras podem trazer outros prejuízos.

“O bicarbonato de sódio, por exemplo, é um agente abrasivo. É colocado dentro do creme dental em quantidade tal que não prejudica o esmalte do dente. A pessoa que aplica o bicarbonato diretamente, se fizer muita força, pode causar um desgaste no esmalte e uma retração na gengiva.”

Diante da repercussão do assunto, Bela Gil se manifestou sobre o assunto em um novo post no Facebook: "Nunca quis ofender vocês mostrando uma alternativa à pasta de dente para pessoas que não querem consumir mais toxinas do dia a dia", escreveu. "Adoraria se pudessem pesquisar e ler artigos científicos sobre os beneficios da cúrcuma na saúde bucal e sobre os efeitos maléficos da ingestão de flúor pela água e pasta de dente."

A apresentadora e nutricionista também ressaltou que esta é uma opinião dela, que não é dentista, e que só quem quiser deve experimentar. O G1 procurou a assessoria de imprensa de Bela Gil por e-mail, mas não recebeu resposta até a publicação desta matéria.

Cerveja e vinho ajudam coração


                                               


Era tudo que você precisa saber, não é mesmo?  Mas, especialistas alertam, no entanto, que o consumo deve ser moderado e associado a alimentação saudável e exercícios físicos, aponta o Estadão.

Bebidas alcoólicas em excesso causam prejuízos ao organismo. Entretanto, o consumo das fermentadas - em doses moderadas - pode trazer benefícios para a saúde. As substâncias presentes nessas bebidas ajudam o funcionamento do sistema cardiovascular e podem retardar o envelhecimento e prevenir doenças.

"O principal efeito positivo (no consumo de bebidas fermentadas) que podemos citar é a ação dos antioxidantes. Essas substâncias impedem a ação danosa dos radicais livres, que causam o envelhecimento precoce", explica Rosana Perim, gerente de nutrição do Hospital do Coração de São Paulo (HCor). Na cerveja, são os polifenóis que garantem a ação. "Os grãos da família da cevada conferem à cerveja diferentes tipos de polifenóis, enquanto o lúpulo é responsável pelo xanthohumol, polifenol mais potente da planta", diz Rosana. Já no caso dos vinhos, os antioxidantes respondem pelos nomes de resveratrol e flavonoides e estão presentes nas uvas.

O vinho também pode ser um aliado para quem busca controlar os níveis de colesterol. "A bebida tem o potencial de reduzir o colesterol ruim (LDL), que se acumula nas artérias, e aumentar o colesterol bom (HDL), que faz a limpeza da gordura no sistema cardiovascular", explica o cardiologista Antonio Eduardo Pereira Pesaro, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Pesquisas da Sociedade Europeia de Cardiologia indicam que o consumo de uma taça diária de vinho pode diminuir em 11% o risco de infecções por bactérias. Já no caso das cervejas, "é notável a presença de vitaminas do complexo B, que têm diversas atuações no corpo e auxiliam no equilíbrio geral do metabolismo", afirma a nutricionista.

Enquanto vinho e cerveja são produzidos com base na fermentação dos ingredientes com o auxílio de microorganismos, as bebidas destiladas são fabricadas por meio de uma espécie de evaporação controlada, o que afeta a facilidade de absorção dos líquidos pelo organismo. "As fermentadas têm mais água que álcool, por isso são mais fáceis de serem metabolizadas”, diz Rosana.

A presença de água nas bebidas está diretamente relacionada ao processo de fabricação e ao nível alcoólico. "A cerveja chega a ter 92%, em média, enquanto o vinho, 85%. As destiladas possuem muito menos, já que no seu processo de produção a água é vaporizada para que restem apenas compostos fenólicos na composição. Algumas chegam a ter 70% de teor alcoólico", explica.

