quarta-feira, 25 de abril de 2018

Veja o que você está comendo e fazendo

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100 gramas de abóbora batida com água gelada, e bebida em jejum, vale mais que muitos remédios.

Por Janeth Lobo Franco Mirra

São Paulo - O meu tipo sanguíneo AB é raro, fator RH negativo, e por ser raro, meus alimentos também são complicados, muitos deles me fazem mal. Devemos prestar mais atenção ao que consumimos.

Tenho passado maus momentos de saúde nos últimos anos, o que me levou a fazer um estudo mais profundo buscando alternativas saudáveis e encontrei varias delas, que tenho usado. Vão desde a medicina bio molecular até a do tipo sanguíneo e os alimentos. 

Claro que busco alternativas com especialistas consagrados e estudiosos comprovados, e alguns deles são estes: os doutores James D’Adamo e Peter D’Adamo, que são médicos naturopatas (especialidade não existente entre nós). Juntos, acumulam mais de 50 anos de pesquisas sobre os tipos sanguíneos: predisposição a doenças, influência de alimentos, bebidas e ervas, exercícios indicados etc.

Entre outros, a sabedoria oriental porque vivo praticamente no meio de Orientais e agricultores da Ceagesp, a qual respeito e sigo dicas, sobre alimentação, chás, infusões, flores comestíveis,ioga, meditação, temperos; e isto inclui a sabedoria nordestina, em muitas situações onde os remédios caseiros funcionam de imediato, as garrafadas, enfim em cada canto do mundo tem algo que podemos aprender.

Nem tudo na vida se resolve com drogas de farmácia! Outro dia eu estava a mais de 15 dias com o braço sem poder mover, a dor era terrível, fiquei internada e nada, ai fui pedir socorro ....Onde tem um japonês que entenda de coluna? Na hora me indicaram um senhor - e pode apostar, eu estava DESMONTADA - que estalou tudo: ele me colocou deitada no carrinho do carregador e pronto, deu aquele tranco "ploc"( rsrsrs). Pronto, sa de lá andando normal, cheguei em casa e no outro dia a dor sumiu !!! Era a minha coluna . 

A diabetes por exemplo é controlada principalmente com alimentação correta... E foi neste ponto que acertei buscando esta saída... Alimentos X tipo de Sangue.Sobre peso X Alimentos, Colesterol alto X Alimentos, Triglicérides Alto X indicação de um vídeo de Marcos Kim, no Youtube. O meu estava acima de 1.230: eu estava morrendo... 

Remédios e mais remédios...sabe o que resolveu? Abóbora madura e crua: 100 gramas por dia, batida com água gelada em jejum , receita Oriental de Marcos Kim.


Quer ir para Portugal? Vá com muito cuidado

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Número de turistas brasileiros tem um crescimento de quase 40%, segundo o governo português que já começa a ficar preocupado com o aumento do turismo. O setor já representa 10% do PIB do país.

Destino da moda, Portugal vive alta de preços e começa a nutrir turismofobia. Lisboetas reclamam de efeito na oferta de imóveis, distúrbios no trânsito e descaracterização da cidade. Nossa amiga na cidade do Porto, a fotógrafa de ventos Fernanda Ferraro, constatou realmente a diferença entre os portugueses do Porto e os de Lisboa. Enquanto os primeiros são mais amáveis e educados, os de Lisboa são mais fechados e preferem manter uma distância maior. E não fazem questão de ajudar estranhos, ao contrário dos conterrâneos da região do D'Ouro.

Após mais de 12 horas de viagem, o publicitário australiano Andrew Jones, 28, não teve exatamente a recepção que esperava em Lisboa. De saída do aeroporto, foi alvo de ofensas que o mandavam voltar para casa.

“Eram duas mulheres na faixa dos 50 anos. Fizeram questão de gritar em inglês e em francês, para garantir que eu estava entendendo”, queixa-se.

A aversão à presença turística, que vem sendo chamada de “turismofobia” mundo afora, é um fenômeno que se alastra pela Europa na esteira das companhias aéreas de baixo custo e da proliferação de hostels e apartamentos de aluguel por temporada.

Em Barcelona, já houve desde manifestações nas ruas até a depredação de ônibus e bicicletas para turistas. Na última pesquisa do “Barômetro Catalão”, o turismo foi apontado pelos moradores como o maior problema da cidade, pior até do que o desemprego.

Em Portugal, onde o turismo cresce acima da média mundial e já responde por mais de 7% do PIB (Produto Interno Bruto), a situação ainda está longe disso, mas há cada vez mais vozes contra os efeitos nocivos causados pelos viajantes.

O “Lisboa Does Not Love” (Lisboa não ama) é uma das plataformas mais ativas. Além de perfis nas redes sociais, o grupo oferece imagens de protesto ao turismo de massa que podem ser impressas em casa e coladas pela cidade.

Em um passeio pelo centro, é possível encontrar algumas delas, assim como mensagens mais genéricas, e até palavrões, contra os visitantes. O grupo não xinga os turistas, mas enumera, em sete idiomas (português, inglês, francês, espanhol, alemão, polonês e italiano), tudo o que considera nocivo no turismo de massa.

“As derivações comerciais do turismo de massa fragilizam o equilíbrio lisboeta, apoderaram-se do seu delicado charme e infiltram-se cada vez mais na alma da cidade”, escrevem. Há alguns itens do repertório turístico que irritam especialmente os portugueses. É o caso dos tuk tuks.

Populares como meio de transporte na Ásia, os veículos chegaram à Europa como locomoção turística, em que o motorista também serve de guia. Barulhentos, eles são acusados de atrapalhar o trânsito, entupir pontos turísticos e ainda descaracterizar a paisagem.

O aumento do turismo também tem sido discutido em Portugal devido ao impacto nos preços e na oferta de casas para a população. Atraídos pelos impostos mais baixos e pela explosão do turismo, muitos proprietários optaram por alugar imóveis apenas por temporada, especialmente nos bairros mais próximos do centro histórico de Lisboa e do Porto.

Como o preço de compra e venda de imóveis também está em franco crescimento —já chegou ao patamar pré-crise—, os portugueses se queixam de que está mais caro viver em suas próprias cidades. As situações mais dramáticas são vividas nos prédios dos centros históricos, onde as construções espaçosas são cobiçadas para serem transformadas em hostels e apartamentos por temporada.

Em 2012, uma mudança na legislação flexibilizou os contratos e tornou mais fácil para proprietários romperem os vínculos com seus inquilinos. Moradora do tradicional bairro lisboeta de Mouraria há 45 anos, Carla Pinheiro, 48, diz que viu seus vizinhos e amigos serem expulsos devido à especulação imobiliária.

“Não sou contra o turismo, mas tem de haver um controle, porque a cidade é nossa. Pode haver alojamento turístico, mas tem de se garantir também espaço para os portugueses”, afirma. O dinheiro gasto pelos turistas tem um papel importante na vigorosa recuperação portuguesa dos últimos anos. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, Portugal foi o segundo país da Europa onde o turismo teve mais relevância na economia nacional em 2017 , atrás apenas de Malta.

Números do Banco de Portugal indicam que o ano passado foi o melhor da história para o turismo. Os estrangeiros deixaram em média € 41,5 milhões (R$ 174 milhões) por dia no país.
 
Em nota, o Turismo de Portugal disse: “não temos sinais de turismofobia em Portugal". "Pelo contrário, Portugal tem sido frequentemente reconhecido como um país acolhedor”. A entidade destaca que Portugal conquistou recentemente o primeiro lugar no ranking de países mais acolhedores, de acordo com a InterNations, rede global de informações para pessoas que vivem e trabalham no exterior.

O presidente da Câmara do Porto (cargo equivalente ao de prefeito), uma das cidades onde o turismo mais cresce, também disse que a turismofobia ainda não é um problema. “Mas precisamos de ter a certeza de que o impacto positivo do turismo chega a um maior número de cidadãos, e que o impacto negativo dele é disperso e não concentrado.