As versões sem álcool das bebidas fermentadas têm as mesmas ações benéficas dos antioxidantes. "Tanto o suco de uva quanto a cerveja sem álcool podem ser consumidas pelas pessoas que possuem alguma restrição ou estão tomando algum remédio que contraindique as bebidas alcoólicas", afirma Rosana.

Em contrapartida, as bebidas destiladas não apresentam as mesmas características benéficas ao organismo. "Elas têm álcool em uma concentração maior, o que pode sobrecarregar o fígado, entre outros efeitos prejudiciais", alerta Rosana. Além disso, os destilados são muito mais calóricos que as bebidas fermentadas. Segundo a nutricionista, "é um mito afirmarmos que a cerveja é a bebida que mais engorda. Para cada 100 ml de cerveja, temos 40 kcal em média, e 95kcal para o vinho. Já um copo de uísque pode chegar a 500 kcal e não oferece nutrientes em quantidades interessantes como o vinho e a cerveja. Há estudos que comprovam que a cerveja não causa a temida barriguinha, mas sim alimentos calóricos e pouco nutritivos que acompanham a bebida.”

Rosana, porém, faz um alerta: o consumo das bebidas fermentadas deve estar associado a um estilo de vida saudável. "É importante lembrar que é uma combinação de fatores. Não adianta consumir a dose diária se a pessoa não pratica atividades físicas ou é fumante, por exemplo."

Segundo Pesaro, se o consumo de bebida alcoólica for a abusivo, além da perda dos benefícios, uma série de doenças podem ser desencadas. "O uso de álcool em grande escala pode levar a um comportamento viciante. Nesse caso, os benefícios cardiovasculares são perdidos, com aparecimento de problemas no fígado e no cérebro, por exemplo."

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo diário de cerveja deve ser de, no máximo, uma lata para mulheres e duas para homens e o de vinho, de uma taça para as mulheres e uma taça e meia para os homens. O teor alcoólico da cerveja varia entre 5% e 8%, enquanto o vinho tem, em média, 12%.

No dia a dia. Para o beer sommelier Tulio Rodrigues, também estudioso do vinho, o ideal é consumir a bebida em uma refeição. "No caso da cerveja, temos uma cultura de que é proibido consumi-la com o almoço, algo extremamente comum na Europa, mesmo durante o expediente de trabalho. Isso é um mito."

Rodrigues dá dicas também de harmonização. Segundo ele, há sempre uma bebida que combina com cada alimento. "As cervejas podem ser combinadas por similaridade ou por contrariedade. Pratos leves harmonizam com cervejas mais leves, como a nossa mais popular, a Pielsen. Comidas mais encorpadas, de sabor mais forte, comportam cervejas encorpadas, como uma Ale", sugere. Porém, de acordo com o especialista, "em alguns casos, é possível harmonizar a bebida por oposição. Comidas mais cítricas vão bem com cervejas amargas, por exemplo."

No caso dos vinhos, Tulio explica que a harmonização deve ser feita por semelhança. "O branco vai muito bem com pratos leves, como saladas. Já os vinhos rosés são indicados para acompanharem frutos do mar, enquanto os tintos combinam com pratos mais robustos, como as carnes vermelhas."

Não se esqueça:

1 - Pesquisas da Sociedade Europeia de Cardiologia indicam que o consumo de uma taça diária de vinho pode diminuir em 11% o risco de infecções por bactérias;

2- "O vinho tem o potencial de reduzir o colesterol ruim (LDL), que se acumula nas artérias, e aumentar o colesterol bom (HDL), que faz a limpeza da gordura no sistema cardiovascular", explica o cardiologista Antonio Eduardo Pereira Pesaro;

 3- "O vinho branco vai muito bem com pratos leves, como saladas. Já os vinhos rosés são indicados para acompanharem frutos do mar, enquanto os tintos combinam com pratos mais robustos, como as carnes vermelhas", indica Tulio Rodrigues;

4 - Os grãos da família da cevada dão à cerveja alguns tipos de polifenóis, enquanto o lúpulo é responsável pelo xanthohumol, polifenol mais importante da planta;

5- "Na cerveja, é notável a presença de vitaminas do complexo B, que têm diversas atuações no corpo e auxiliam no equilíbrio geral do metabolismo", afirma a nutricionista;

6- Segundo Rosana Perim, "é um mito afirmarmos que a cerveja é a bebida que mais engorda. Para cada 100 ml de cerveja, temos 40 kcal em média, enquanto bebidas destiladas, como o uísque, um copo pode chegar a 500kcal".