Número de turistas brasileiros bate recorde em Portugal

Números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas de Portugal mostram que os brasileiros se renderam de vez aos encantos lusitanos. Segundo o levantamento, 869 mil brasileiros visitaram Portugal em 2017. Uma alta de 39% em comparação a 2016, que já tinha sido um ano de alta, e teve 624 mil viajantes do nosso país.

A quantidade de turistas brasileiros foi a que mais cresceu entre todas as nacionalidades avaliadas. E olha que foram muitas: Portugal recebeu 12,6 milhões de estrangeiros, um recorde histórico

E nem as muitas horas de avião nos tiraram da liderança absoluta entre os viajantes que vêm de fora da Europa.

Colecionando uma série de prêmios na área turística —entre eles o de melhor praia da Europa e de melhor destino do ano—, Portugal tem encantado também viajantes de outras nacionalidades.

No ranking geral, países mais próximos acabam levando vantagem. Reino Unido, Alemanha, Espanha e França lideram, e o Brasil aparece em quinto lugar.

A região de praias do Algarve segue como a mais visitada, mas outras regiões também tiveram crescimento digno de nota. O destaque fica com o Centro do país que, mesmo sendo duramente afetado pelos incêndios do ano passado, conseguiu ter alta de 43%.

Fonte Folha

Sexo frequente evita doenças cardíacas e retarda envelhecimento

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Segundo David Weeks, ex-chefe de psicologia do Hospital Real de Edimburgo, no Reino Unido, a satisfação sexual é um dos principais contribuintes para uma boa qualidade de vida. 

Uma vida sexual ativa pode trazer uma série de benefícios para a saúde de homens e mulheres. Além do prazer em geral, estudos associaram o sexo (e até a masturbação) a um melhor funcionamento da saúde em geral.

Veja alguns alguns dos benefícios das relações sexuais elencados pelo site especializado Medical Daily.

1.  Redução do nível de stress

O sexo é uma atividade naturalmente prazerosa que pode impulsionar o humor e regular a ansiedade, reduzindo os sinais de stress. A liberação de dopamina e endorfina no cérebro durante a atividade sexual aumenta o prazer e a sensação de bem-estar.

2. Prevenção de problemas cardíacos

Quando em excesso, a homocisteína – aminoácido relacionado ao surgimento de doenças cardiovasculares – pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos e ataques cardíacos. Felizmente, pesquisas sugerem que o sexo pode ajudar a prevenir o acúmulo de homocisteína, melhorando o fluxo sanguíneo e a circulação no corpo. A má notícia é que esse benefício só foi encontrado em homens.

3. Menor risco de câncer de próstata

Outra vantagem para os homens vinda do sexo e da masturbação é a redução no risco de câncer de próstata. Embora os cientistas ainda não tenham conseguido estabelecer uma associação causal, acredita-se que a ejaculação ajude a eliminar substâncias químicas nocivas à saúde do órgão.

4. Qualidade do sono

Sono e sexo parecem ter efeitos equivalentes já que uma boa relação sexual significa um sono melhor e vice-versa. Depois de experimentar um orgasmo, o corpo libera prolactina, hormônio que ajuda a relaxar e cujos níveis podem ser 400% maiores do que após a masturbação, por exemplo.

5. Antienvelhecimento

Segundo David Weeks, ex-chefe de psicologia do Hospital Real de Edimburgo, no Reino Unido, a satisfação sexual é um dos principais contribuintes para uma boa qualidade de vida. Pessoas com uma vida sexual ativa tendem a parecer alguns anos mais jovens do que realmente são.

O ‘efeito rejuvenescedor‘ deve-se à secreção do hormônio do crescimento humano (HGH) e de endorfinas durante o sexo, que ajudam a prevenir rugas e flacidez.

6. Cérebro em melhor forma

Pesquisas descobriram que pessoas que fazem sexo regularmente podem ter uma função cognitiva melhorada, especialmente à medida que envelhecem. Um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, sugeriu que relações sexuais frequentes estavam associadas a uma melhor memória de trabalho, fluência e função executiva.

Esse efeito pode estar associado à redução de processos inflamatórios e crescimento de novas células cerebrais.


Um passeio pela rica gastronomia de Paraty e Angra dos Reis

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                       Banana da Terra Paraty

De restaurantes sofisticados a tradicionais alambiques, os sabores da Costa Verde e também de suas ilhas.

Costa Verde, região que liga o litoral sul do Estado do Rio ao norte de São Paulo, flanqueada pelo verde da Mata Atlântica, de um lado, e os vários tons de suas muitas baías, de outro. É também um lugar de múltiplos sabores, como a cidade de Paraty, conhecida mundialmente. Onde a culinária francesa se encontra despretensiosamente com o sotaque mineiro. E onde a banana da terra vira iguaria sofisticada pelas mãos dos chefs locais; a cachaça dos alambiques pinga em cafés e arde em peixes flambados. Sem contar o camarão na moranga que ganha um tempero especial e pode ser saboreado à sombra de amendoeiras.

A vizinha Angra dos Reis, tem suas dezenas de ilhas e encantadoras paisagens. Se rivaliza com Paraty, de tantas Histórias, culturas, belezas e bons restaurantes.

Ao falarmos de Paraty é bom lembrar dos alambiques que produzem as famosas cachaças da região. O mais antigo em funcionamento foi fundado no século XIX. A diversificada gastronomia envolve uma cadeia que passa por produtores, cozinheiros, restaurantes, moradores e turistas. Não à toa, em 2017, Paraty recebeu o título de Cidade Criativa para a Gastronomia da Unesco, selo que valoriza e incentiva a cultura e a economia locais. "Aqui, o visitante sempre encontrará uma experiência culinária rica", diz a secretária de Cultura do município, Cristina Maseda.

Mas há muito mais a se descobrir na cidade. Criatividade não falta. Principalmente, quando o assunto é a boa mesa.

Paraty na mesa

No Pingado, é possível tomar café coado no caldo de cana (R$ 9,50) — sem açúcar ou adoçante, claro. O costume, comum nas roças da região, ganhou ares modernos na casa. O café com cana é preparado na mesa, em frente aos clientes, em um coador especial — sua estrutura de ferro foi criada por um ferreiro local, e o pano, confeccionado por uma costureira da cidade. Para acompanhar, doces feitos de marzipã, iguaria trazida na bagagem pelos portugueses, muito consumida pelos caiçaras.

E o tradicional café pingado ganhou uma versão, digamos, mais ousada: o leite dá lugar à cachaça local. Para completar, chantilly e geleia caseira de gengibre (R$ 12).

Já para as refeições principais, o preparo dos pratos é um espetáculo à parte no restaurante Casa do Fogo, onde a maioria das receitas é flambada com cachaças artesanais. O dono do restaurante é o chef Paulo César (conhecido como Caju), que começou a carreira como garçom. Nas mesas, enquanto exibe habilidade com o fogo, para deleite dos clientes, as luzes são apagadas, e as chamas dão um show à parte.

Boa pedida na casa é o filé de peixe com banana, legumes flambados e arroz com palmito (R$ 68). De entrada, vale pedir a lula flambada, com papaia e hortelã (R$ 38).

Um dos restaurantes mais tradicionais da cidade é o Banana da Terra, da chef Ana Bueno. Entusiasta da culinária saudável e sustentável, Ana é uma das criadoras de um projeto que revolucionou a merenda escolar do município: saíram dos cardápios das crianças os pratos industrializados (e sem graça), e no lugar entraram receitas tradicionais da cidade.

Além disso, Ana promove a Folia Gastronômica, festival anual que acontece em novembro nas ruas do centro, com o que a culinária local tem de melhor.

O Banana da Terra é reflexo da alma da cozinheira: moderno, mas fiel às origens de Paraty. Experimente o filé de peixe em crosta de pimenta limão e risoto de palmito pupunha (R$ 96). Outra pedida é o lombo de peixe selado, com manteiga de alho e ervas sobre banana assada e ninho de alho poró (R$ 94).