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Tá no Rio? Veja o que há de bom para visitar em 4 dias

                        
 
Roteiro preparado pelo Portal G1 mistura atrações 'obrigatórias' a outras menos comuns. Praias, samba, museus, igrejas; aproveite a cidade como um carioca.

O meio do ano pode ser uma boa época para conhecer o Rio de Janeiro. Longe das altas temperaturas e com a cidade um pouco mais vazia do que durante o verão, os turistas podem aproveitar a cidade como cariocas, mas sem deixar de fazer os programas que são tradicionalmente destinados aos visitantes.

O G1 preparou um roteiro, de até quatro dias de viagem, onde há programas mais tradicionais, como visitas a praias, até os mais agitados, como o Samba do Trabalhador, um reduto do samba de raiz na cidade. São programas para todos os gostos e bolsos. Confira:

Dia 1

Manhã - Caminhada pelo calçadão de Copacabana

Um dos primeiros programas para se ambientar com o clima do Rio de Janeiro é uma caminhada pelo calçadão da Praia de Copacabana, construído no começo do século passado. O desenho em forma de ondas é igual ao da Praça do Rocio, em Lisboa. Enquanto no Rio as ondas celebram o balanço do mar, em Portugal elas lembram o encontro do Rio Tejo com o Oceano Atlântico. Uma caminhada por todo o calçadão pode levar até 1h30.

No fim dos anos 60, o desenho do calçadão da Avenida Atlântica foi modernizado pelo paisagista Roberto Burle Marx. Antes, os desenhos ficavam perpendiculares ao mar, depois da reforma, passaram a ficar paralelos à praia. Tomar uma água de coco (R$ 5) em um dos quiosques pode ser um programa para os mais tranquilos. Para quem quer diversão mais agitada, a área perto do Forte de Copacabana tem vários locais onde é possível alugar pranchas de stand up paddle. O preço médio de cada aula avulsa custa entre R$ 50 e R$ 60, em média.

Várias linhas de ônibus, vindas de diversos pontos da cidade, passam pela Avenida Atlântida, que margeia a Praia de Copacabana ou as ruas perto do local. Outra opção pode ser o metrô, nas estações Cardeal Arcoverde, Siqueira Campos e Cantagalo.

Preço: grátis
Endereço: Avenida Atlântida - Copacabana

Tarde - Bondinho do Pão de Açúcar

Uma das atrações mais conhecidas do Rio de Janeiro ao redor do mundo é o teleférico inaugurado em 1912. Localizado na Urca, na Zona Sul do Rio, leva ao Morro da Urca em seu primeiro trecho e ao Morro Pão de Açúcar no segundo. A viagem no teleférico leva três minutos em cada trecho. A paisagem lá de cima tem como cenário as praias do Leme, Copacabana, Ipanema, Flamengo, Leblon. Também é possível observar a Pedra da Gávea, o maciço da Tijuca, o Corcovado, a Baía de Guanabara e a Enseada de Botafogo, entre outros pontos da cidade. Cada parada conta com restaurantes e lojas de souvenirs.

O ingresso pode ser comprado no local ou pela internet. O preço cheio é R$ 62, mas idosos, portadores de necessidades especiais e pessoas com idade entre 6 e 21 anos ganham desconto. As regras dos descontos estão explicadas no site do bondinho. Também é possível comprar pela internet.