Estrada surreal

A dez minutos de carro do Centro Histórico, na Estrada Paraty-Cunha, não se assuste se por acaso se deparar com uma simpática senhora conversando com duas bruxinhas de pano, que até nome têm — Fúcsia e Salomé. Luciana Marinho é fã do universo fantástico. Em seu restaurante, batizado de Bistrô Alquimia dos Sabores, pratos ganham nomes como Merlin, Avalon, Rei Arthur e Harry Potter. O cardápio, escrito à mão e cheio de desenhos, encanta os clientes.

A chef parece ter mesmo uma varinha de condão, capaz de transformar receitas tradicionais em pratos requintados. Os doces da casa são divinos. Exemplos perfeitos são os bolinhos de paçoca de banana, bacon e geleia de pimenta-biquinho (R$ 35). A inspiração para a receita vem dos escravos.

"A banana é típica da região. Os escravos pegavam as frutas que sobravam e testavam com bacon, que era descartado pelos senhores de engenho. O doce tradicional é pastoso. Minha versão é mais rígida, com farinha para dar liga", explica Luciana, que fez pesquisa de campo em quilombos e junto a famílias antigas da região, em busca de pratos tradicionais.

O bistrô, pequeno e aconchegante, abre apenas à noite. Para garantir, o ideal é reservar. Atrás do restaurante, a chef abriu a Estalagem Solar Real, que tem somente um quarto, de frente para o rio.

França presente

A gastronomia de Paraty também é internacional. O Voilà Bistrot, que fica na Estrada Paraty-Cunha, próximo ao Alquimia dos Sabores, tem sotaque francês — e bem carregado. Natural de Paris, o chef Christophe Legond se mudou para Salvador em 1997. Há 11 anos vive na bela cidade da Costa Verde.

No pequeno e charmoso restaurante, decorado com quadros, revistas e um piano trazidos da Europa, a culinária é tipicamente francesa, feita com produtos regionais. Bom exemplo são os tomates tartin et glace à la moutarde (R$ 38), tipo de torta folhada de tomates com sorvete de mostarda Dijon.

Outra estrela do cardápio de Legond é o tournedor Dijon aux deux moutardes et l’aligot du chef: filé ao molho de duas mostardas francesas e purê de batata com queijo raclette (R$ 170).

Aulasd de culinária

Aprender a cozinhar e, ao mesmo tempo, conhecer um pouco mais sobre a História do Brasil, experimentando receitas deliciosas regadas a um bom vinho. Essa é a proposta da Academia de Cozinha & Outros Prazeres, que funciona na casa da mineira Yara Castro e do franco-americano Richard Roberts, em Paraty.

Yara é uma estudiosa dos alimentos. Em Boston (Estados Unidos), onde morou após conhecer o marido em uma livraria no Leme, apresentou seminários sobre a História do mundo por meio da alimentação. Depois, estrelou um programa de culinária na televisão.

As aulas na aconchegante casa do casal reúnem, no máximo, 12 pessoas e podem ser ministradas em quatro idiomas: português, inglês, francês ou espanhol.

São servidos sempre uma entrada, um prato principal e uma sobremesa. Para harmonizar, vinho, e, ao final, degustação de cachaça envelhecida.

Influência dos imigrantes

Cada encontro tem um tema definido, que passeia por regiões do país: Paraty, Rio São Francisco, Amazonas, Minas e a Revoada do Rei, que fala sobre a influência dos imigrantes.

No início, Richard ensina a preparar uma caipirinha divina, com todos os macetes sobre os cortes e a extração do suco, além do armazenamento. O franco-americano é um apaixonado por Paraty:

"Eu sinto o passado nas ruas dessa cidade, que sempre oferece uma descoberta. O mundo passa por aqui".

Bela vista do alto

A poucos quilômetros da entrada de Paraty, na Serra da Graúna. No alto da estrada de terra que dá acesso ao local, se esconde uma preciosidade: a pousada e restaurante Le Gite d’Indaiatiba, do casal Olivier e Valéria Decorta. Ele, francês. Ela, mineira. Não é preciso dizer que o encontro resultou em uma profusão de sabores.

As receitas da casa têm base francesa e pitadas regionais. Exemplo é o raviole caseiro feito com folhas de taioba, verdura muito usada para substituir a couve. O palmito de pupunha, um clássico de Paraty, também está presente, em pratos como o peixe au coeur de palmier (filé grelhado de robalo servido com palmito à la crème, R$ 175, para duas pessoas).

O restaurante fica dentro da pousada, mas a sensação que se tem é de estar na casa de amigos. Decorado com móveis antigos e livros, o lugar, intimista e aconchegante, faz jus ao nome (gîte, em francês, significa refúgio). O ideal é fazer reserva. Mas vá sem pressa. Além de saborear os pratos que saem da cozinha de Olivier e Valéria, vale dar um passeio pelo jardim, entre árvores frutíferas, palmeiras, orquídeas e bromélias.

Quem quiser pode tomar banho numa cachoeira do Rio Graúna, que passa dentro da propriedade. Ou fazer uma sauna seca aquecida à lenha.

" Quando cheguei aqui, no início da década de 1990, era preciso subir a estrada de burro. E não havia iluminação ", recorda Olivier.

Em 2018, o cenário mudou um pouco. O animado forró de antigamente, por exemplo, deu lugar a uma igreja evangélica. Mas o clima pacato perdura. O silêncio só é quebrado pelo barulho da chegada de clientes a bordo de helicópteros. Foi instalado um heliponto no alto da pousada, que já recebeu celebridades, como a modelo Naomi Campbell.

Ainda na estrada: massa caseira e folhas orgânicas

Outro restaurante que caprichou na escolha do lugar para se instalar é o Villa Verde, no bairro da Ponte Branca, quase ao lado da estrada Paraty-Cunha. Como o nome sugere, para chegar ao local é preciso atravessar uma pontezinha de madeira. A casa funciona em um quiosque de madeira, dentro de um sítio de 200 mil m², repleto de verde e com vista para as águas do Rio Perequê-Açu. Em muitos pontos, formam-se pequenos poços, onde é possível mergulhar.

O suíço Dario Rossera comprou a propriedade em 1987, mas o restaurante só foi inaugurado em 2001, de maneira improvisada, quando ele e sua mulher, Cristiane, resolveram abrir o espaço para receber amigos.

No cardápio do Villa Verde, as massas caseiras, receitas de Dario, são a especialidade. Boas pedidas são o delicioso talharim ao molho gamberi (camarões ao molho de tomate italiano e abobrinhas, a R$ 65) e o talharim pomodorini (tomate cereja italiano e mussarela de búfala, a R$ 55). Assim como em boa parte dos estabelecimentos de Paraty, no Villa Verde, as verduras e hortaliças são orgânicas e vêm da vizinha Cunha, em São Paulo.

Falando em culinária saudável

Impossível não lembrar da Fazenda Bananal, a antiga Murycana, reaberta no ano passado, após passar por um trabalho de restauração. O projeto reúne museu, culinária, agricultura, pecuária e observação de pássaros. Nas encostas são cultivadas frutas, verduras e hortaliças por meio do sistema agroflorestal, que evita a monocultura e mistura as espécies, contribuindo para a restauração da mata.

A produção abastece os restaurantes Bananal (que fica dentro da fazenda) e Quintal das Letras (o da Pousada Literária, localizada no centro de Paraty). Parte da colheita é destinada aos funcionários e a projetos beneficentes.

Cabras e vacas da fazenda comem milho plantado dentro propriedade. As galinhas, criadas sem hormônios, alimentam-se das hortaliças que não são consumidas no restaurante da fazenda. Os ovos e o queijo produzido com o leite das cabras e das vacas são utilizados nas receitas da casa.

A fazenda, do século XVII, que por muito tempo produziu aguardente, abriga um museu, em um de seus antigos casarões, contando a história de Paraty — dos ciclos do Açúcar, do Ouro e do Café até os dias atuais.