O local possui banheiros adaptados e elevadores para portadores de necessidades especiais. Mas como não há estacionamento próprio, os motoristas dependem das vagas pagas pela Prefeitura do Rio. A circulação de ônibus é pequena no bairro da Urca, mas a oferta de táxis é vasta na região. O passeio leva, em média, duas horas.

Preço: R$ 62, mas há descontos
Endereço: Avenida Pasteur, 520 – Urca

Noite - Lapa

Berço da boemia carioca há mais de 100 anos, a Lapa concentra o maior número de bares, restaurantes e casas de show por metro quadrado na cidade. E há atrações para todos os gostos. Desde MPB até Jazz, passando pelo forró e o samba, além de outros ritmos. A paisagem do local é marcada pelos Arcos da Lapa, que são um aqueduto construído pelos portugueses na época da colonização da cidade. A arquitetura também remonta à cultura de Portugal, com seus sobrados e casarões.

Para quem quiser somente circular pelas ruas, que ficam lotadas, há vendedores de bebidas e barraquinhas de comida de rua em vários pontos do bairro. As avenidas Mem de Sá e Gomes Freire estão entre as movimentadas. O bairro possui acesso via ônibus. Também há estacionamentos particulares, mas é preciso ficar atento, pois alguns têm horário para fechar e cobram caro pelo tempo de permanência do veículo.

Dia 2

Manhã - Igrejas e museus do Centro

O Centro do Rio abriga um enorme número de igrejas da época da Colônia e do Império. A visita parece uma viagem ao passado. Entre elas, ver a Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, na Rua Primeiro de Março, é imperdível. O local foi transformado em Capela Real por D. João VI quando chegou ao Rio, em 1808. A igreja abrigou a coroação de D. Pedro I, D. Pedro II, além de todos os casamentos reais, inclusive o da Princesa Isabel com o Conde D’Eu. A Antiga Sé foi catedral metropolitana até a década de 70, quando foi transferida para outra construção, com visual moderno, na Avenida Chile, também no Centro. A nova Catedral Metropolitana também merece uma visita. Perto da Antiga Sé, na esquina da Rua Primeiro de Março com a Rua Sete de Setembro, há também a Igreja de São José, construída também no período colonial. É recomendável olhar os sites para conferir o horário de funcionamento.

Entre os museus, destaca-se o CCBB, que fica localizado em um prédio neoclássico que começou a ser construído no século XIX. No site da instituição é possível ver quais são os programas que estão disponíveis entre exposições e peças de teatro. O Museu Nacional de Belas Artes, que reúne uma das principais coleções de obras de arte do país, também é um dos destaques da programação cultural do Centro.

O Centro do Rio possui várias estações de metrô e vasta circulação de ônibus, o que torna possível o deslocamento entre os pontos por meio de transporte público. Para os mais bem dispostos, sempre existe a possibilidade de circular entre os pontos a pé. Levando-se em consideração que alguns pontos do trajeto são próximos, como a Igreja de São José, a Antiga Sé e o CCBB, é possível passear por todos em torno de 4 a 5 horas.

Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé
Endereço: Rua Primeiro de Março, s/n – Centro

Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro
Endereço: Avenida Chile, 245 – Centro

Igreja de São José
Rua Sete de Setembro, esquina com a Rua Primeiro de Março – Centro

Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB
Preço: alguns eventos culturais podem cobrar ingresso. É preciso conferir no site.
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro

Museu Nacional de Belas Artes
Preço: R$ 8 de terça a sábado. Aos domingos a entrada é gratuita.
Endereço: Avenida Rio Branco, 199 - Centro

Tarde - Maracanã

Construído para a Copa de 50, o estádio se tornou um ícone do futebol nacional e abrigou duas finais de Copa do Mundo: a de 50, quando o Brasil perdeu para o Uruguai, e a de 2014, quando a Alemanha venceu a Argentina.