Na Bananal, também é oferecido um roteiro para a observação de pássaros. Além disso, os visitantes podem participar de um tour pela propriedade, que tem 180 hectares, pomares, hortas, muitas trilhas e 25 mil mudas plantadas.

De volta ao Centro

Não há muitas opções de bons restaurantes de frente para o mar na cidade. A maioria fica nas ruas do centro ou nos bairros internos. Saborosa exceção é o Gastromar, aberto recentemente na Marina Porto Imperial.

A casa serve entradinhas divinas, como a dupla de vieiras com purê de ervilhas trufado e raspa de limão siciliano (R$ 34). Para prato principal, experimente o peixe imperial, feito com filé de robalo grelhado, purê de batata trufado, espinafre orgânico, rabanete e amêndoas (R$ 94). Ou tente uma massa, como o orecchiette com molho de vinho branco, camarão, lula, polvo, limão siciliano e páprica defumada (R$ 86).

De barco

Outra boa opção de passeio, entre um prato e outro, é pegar um barco rumo à Ilha do Araújo. É bom passar uma tarde ali, ouvindo o barulho do mar. Fincada em uma das muitas ilhas de Paraty, a vila tem apenas mil moradores, formando uma típica comunidade caiçara. Ali, o tempo passa devagar e os vizinhos se dizem “bom dia”.

Na entrada, fica a Igreja de São Pedro e São Paulo. Vale uma parada ali para relaxar e observar os nativos em seu dia a dia.

No início de junho, acontece o Festival do Camarão, logo após o fim do defeso da espécie. Para celebrar, são servidas diversas receitas preparadas com o crustáceo. A ilha chega a receber até três mil pessoas na data. O dinheiro arrecadado é usado na Festa de São Pedro, o padroeiro dos pescadores, quando uma procissão marítima leva a imagem do santo de Paraty até a Ilha do Araújo. O evento é realizado no domingo mais próximo a 29 de junho, dia dedicado ao santo.

Chegar à ilha é fácil, mas é preciso pagar pelo transporte de barco. Saindo do Cais de Turismo, no Centro, leva-se menos de meia hora. A parada na vila pode fazer parte de um roteiro por outras praias e ilhas, onde só se chega de barco. Mas há pousadas, para quem quiser ficar mais tempo. E os moradores costumam alugar suas casas a turistas.

A massa é de cachaça

Um ponto tradicional da ilha, com mais de 40 anos, é o bar e pousada Tubarão Drink’s, do nativo Francinaldo Soares. O restaurante é ideal para tomar uma cerveja, sentindo a brisa do mar. Combine isso com um generoso pastel de camarão (R$ 11), que leva uma dose de cachaça na massa, e uma deliciosa casquinha de siri (R$ 18). Nem precisa dizer que os ingredientes são todos frescos e tudo é feito na hora.

Ela é usada em receitas flambadas, substitui a água para fazer café, vai misturada à massa do pastel e, desde sempre, é servida em caipirinhas e drinques. A cachaça é rainha absoluta em Paraty. Não é de se espantar. A bebida é produzida há séculos na região. Mais especificamente desde 1600, quando a cana-de-açúcar era o principal produto da colônia.

"A produção do açúcar, no entanto, não deu muito certo por aqui. A cana não era doce suficiente, talvez pelo tempo ser muito chuvoso ", diz Eduardo Mello, responsável pela Coqueiro, produzida desde 1803. Entre as marcas que continuam sendo comercializadas, é a mais antiga cachaça de Paraty.

Sem produzir açúcar, os fazendeiros da região optaram pela famosa pinga. No passado, chegaram a existir mais de 150 alambiques na região. Hoje, são menos de dez.

Na Coqueiro, a tradição é de família. A fazenda dos Mello, batizada de São João, consome mais de 150 toneladas de cana por ano, para produzir cerca de 60 mil litros de cachaça. Números que parecem altos, mas a fabricação é toda artesanal. Para fazer a bebida, é utilizada apenas a parte mais nobre do líquido que é extraído da cana, chamada de coração.

Até ficar pronta para consumo, a bebida permanece armazenada em barris de madeira de amendoim ou de carvalho. Alguns têm capacidade para 20 mil litros. No entanto, só é considerada envelhecida a cachaça produzida em barris de até 700 litros. A versão prata descansa por até um ano. A ouro, uma das mais saborosas, é curtida em barril por três anos, quando atinge a plenitude de seu sabor e aroma. Ela é perfeita para degustação. Inclusive já ganhou prêmios em competições internacionais.

Além de cachaça, também são produzidos ali licores, a partir da infusão de frutas e outros ingredientes na bebida. A Gabriela, por exemplo, leva cravo e canela. Mas também podem ser usados abacaxi, coco, banana. Ao todo, a Coqueiro fabrica mais de dez rótulos.

Outros produtores de pinga de Paraty são a Pedra Branca, Paratiana, Engenho D’Ouro, Maria Izabel e Corisco. A tradição dos alambiques quase desapareceu. A situação mudou com a criação da Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça de Paraty (Apacap), entidade que incentiva a produção da bebida. Hoje em dia, há muitos passeios que levam os turistas para os alambiques. De 16 a 19 de agosto, a cidade realiza o Festival da Cachaça, Cultura e Sabores de Paraty.

Passeios

"Os visitantes podem ver como é a fabricação das cachaças e conhecer as fazendas. Existe um nicho muito forte de turismo rural em Paraty", diz Mello.

O alambique da Maria Izabel, por exemplo, rende um ótimo passeio. Localizada na Rio-Santos, a uns sete quilômetros em direção ao Rio, a construção está metida no meio da mata, de frente para a Baía de Paraty. A decoração também vale a visita.

Drinques de frente para o mar, cultura e novidades em Angra dos Reis

Os barquinhos de pesca espalhados pelo ambiente do aprazível Canto das Canoas, na Ilha da Gipóia, não são mera decoração. Representam a história do local. No passado, a casa funcionou como uma fábrica de sardinha, atividade que foi muito comum na Costa Verde. Ali, aportavam canoas de comerciantes e caiçaras. Há 25 anos, os irmãos Andrade resolveram transformar o lugar em um restaurante.

"Meu pai era o responsável pela fábrica. Com o tempo, a produção de sardinha foi entrando em decadência e tivemos a ideia de montar o Canto das Canoas", explica Rosana Andrade, que administra o restaurante.

Para chegar à Ilha da Gipóia, é preciso pegar um barco no Cais de Santa Luzia, no centro de Angra dos Reis. Diversas operadoras, espalhadas ao longo da rua em frente ao píer, fazem o trajeto. Quem não quiser ir e voltar no mesmo dia encontra opções de estada na ilha, que tem trilhas e praias selvagens. Uma das mais bonitas é a Jurubaíba.

Chegando em escunas

O Canto das Canoas fica na Praia do Vitorino, em um cenário arrebatador: de frente para o mar e cercado pelo verde da mata. As mesinhas são cobertas por toalhas coloridas, e os aromas que saem da cozinha impregnam todo o ambiente.

O cliente pode desfrutar de um drinque nas espreguiçadeiras que ficam na areia. E depois, saborear, à sombra de uma amendoeira, um camarão na moranga (R$ 223), que serve quatro pessoas, ou uma posta de peixe, na folha de bananeira, com farofa de camarão (R$ 213).

Um restaurante inaugurado em meados do ano passado, na Praia do Machado, atrai turistas, que chegam em escunas. É o Relicário, que fica logo na entrada de Angra, perto da Marina Verolme. Também é possível chegar ali de carro. E vale a pena. Na casa, que funciona em um deque de madeira sobre o mar, os pratos, petiscos e drinques são deliciosos e criativos.

Antes de montar seu restaurante, Michel Ribeiro havia criado um delivery e um food truck especializado em sabores do mar. O sucesso foi tanto que ele acabou abrindo a nova casa.

CaIpirinha com picolé

Michel trabalha na área de turismo e sabe receber como ninguém. A cozinha é aberta, e o cardápio variado e inventivo. Uma das estrelas é o caipicolé, mistura de caipirinha com picolé, sendo que um dos mais pedidos é o de morango com maracujá (R$ 25).