No site do estádio, é possível se informar sobre os horários do tour, que possui várias versões, para adultos, crianças, e com diferentes tempos de duração. A maioria permite aos visitantes conhecer as dependências do local, as curiosidades e ver lembranças dos craques que marcaram a história do lugar em um museu próprio. Também é possível comprar ingressos e conferir os horários dos jogos no site do estádio.

O local possui acesso via metrô, trens da Supervia e ônibus.
Preço: confirmar no site

Endereço: Avenida Presidente Castelo Branco, s/n – Portão 2

Noite - Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas

Inicialmente um reduto de migrantes para matar as saudades dos hábitos e iguarias do Nordeste, ao longo do tempo a Feira de São Cristóvão, como é conhecida, ganhou estrutura e oferece vários restaurantes, shows e até karaokê para quem quiser soltar a voz em alguns dos principais sucessos populares. O ambiente é climatizado e conta com palcos que tocam forró e outros ritmos típicos nordestinos. O site do local mostra quais são os horários de funcionamento da atração.

Também vale a visita (de dia) para conhecer o bairro de São Cristóvão, que abrigou a família Real durante o império. Ainda é possível ver construções e traços da arquitetura do século XIX na região.

O local possui estacionamento próprio, para quem for de carro. Mas o bairro também conta com acesso a metrô (estação São Cristóvão) e boa rede de ônibus. Na porta do pavilhão há os serviços de uma cooperativa de táxis.

Preço: entrada gratuita às terças, quartas, quintas. Às sextas, a entrada é grátis até as 18h. Aos sábados e domingos, a entrada é cobrada. O valor fica entre R$ 3 e R$5. Quando há show, o ingresso chega a R$ 10.
Endereço: Campo de São Cristóvão, s/n –São Cristóvão.

Dia 3

Manhã - Praia de Abricó

Essa é para quem deseja um programa diferente. A praia localiza-se após a Praia de Grumari, na Zona Oeste do Rio, e é a única dedicada ao naturismo em toda a cidade do Rio de Janeiro. Isso mesmo, para frequentar as areias só estando completamente nu. Nas décadas de 1940 e 1950, a vedete Luz del Fuego, uma das maiores divulgadoras da filosofia naturista, frequentava o local.

A Associação Naturista de Abricó (ANA) recomenda que a praia só seja frequentada quando membros da associação estão no local para dar apoio e orientar os banhistas. De um modo geral, a ANA está presente aos sábados, domingos e feriados, quando há condições climáticas favoráveis. Eles afirmam que o local fica muito deserto nos outros dias e algumas pessoas não compreendem a filosofia do grupo. Na página da Associação Naturista de Abricó, há orientações para chegar ao local de ônibus e de carro.

Para quem vem da Zona Sul e da Zona Norte em direção a região, a viagem pode demorar caso tenha engarrafamento. No total, o passeio pode durar cerca de cinco horas, caso os banhistas fiquem cerca de duas horas e meia na Praia de Abricó.

Tarde - Passeio em Santa Teresa
O bairro de ladeiras e casarões reúne um enorme número de ateliês de jovens artistas, que ficam abertos ao público visitante que deseje apreciar a arte e comprar alguma peça. A Rua Almirante Alexandrino é um dos destaques. Apesar de atualmente o bondinho amarelo, tão característico das ruas de Santa Teresa, não estar funcionando por causa de um acidente em 2011, vale a pena a visita pelo interesse cultural e artístico.

A escadaria do Convento de Santa Teresa, mais conhecida como Escadaria Selarón, que liga o bairro à Lapa, também é uma das atrações mais conhecidas da localidade.

Como o bairro está em obras por causa da reestruturação do sistema de bondes, é preciso apelar para os tradicionais ônibus para subir as ladeiras, caso o visitante não esteja com tanta disposição. A outra opção é usar os serviços de táxis.