Entre as porções servidas no restaurante, uma das preferidas dos clientes é a de quibe de peixe (R$ 25). Vale experimentar também o camarão crocante empanado na farinha panko (R$ 120) ou o camarão à paulista ao alho e óleo (R$ 106).

Outra novidade na região é a chegada do Hotel Fasano, em dezembro de 2017, ao complexo do Frade. Além de spa, o hotel abriga dois restaurantes. Um deles é o Crudo, ao lado da píscina, aberto para o jantar. O menu, a cargo do chef Pedro Franco, lista vieiras, camarões, lagostins e peixes variados.

Angra também brinda os visitantes com atrações culturais e históricas, como o Museu de Arte Sacra, na Igreja de Nossa Senhora da Lapa e Boa Morte. Com acervo de duas mil peças, tem 25 anos e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).


Costa Verde - COMO CHEGAR

Carro. Do Rio até Angra dos Reis, pela Rio-Santos (BR-101), são cerca de 150km. Até Paraty, 243km.

Ônibus. Pela Costa Verde (costaverdetransportes.com.br), a tarifa custa R$ 55,40, até Angra, e R$ 79,20, até Paraty. A Reunidas (reunidaspaulista.com.br) e a Útil (util.com.br) ligam cidades de SP e Minas a Angra e Paraty.

ONDE COMER

PARATY

Academia de Cozinha & Outros Prazeres. Rua Dona Geralda 288. Valor das aulas sob consulta. Tel. (24) 3371-6025.

Alquimia dos Sabores. Estrada Paraty-Cunha Km 5, casa 5.alquimiadossabores2.blogspot.com.br/

Banana da Terra. Rua Dr. Samuel Costa 198facebook.com/restaurantebananadaterra

Café Pingado. R. Dr. Samuel Costa 11cafepingado.com

Casa do Fogo. Rua Com. José Luiz 404. casadofogo.com.br

Gastromar. Marina Porto Imperial, BR 101, km 578,5. gastromarparaty.com

Le Gite D’ Indaiatiba. Rodovia Rio-Santos km 562, Graúna.Tel. (24) 99999-9923

Tubarão Drink’s. Praia de Dentro, Ilha do Araújo. facebook.com/Restaurante-E-Pousada-Tubar%C3%A3o-Drinks-920855928021225/

Villa Verde. Estr. Paraty-Cunha Km 7, Ponte Branca. villaverdeparaty.com.br

Voilà Bistrot. Estrada Paraty-Cunha Km 4. pousadacaminhodoouro.com.br/site/home

ANGRA DOS REIS

Canto das Canoas. Praia do Vitorino, Ilha da Gipoia. cantodascanoas.com.br

Relicário. R. Nelson Bastos s/nº, Praia do Machado.facebook.com/restauranterelicario/

ONDE FICAR

PARATY

Le Gite D’Indaiatiba. Diárias a partir de R$ 200. Rod. Rio-Santos Km 562, Graúna. legitedindaiatiba.com.br

Estalagem Solar Real. Estrada Paraty-Cunha km 5, casa 5, Ponte Branca. Tel. (24) 3371-2077. Diárias a partir de R$ 250.

Pousada Literária. Diárias a partir de R$ 1.170. Rua do Comércio 362pousadaliteraria.com.br/pt-br

Pousada Tubarão. A partir de R$ 220. Ilha do Araújo. Tel. (24) 99818- 9476.

ANGRA DOS REIS

Angra Beach. Diárias a partir de R$ 300. Rua José Watanabe 111. angrabeach.com

EcoHostel Costa Verde. Entre R$ 70 (quarto coletivo) e R$ 180 (quarto de casal). Rua Theophilo Massad 440. Tel. (24)99875-2728.

Hotel Fasano. Diárias a partir de 1.364,50. Rodovia Gov. Mario Covas Km512, Praia do Frade. fasano.com.br/hoteis/fasano-angra-dos-reis

PASSEIOS

PARATY

Fazenda Bananal. Visita à agrofloresta, R$ 50 (1h); passeio completo de carro (2h), R$ 100; observação de pássaros, R$ 50. Estrada da Pedra Branca. http://www.fazendabananal.com.br/

Alambique Coqueiro. Visita gratuita, com degustação de cachaça. BR-101, Km 582.cachacacoqueiro.com.br

Cachaça Maria Izabel. A 8 kms do Centro de Paraty. No Corumbê. mariaizabel.com.br

Ilha do Araújo. Barqueiro Lauro: R$ 35 (por pessoa, ida e volta). Saídas: Praia Grande ou cais de Paraty. Passeio de 6 horas por ilhas e praias: R$ 600 (até 10 pessoas). Tel. (24) 99227-3765.

ANGRA DOS REIS

Ilha da Gipoia. Doce Angra: ida e volta a R$ 110, por pessoa. doceangraturismo.com
Fonte O Globo

Brasília tem exposição que marca a história do design tradicional

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O Itamaraty resgata peças de artistas brasileiros famosos na exposição Desenhando para um Palácio, que mostra como o mobiliário atua também como ferramenta de diplomacia.

A maior exposição de peças originais de três feras do design brasileiro do século 20 - Sergio Rodrigues (1927-2014), Joaquim Tenreiro (1906-1992) e Bernardo Figueiredo (1934-2012) - não está em nenhum museu ou galeria do País. Está no Palácio do Itamaraty, em Brasília, onde esses objetos estão em uso e são testemunhas de recepções a chefes de Estado estrangeiros e negociações internacionais. E, desde a quarta-feira, 11/4, pode ser vista pelo público na exposição Desenhando para um Palácio.

A mostra não se resume a esses três artistas. É um panorama sobre como o mobiliário palaciano atua como uma ferramenta da diplomacia, ao refletir a imagem que o País queria projetar no exterior em cada época. As peças mais antigas datam do século 18.

A garimpagem das peças da exposição exigiu um trabalho de pesquisa que levou quatro anos, coordenado pelo diplomata Heitor Granafei. Originalmente, ele pretendia fazer apenas um registro para o site do ministério sobre a morte de Figueiredo, no qual falaria sobre sua contribuição para o Itamaraty.

Mas, pesquisando documentos do final dos anos 1960, ele descobriu que o designer brasileiro de maior projeção internacional havia recebido um de três lotes de encomendas de móveis para o novo palácio. Rodrigues foi incumbido de fazer modelos originais de móveis de escritório.

Restava saber onde estavam. A investigação foi facilitada pelo fato de Marcel Gautherot (1910-1996) haver fotografado as salas do Itamaraty quando estavam mobiliadas, mas ainda não ocupadas. As imagens fazem parte do acervo do Instituto Moreira Salles. A pesquisa se estendeu às famílias e aos escritórios dos designers.

No total, foram identificados 40 modelos originais e 133 exemplares de Sergio Rodrigues espalhados pelos gabinetes do Itamaraty. De Bernardo Figueiredo, incumbido de criar os móveis para a o salão de recepções e a sala de almoço, foram encontrados 16 modelos originais e 81 exemplares. Trata-se do maior acervo do designer no País. De Tenreiro, remanesceu apenas uma mesa.

Para montar a exposição, Granafei promoveu uma verdadeira ‘limpa’ no gabinete do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. Com base em fotografias da época, ele montou uma réplica da sala tal como idealizada por Rodrigues, que faz parte da mostra. Só nela, são 25 peças do designer.

“Desde que eu tenha uma mesa para trabalhar, está ótimo”, reagiu o ministro quando lhe pediram autorização para retirar o mobiliário. Questionado pelo Estado sobre a iniciativa de Granafei, ele brincou: “Não só confiscou, temporariamente, minha mesa de trabalho, como fez o mesmo no gabinete do Blairo Maggi”.