Noite - Arpoador

Para quem ainda quiser mais praia, o final da tarde e o começo da noite podem ser apreciados das pedras do Arpoador, o canto mais famoso da já muito famosa Praia de Ipanema. O banho de mar e o passeio pelas areias à noite é uma pedida para quem não aguenta o calor da cidade, que não dá descanso mesmo em alguns dias do inverno. É lá onde os banhistas aplaudem o espetáculo do pôr do sol.

O lugar também conta com vendedores de artesanato e músicos de vários ritmos, principalmente samba. Também é considerado como um dos principais points de surfe na região. O Arpoador tem um lugar na histórica da música brasileira. No verão de 1982, lá ficava a lona original do Circo Voador, que abrigou apresentações de grupos como o Barão Vermelho, Blitz, Paralamas do Sucesso e do grupo de teatro Asdrúbal Trouxe o Trombone.

É possível chegar ao local de carro, através dos bairros de Ipanema e Copacabana, de metrô, descendo na estação General Osório, e de ônibus, já que várias linhas passam na região.

Dia 4

Manhã - Parque Lage

Localizado no bairro do Jardim Botânico, na Zona Sul, o parque público possui uma imensa área verde que conta com local de lazer para crianças e uma trilha que leva para o Corcovado, além de outras atrações. O local é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O palacete, de estilo eclético, abriga uma escola de artes visuais desde 1975. Na época do Brasil Colônia, o local abrigou um engenho de açúcar. Caso o visitante se programe, quem está de passagem pela cidade pode participar de uma aula aberta ao público. Para saber os dias e horários, é preciso conferir a programação no site da escola.

Como curiosidade, vale lembrar que o palacete foi um dos cenários do filme Terra em Transe, de Glauber Rocha, e já apareceu nos clipes de vários sucessos internacionais, como Beautiful de Snoop Dog, e Don’t Lie, do Black Eyed Peas.

O local tem várias linhas de ônibus que passam pela porta. O parque também possui estacionamento, que é pago. Porém, nos feriados sempre há filas de carros na porta e os motoristas costumam enfrentar longas esperas para entrar, já que o estacionamento depende da disponibilidade de vagas.
Preço: entrada gratuita
Endereço: R. Jardim Botânico, 414

Tarde - Cristo Redentor

A imagem é uma das atrações mais tradicionais de famosas da cidade. O monumento em art decó que retrata Jesus Cristo foi inaugurado em 1931 e é considerado uma das maravilhas do mundo moderno.

Os ingressos para visitar o monumento, que é um santuário da Igreja Católica, podem ser comprados pela internet ou nos quiosques da Riotur, para a viagem de trenzinho; mas também há vans que levam até o monumento e partem da Praça do Lido, do Largo do Machado e da Estrada das Paineiras. Os mais bem dispostos podem fazer o caminho em uma trilha até lá.

Preço: R$ 51 em baixa temporada e R$ 62 em alta temporada, nas vans saindo do Largo do Machado e da Praça do Lido. Entre as vans saindo das Paineiras, R$ 24 em baixa temporada e R$ 35 em alta temporada.
A entrada para o monumento custa R$ 22 na alta temporada e R$ 11 na baixa temporada para os visitantes que cheguem ao monumento de bicicleta ou por trilha.
Para ir de trenzinho, o preço do ingresso é R$ 62 para a alta temporada e R$ 51 para a baixa temporada.
Endereço: Parque Nacional da Tijuca - Alto da Boa Vista

Dica do G1 - Samba do Trabalhador

O Samba do Trabalhador é uma das principais atrações da cidade às segundas-feiras. Músicos consagrados participam da roda de samba, considerada uma das melhores e mais animadas da cidade. O evento acontece todas as segundas no Clube Renascença, no Andaraí, na Zona Norte, um dos principais redutos do movimento negro no Rio.