A mesa de trabalho de Blairo Maggi também foi trazida para a exposição. Segundo o diplomata, já se sabia que antes da encomenda do Itamaraty Sergio Rodrigues havia criado móveis de escritório para a nova capital federal. De novo, só não se sabia onde estavam.

A de Maggi foi reconhecida pela televisão, numa entrevista que ele concedeu à época da operação Carne Fraca. “Fiquei feliz em saber que é uma mesa tão antiga”, disse o ministro ao Estado. Ele pediu que seja colocada na mesa uma placa identificando seu valor histórico e artístico.

A exposição volta no tempo até a reforma do ministério realizada em 1906, sob o comando do Barão do Rio Branco, ainda na sede no Rio de Janeiro. Há, daquela época, peças encomendadas na França, durante a onda de prosperidade da Belle Époque. Era um período em que o Brasil, enriquecido pelo café e pela borracha, buscava o reconhecimento como um país cosmopolita.

A pesquisa identificou também uma grande quantidade de peças dos anos 1920, quando houve outra reforma no Itamaraty. Com o mundo das artes sacudido pelo modernismo da Semana de 22, os móveis refletem a busca da brasilidade. A influência é do barroco brasileiro, considerado a primeira manifestação de arte genuinamente nacional. A exposição põe lado a lado uma cadeira do século 18 e um sofá reproduzindo as mesmas linhas, feito por volta de 1920.

A mostra traz ainda peças de decoração como uma tapeçaria de Madeleine Colaço (1907-2001) que reproduz o primeiro mapa-múndi onde aparece o Brasil. Ela mostra Jerusalém como o centro do mundo e a América do Sul aparece no alto. Essa peça também foi retirada do gabinete do ministro.

Foram encontrados, também, desenhos do arquiteto Milton Ramos (1929-2008). Ele foi o responsável pela construção da escada helicoidal idealizada por Niemeyer, uma das principais atrações do palácio. Por ela, passam todos os chefes de Estado estrangeiros que visitam o Brasil.

DESENHANDO PARA UM PALÁCIO

Palácio Itamaraty. Esplanada dos Ministérios, bloco H. Brasília. Dias úteis: 9h, 10h, 11h, 14h, 15h, 16h e 17h. Fim de semana: 9h, 11h, 14h, 15h e 17h. Reservas pelo e-mail visita@itamaraty.gov.br ou tel. (61) 2030-8051. Até 27/5.

Fonte Estadão


Cuidado maior com a água, alimentos e fezes de gatos

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Toxoplasmose é a doença por trás de surto em Santa Maria (RS) e que traz riscos à gravidez. Transmitida por parasita, é extremamente comum e na maioria das vezes não gera sintomas. O maior risco é para gestantes, porque pode comprometer o desenvolvimento do feto.

Os sintomas são esses: febre, dor de cabeça e no corpo, cansaço, gânglios inchados. Desde o fim de janeiro, unidades de saúde do município de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, começaram a receber cada vez mais pacientes com esses sintomas. A causa, até então desconhecida, foi confirmada nessa quinta-feira pelas secretarias de saúde municipal e estadual: surto de toxoplasmose. Por enquanto, há 59 casos suspeitos e 14 confirmados.

"O número total de casos poderá ser maior (que os 59 suspeitos). A gente não sabe em que ponto da curva a doença está", ou seja, se ascendente, estável ou descendente, afirma Marilina Bercini, diretora do Centro Estadual da Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul.

A toxoplasmose é provocada por um parasita, o toxoplasma, e é transmitida pela ingestão de água ou alimentos contaminados ou pela placenta da mãe para o bebê.

É uma doença extremamente comum. No Sul do país, estima-se que seis em cada dez pessoas já tenham contraído toxoplasmose em algum momento da vida, segundo a médica infectologista gaúcha Lessandra Michelim, da Sociedade Brasileira de Infectologia.

"É muito complicado o controle do toxoplasma, porque ele está espalhado pelo ambiente. Não é por falta de cuidado e higiene. Nem é algo exclusivo nosso. A França, por exemplo, tem incidência maior que a do Brasil", afirma Michelim.

Você, inclusive, já pode ter sido contaminado pelo toxoplasma e não fazer nem ideia disso. Afinal, a grande parte dos casos não apresenta sintomas e não gera complicações. Porém, não é uma doença banal. Oferece grande risco no caso de gestantes que contraiam a toxoplasmose durante a gravidez (ter contraído antes não gera problema nenhum), porque pode comprometer o desenvolvimento do feto. Além disso, também é perigosa para pessoas que estejam com a resistência baixa – imunodeprimidas, no linguajar médico.

A maior parte dos casos de toxoplasmose são isolados. Já os surtos, que acometem um número maior de pessoas em um determinado local e período, são menos comuns. Nesses casos, a causa envolve algum tipo de contaminação ambiental pelo parasita – por exemplo, uma fonte de água, um criadouro de animais, uma área agrícola ou mercado de alimentos.

No caso de Santa Maria, ainda não se sabe qual é a origem da contaminação. Identificá-la é justamente a prioridade das autoridades de saúde neste momento. Afinal, como os casos não pararam de aparecer, é possível que a população continue exposta.

Fezes de gatos também

O toxoplasma é um parasita liberado no ambiente pelas fezes de felinos contaminados – principalmente gatos, os felinos mais comuns.

Nessa fase, o toxoplasma está em um estágio de vida chamado de oocisto, presente nas fezes dos gatos por até duas semanas após a infecção. Depois de despejados no ambiente, os oocistos levam alguns dias para se tornarem infecciosos. E são extremamente resistentes, podendo se manter infectantes por até um ano e meio.

A partir daí, água, solo, plantas e outros animais de consumo humano podem se contaminar. E, na sequência, contaminar pessoas.

Além disso, animais como ratos e pássaros podem adquirir o parasita ao beber água, comer plantas ou entrar em contato com solo contendo esses oocistos – mais gatos podem ser infectados da mesma forma, bem como ao se alimentarem desses bichos, levando a novas liberações do toxoplasma no ambiente.

Os felinos são os únicos hospedeiros definitivos, ou seja, apenas no intestino deles é que o parasita consegue realizar seu processo de reprodução. Outros animais, como os seres humanos, são hospedeiros intermediários – podem ser infectados, mas não liberam oocistos em suas fezes.

Mas quando contaminados, eles passam a abrigar cistos do parasita, que podem ficar presentes em seu corpo até o fim da vida. Caso uma pessoa se alimente da carne mal passada de um boi que teve toxoplasmose, por exemplo, ela pode ingerir esses cistos e, assim, se infectar.

Não há vacina para a doença.

É preciso evitar o contato com gatos?

"É importante salientar que o toxoplasma é adquirido pela alimentação. Os gatos não são um vetor (não transmitem a doença). Eles podem fazer parte do ciclo do parasita e eliminá-lo nas suas fezes. Mas o gato em si, o contato com ele e com o seu pelo não transmitem a doença", explica a infectologista Michelim.

"Quando tem surto, muita gente acaba matando gato ou até se desfazendo do animal. É desinformação."

A Prefeitura de Santa Maria acrescenta que os gatos "apresentam pouca importância epidemiológica em surtos". Isso porque a origem deles é alguma contaminação ambiental. Ou seja, o importante para evitar a propagação da doença é encontrar e descontaminar essa fonte, não evitar contato com gatos.

Porém, para evitar os casos isolados (quando uma pessoa se contamina sem relação com um surto), que são a maioria, é preciso manter total higiene ao lidar com as fezes dos gatos, principalmente no caso de grávidas.

A maioria dos felinos se torna imune à doença após uma primeira contaminação, mas é muito difícil saber quando ela ocorre – a exemplo dos humanos, eles raramente apresentam sintomas.

O que mais deve ser feito para se prevenir?

"Essa é a pergunta mais difícil. A toxoplasmose é endêmica. Por mais que tenhamos todos os cuidados necessários, a gente nunca sabe qual é a real procedência de vários alimentos e da água que consumimos. O que podemos fazer é tentar consumir alimentos com procedência, que tenham uma fiscalização", fala Michelim.

Como o risco maior é para gestantes, a recomendação é que elas sim façam um controle rigoroso da alimentação. "A toxoplasmose no começo da gravidez pode causar aborto. No meio, pode gerar sequelas permanentes no bebê, como retardo mental, alteração ocular e no desenvolvimento psicomotor", explica a infectologista.

Segundo ela, gestantes que já tiveram toxoplasmose antes da gravidez não estão totalmente livres do risco de pegar a doença de novo, porque há cepas diferentes. Por isso, todas devem se cuidar.

Já no caso de pessoas com imunidade baixa, a toxoplasmose pode afetar o sistema nervoso, coração, pulmão, fígado e provocar problemas nos olhos. O tratamento costuma ser feito com antiparasitários ou, dependendo do caso, antibióticos. As gestantes com a doença devem fazer um acompanhamento específico.

O que se sabe sobre o surto de toxoplasmose em Santa Maria?

A investigação dos casos em Santa Maria começou em 12 de abril. As suspeitas iniciais eram dengue, chikungunya e toxoplasmose. Na quinta-feira, o surto de toxoplasmose foi comunicado oficialmente.

O primeiro paciente identificado começou a apresentar sintomas em 20 de fevereiro. Porém, estão sendo considerados casos suspeitos todos aqueles que tiveram os sintomas a partir de 20 de janeiro.

Para ajudar na identificação, as autoridades estão fazendo uma varredura nos prontuários médicos de todos os pacientes atendidos na rede de saúde desde o início do ano. As gestantes identificadas com toxoplasmose estão sendo encaminhadas para o pré-natal de alto risco do Hospital Universitário de Santa Maria.

"A fonte (de contaminação) está sendo procurada, mas não é fácil fazer essa investigação. O surto tem origem em uma contaminação ambiental, um protozoário que vive no ambiente. Não é transmitido por mosquito", afirma Marilina Bercini, do centro de vigilância estadual.

Quais são as principais recomendações?

A Prefeitura de Santa Maria emitiu as seguintes recomendações para a população da cidade, que tem 260 mil habitantes:

1 - Evitar consumo de água e alimentos de origem desconhecida;

2 - Comer somente carnes bem cozidas ou bem passadas (não se alimentar de carnes cruas, mal passada ou embutidos frescos);

3 - Beber somente água tratada, filtrada ou fervida;

4 - Beber somente leite pasteurizado ou fervido;

5 - Lavar bem as mãos após manuseio de carnes cruas;

6 - Lavar bem frutas, verduras e legumes crus antes do consumo;

7 - Lavar bem as mãos antes das refeições;

8 - Fezes de gatos devem ser recolhidas com luvas ou sacolas plásticas, e devem ser descartadas em sacos plásticos utilizados para o lixo doméstico e disponibilizadas para o sistema público de coleta. Gatos jovens e doentes podem ficar com fezes contaminadas por cerca de 15 dias. Gatos adultos geralmente são imunes e raramente transmitem a doença.

Fonte BBC/G1


Veja a São Paulo de muitos países, e escolha o seu refúgio

                      Resultado de imagem para a praça Kantuta, no Canindé
                      Feira Kantuta

Feiras, bares e restaurantes para viajar por quatro continentes sem sair da capital paulistana.

Todo mundo sabe que a "terra da garoa" sempre foi a cidade de imigrantes. Tem os mais integrados -  italianos, japoneses e portugueses - , e os novos grupos que se somaram nos últimos anos, como os bolivianos, coreanos e refugiados sírios, tornando a cidade ainda mais diversa. Muitos estrangeiros cultivam e difundem suas tradições pela cidade e pelo estado. E passear por essas culturas é um ótimo jeito de viajar pelo mundo, somente pelo valor de um tíquete de metrô. Não precisa pegar avião. 

Há feiras, como a Kantuta, a África 54 e a do Leste Europeu, que permitem uma imersão cultural, reunindo imigrantes, artesanato, comidas, música e danças típicas. E há, claro, muitos restaurantes para explorar sabores forasteiros: de clássicos, como o Monte Líbano e a Casa Búlgara, a novidades para o paladar paulistano, caso do Congolinária e do Bàhn Mí Vietnam. 

Veja o roteiro e escolha o seu lugar para experimentar:

AMÉRICA

BOLÍVIA

Feira Kantuta

Aos domingos, a praça Kantuta, no Canindé, vira uma embaixada da Bolívia: há 16 anos, o local recebe a feira homônima, com cerca de 70 barracas que oferecem comidas típicas e artesanatos. A língua espanhola impera por ali. Entre as receitas, aparecem anticuchos (espetos de coração de boi), saltenhas, sopa de amendoim e refresco de quinoa. O local também é cenário de ensaios e performances de grupos de danças típicas. O grupo Tinkus Lisos se apresenta na tarde deste domingo (22), ainda sem horário definido.

Feira Kantuta - Praça Kantuta, s/nº, Canindé, região centro, s/tel. Dom.: 11h às 19h. GRÁTIS

CANADÁ

Canuck’s Poutine

Criado pela canadense Carey Evans e pela brasileira Luana Desie, o restaurante é um dos raros em São Paulo que serve o poutine, clássico da baixa gastronomia do Canadá francês. O prato nada light leva batatas fritas com casca, molho gravy (parecido com o madeira) e cheese curds (queijo daquele país) —a receita ainda pode ganhar complementos como ovos mexidos ou shiitake. A casa também oferece ginger ale, refrigerante caseiro de gengibre.

R. Tangará, 145, Vila Mariana, região sul, tel. 3495-6428. 40 lugares. Ter. e qua.: 17h30 às 22h. Qui. a sáb.: 17h30 às 23h30. 

COLÔMBIA

Los Rolos

Desde fevereiro, o espaço que à noite abriga o barzinho La Barca, na praça Roosevelt, se transforma no restaurante Los Rolos durante o dia. A casa, comandada pelo colombiano Juan Carlos e pela brasileira Vera Barbosa, tem receitas tradicionais do país, como as arepas (um tipo de pão feito de farinha de milho) e os patacones (discos fritos de banana-da-terra). Entre os recheios, há carne e guacamole.  

Pça. Franklin Roosevelt, 226, Consolação, região central, tel. 98691-1609. 40 lugares. Seg. a dom.: 9h às 17h. Não aceita tíquetes.

CUBA

Azucar Club Cubano

Aberto há 18 anos, o bar dançante tem decoração inspirada em Havana, com fotos e bandeiras que remetem a Cuba, e pista de dança animada por ritmos caribenhos. Entre os drinques, a dica são os mojitos, também em versões com morango ou abacaxi.

R. Dr. Mário Ferraz, 423, Jardim Paulistano, região oeste, tel. 3074-3737. 230 lugares. Qui. e sex.: 19h às 5h. Sáb.: 20h às 5h. Valet R$ 25. Não aceita tíquetes. Ingresso: R$ 38. 

CHILE

El Guatón

Num sobrado em Pinheiros, a família Riquelme, vinda de Santiago, serve refeições típicas chilenas. Além das famosas empanadas, tem pratos como a cazuela de vacuno, espécie de sopa com batata, milho, abóbora, arroz, vagem e peito de boi. 

R. Artur de Azevedo, 906, Pinheiros, região oeste, tel. 3807-9647. 80 lugares. Seg. a sáb.: 12h às 24h. Dom.: 12h às 16h30. Cerveja Original - 600 ml: R$ 12. 

ESTADOS UNIDOS

Z Deli

Não confunda o local com a hamburgueria moderninha de nome semelhante, que pertence ao neto de uma das fundadoras. Esta casa de culinária judaica, é inspirada nas clássicas delicatessens nova-iorquinas. Entre as atrações, há bolinhos de massa de peixe e cheesecake com calda de frutas vermelhas.

Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.350, Jardim América, região oeste, tel. 3064-3058. 42 lugares. Seg. a sex.: 12h às 17h. Sáb.: 12h às 16h. Não aceita tíquetes. Valet R$ 20. 