Criado pelo músico Moacyr Luz há dez anos, o evento começou como um encontro entre amigos, até se transformar em uma grande reunião de músicos. O preço da entrada custa R$ 20, mas o que é consumido no evento é cobrado separadamente. Clássicos da culinária de boteco estão entre as iguarias vendidas, como pastéis, caldos, churrasco, frango a passarinho e linguiça acebolada, entre outros quitutes. Para beber há drinks variados, cerveja, whisky, refrigerante e água. O evento acontece às segundas, sábados e domingos.

Quem for de carro terá que estacionar nas ruas. De ônibus, os passageiros podem descer nas principais ruas dos arredores.
Preço: R$ 20 a entrada
Endereço: Renascença Clube - Rua Barão de São Francisco, 54 Andaraí

Cachaça do Rio recebe prêmio mundial

                          
 
Produtores incentivados pelo Prosperar, programa do governo estadual, são premiados na edição brasileira do Concurso Mundial de Bruxelas

A qualidade e o profissionalismo empreendidos nos últimos anos no segmento de cachaça no Rio de Janeiro foram mais uma vez reconhecidos com a divulgação do resultado da 12ª edição Brasileira do Concurso Mundial de Bruxelas, realizado em São Paulo, no início deste mês.

As cachaças com os rótulos Fazenda Soledade Jequitibá, de Nova Friburgo, Werneck Extra Premium, de Rio das Flores, Engenho D'Ouro, de Paraty, Reserva do Nosco Envelhecida, de Resende, Sete Engenhos, de Quissamã e Quinta Branca, do Carmo, produzidas por agroindústrias incentivadas pelo programa Prosperar, da secretaria estadual de Agricultura para fomento da agroindústria familiar, conquistaram premiação.

De acordo com o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, a cachaça tem um vínculo muito forte com a cultura brasileira e o Rio de Janeiro, além de ser um produtor de cana tradicional, também exporta marcas e conceitos.

- Nada melhor do que consolidar o Estado como um produtor de cachaça que possa alcançar padrões cada vez mais elevados, como é o caso do Concurso de Bruxelas, com a premiação de cachaças, especialmente as artesanais, apoiadas pelo Prosperar - frisou.

Ele acrescentou que, através do programa já foram investidos cerca de R$ 1,1 milhão para financiamento de alambiques, além de assistência técnica, legalização de agroindústrias e apoio à comercialização.

O concurso, dirigido aos setores de vinho e destilados produzidos no Brasil, tem como objetivo avaliar e certificar de forma ética os produtos do país, destacando a qualidade das bebidas para os consumidores brasileiros e internacionais. A etapa nacional utiliza as mesmas técnicas e ferramentas de avaliação do Concurso Mundial de Bruxelas, o maior do mundo na categoria.

Todos esses rótulos premiados estarão participando, ao lado de outros produtos da agroindústria familiar fluminense incentivados pelo Prosperar, na edição 2015 do Rio Gastronomia, na Feira de Sabores, que acontecerá de 20 a 30 de agosto, no Jóquei Clube do Rio de Janeiro.

Turismo elegante na serra fluminense

  
                        

Pelo menos dois circuitos de trens turísticos deverão ser reativados no interior, aponta reportagem de O Dia.

O turismo ferroviário está perto de andar nos trilhos no Rio. O apito de partida para a exploração de ramais desativados da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA) para este fim já ecoa em Miguel Pereira, no Sul Fluminense. O município ganhou da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Amigos do Trem uma luxuosa e reformada Litorina (vagão ferroviário dotado de motor próprio), fabricada nos Estados Unidos há 57 anos. Deve estar pronta para entrar em operação em outubro, num trecho inicial de 4,5 quilômetros. A cidade será a primeira do interior a ter novamente composição para turistas. Hoje, só o Trem do Corcovado é usado para passeios no estado.

Na sexta-feira, o secretário estadual de Transportes, Carlos Osorio, revelou que o governador Luiz Fernando Pezão autorizou estudos para a reativação de mais dois circuitos ferroviários destinados a viagens de lazer. O primeiro liga Miguel Pereira, Vassouras, Paty do Alferes e Paraíba do Sul, no Centro-Sul Fluminense. O outro fica entre Lídice (distrito de Rio Claro) e Angra dos Reis, no Sul do estado. Os dois percursos mantinham locomotivas turísticas no passado.

“Estamos entrando em acordo com a União, para utilizar parte de uma multa, estimada em R$ 900 milhões, que será aplicada à concessionária Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), uma vez que a empresa desativou e devolverá determinados trechos ferroviários que ela não utilizou e acabaram se deteriorando. O principal é que os trilhos ainda existem em mais de 80% desses trechos”, afirma Osório.

Em Miguel Pereira, a prefeitura fez licitação para obras de recuperação e readaptação da bitola de um metro para 1,60 metro, em um trecho que estava abandonado. Ele pertence à primeira etapa do projeto, ligando o Centro ao distrito de Governador Portela. Do total de R$ 2,5 milhões orçados para reativação da linha, o governo municipal arcará com R$ 750 mil. O restante será bancado pela União e a Oscip Amigos do Trem.

“A médio prazo, vamos estender a recuperação de trilhos até o distrito de Vera Cruz. Mais 9 km, com direito a vista paradisíaca de nossas montanhas”, propagandeia o secretário municipal de Turismo, Marco Aurélio Casa Nova. Ele sonha com postos de trabalho para boa parte dos 26 mil moradores, que tem o comércio como principal fonte de renda. A Litorina poderá acelerar a abertura de lojas de artesanato e restaurantes e dobrar os 2 mil leitos de hotéis. “Nossas expectativas são as melhores possíveis. Dobrando a quantidade de leitos, dobra-se a de funcionários”, diz Armando Ribeiro Júnior, dono de pousada.

Antigo Trem de Prata também está sendo recuperado por ONG

Depois de uma viagem de 300 quilômetros por rodovias numa carreta, em 27 dias, entre Barbacena (MG) e Miguel Pereira, envolvendo 500 técnicos e guindastes, a Litorina foi posta para visitação na estação ferroviária da cidade do Sul do estado, onde há um museu dedicado ao cantor Francisco Alves. O início da circulação está previsto para outubro, mês de aniversário miguelense.

Presidente da Oscip Amigos do Trem, Paulo Henrique Nascimento está eufórico. “Vamos provar que assim como em algumas cidades paulistas, do Paraná e Minas Gerais, trens turísticos são autossustentáveis. No Sul Fluminense, as belezas ecológicas, o casario herdado do ciclo do café e a riqueza da cultura regional são fontes de atrações naturais de turistas”, justifica.

Nascimento revela que outra Litorina passa por reforma, em parceria com a Inventariança da RFFSA e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), e poderá ser acoplada à de Miguel Pereira. “Outra novidade é que oito vagões do antigo Santa Cruz, o Trem de Prata, que ligou São Paulo ao Rio até 1991, estão sendo restaurados e poderão ser usados no circuito Miguel Pereira-Paty-Vassouras-Paraíba do Sul”, adianta.

Gente que viveu da ferrovia se emociona. É o caso de Adail Rodrigues, 70, o “Xerife dos Trilhos”. Ex-maquinista de Maria Fumaça aposentado, ele está há 23 anos, com apoio de um amigo, tomando conta, por iniciativa própria, de 400 metros de trilhos no Centro, a bordo de um antigo auto de linha, engenhoca movida a gasolina, que ele garimpa no comércio. Graças a ele, o trecho não sofreu invasões imobiliárias e nem furtos. “Isso aqui é minha vida, minha paixão”, resume.

“É muita felicidade. Oitenta por cento das famílias de Governador Portela são de ferroviários”, diz Geraldino Fraga, 57, que, assim como o pai e o avô, trabalhou por 30 anos na RFFSA. “Visitantes já estão vindo a Miguel Pereira para tirar fotos ao lado da Litorina”, atesta Luiz Alberto Amaro, 59, neto de maquinista.