PERU

Sabor Latino

Uma casinha na região central abriga o restaurante, que funciona somente aos fins de semana, com pratos típicos peruanos, como ceviches e arroz chaufa, uma espécie de mexidão com pescada ou carne, no almoço. Em breve, a casa retoma as festas latinas nas noites de sexta —a primeira será cubana, em data a definir.
Al. Ribeiro da Silva, 762, Campos Elíseos, região central, tel. 3661-0399. Sáb. e dom.: 12h às 16h.

ÁFRICA

Feira África 54
Aos sábados, o mesmo espaço do Muena’s Café recebe, também, esta feirinha promovida pela Associação Africana do Brasil. A programação varia, mas reúne expositores de artesanato e de moda, além de atividades como saraus, rodas de conversa, discotecagem de música africana, e, principalmente, comida típica de países como Angola e Cabo Verde. 

R. Rego Freitas, 570, região central, s/tel. Sáb.: 12h às 18h. GRÁTIS 

Ilú Obá de Min

Conhecido pelas apresentações no Carnaval de rua de São Paulo, o Ilú Obá de Min é uma associação formada por mulheres que trabalha as culturas de matriz africana desde 2004. A sede do grupo fica no bairro do Bom Retiro e promove atividades como aulas de percussão africana, além de cursos de danças afro e brasileira. A mensalidade de cada curso custa R$ 140.

Ilú Obá de Min. - Educação, Cultura e Arte Negra - R. Anhaia, 37, Bom Retiro, região central, tel. 3222-5566. 200 lugares. Seg. a qui.: 17h às 21h30. Sáb.: 11h às 15h. Não aceita cartões.

Museu Afro Brasil

Dentro do parque Ibirapuera, a instituição é dedicada a preservar e a celebrar a cultura e a arte afro-brasileiras. Com 11.000 m2, o prédio do museu abriga peças de acervo e exposições temporárias. Neste sábado (21), serão inauguradas cinco mostras (leia na pág. 67), com destaque para a fotográfica “Os Africanos”. O espaço também tem programação educativa, com atividades como contação de histórias.

Museu Afro Brasil - Av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº, portão 10, Parque Ibirapuera, tel. 3320-8900. Ter. a dom.: 10h às 17h. Ingresso: R$ 6. Sáb.: grátis.

ANGOLA

Muena’s Café

Diariamente, o angolano Kalengue Muena para seu carrinho num espaço ao lado da Matilha Cultural, no centro. Ali, ele prepara cafés com grãos especiais de seu país, em versão quente ou gelada. Também chama a atenção a bebida feita com mucuá, fruto do baobá, que pode ser servida como licor ou sem álcool.
R. Rego Freitas, 570, região central, s/tel. Seg. a sáb.: 10h às 18h. 

CAMARÕES

Biyou’Z

O restaurante da camaronesa Melanito Biyouha destaca os sabores africanos, com receitas de diferentes países do continente, como Senegal e Nigéria. Da Costa do Marfim, o attieke combina cuscuz de mandioca, peixe frito, vinagrete, refogado de tomate e ovo cozido. A casa serviu de inspiração para o cordeiro ao molho de maniva (folha da mandioca) com banana-da-terra, servido pelo chef Marcelo Corrêa Bastos no restaurante Vista.

Al. Br. de Limeira, 19, Campos Elíseos, região central, tel. 3221-6806. 35 lugares. Seg. a dom.: 12h 

Mama Africa La Bonne Bouffe

No restaurante camaronês localizado no Tatuapé, aparecem opções como o ndole, carne com creme de amendoim batido com boldo. Entre os acompanhamentos, há o fufu, espécie de polenta, e a banana-da-terra frita. Na ala dos doces, destaque para o tsap, um bolo de milho com coco, e o karamenana, um doce de banana caramelada com gengibre, servido com sorvete de coco e canela.

R. Cantagalo, 230, Tatuapé, região leste, tel. 3582-7438. 30 lugares. Ter. a sáb.: 11h30 às 22h. Dom.: 11h30 às 17h. Não aceita tíquetes. 

CONGO

Congolinária

A casa do chef Pitchou Luambo, refugiado do Congo, funciona dentro da Fatiado Discos —misto de loja e bar no Sumaré que também promove um evento gastronômico com refugiados sírios e palestinos toda terça à noite. Ali, Luambo prepara receitas veganas de seu país, a exemplo do ngombe, um nhoque de banana-da-terra com molho de tomate frescos, cenoura e shimeji, e do mbuzi, fufu acompanhado de couve cozida com pasta de amendoim, servido com banana-da-terra frita. Às quartas e aos sábados, faz uma versão de feijoada com feijão refogado com azeite de dendê, enriquecido de legumes, shimeji e funghi, acompanhado de arroz cozido no suco de gengibre e farofa de banana-da-terra.

Fatiado Discos - Av. Prof. Alfonso Bovero, 382, 2º andar, Sumaré, região central, tel. 94376-2912. 50 lugares. Ter. a sáb.: 12h às 15h e 12h às 15h. Dom.: 12h às 16h30. Não aceita tíquetes.

ÁSIA

CHINA e TAIWAN

Hou Restaurante

Com decoração moderna, este restaurante em Santana serve receitas de várias regiões da China. De Sichuan, por exemplo, vem o yakisoba com frutos do mar ao molho picante. A especialidade da casa é o Four Kingdom no Ninho, que combina carnes e pescados com molho de ostra e shoyu em ninho de batatas.

R. Cap. Manuel Novaes, 203, Santana, região norte, tel. 2976-2559. 88 lugares. Seg.: 18h30 às 22h30. Ter. e qui.: 12h às 14h30 e 18h30 às 22h30. Sex. e sáb.: 12h às 14h30 e 18h30 às 23h30. Dom.: 12h às 15h30 e 18h30 às 22h. 

Templo Budista Tzong Kwan

A Vila Mariana é o endereço deste templo construído por taiwaneses e dedicado à prática do budismo mahayana chinês. São duas as atividades abertas ao público: a meditação (aos sábados , das 16h30 às 18h, somente para quem já é praticante) e a cerimônia budista com recitação de sutras em chinês e português (aos domingos, das 9h30 às 11h30). Para conhecer o templo, é preciso fazer agendamento prévio. O espaço também tem um anexo com cursos de meditação, idiomas, artes marciais e ioga.

R. Rio Grande, 498, Vila Mariana, região sul, tel. 5082-3160. Meditação - sáb.: 16h30 às 18h (apenas para praticantes). Cerimônia budista - dom.: 9h30 às 11h30. Visitas mediante agendamento p/ tzongkwan.com.br/agendamento

COREIA DO SUL

New Shin-La Kwan

Fica no Bom Retiro, bairro com grande concentração de sul-coreanos, este restaurante especializado no churrasco típico do país. Na refeição, o cliente recebe nacos crus de costela bovina besuntados em uma marinada e os acomoda sobre uma grelha de carvão no centro da mesa para se servir no ritmo que quiser. Entre os acompanhamentos, um destaque é o kimchi, feito de acelga fermentada e bem apimentada.

R. Prates, 343, Bom Retiro, região central, tel. 3315-9021. 74 lugares. Seg. a sex.: 11h30 às 14h e 17h às 21h. Sáb. e dom.: 11h30 às 21h. Não aceita tíquetes.

IRÃ

Amigo do Rei

O restaurante de comida persa funciona dentro da casa da “cadbanou” (equivalente a chef em farsi) iraniana Nasrin Haddad Battaglia. O jantar é servido de quarta a domingo, para até oito pessoas. Em três etapas, o menu tem apenas um prato fixo —o fessenjam, esferas de carne com molho de romã e nozes. Um arroz branco, bem soltinho, com toque de açafrão iraniano acompanha. Entre os doces, a sobremesa oficial é a tâmara recheada com nozes, coberta com farinha de pistache e um toque de canela.

Menu e reservas via facebook.com/amigodoreicontato@amigodorei.com.br ou WhatsApp: 98194-8190

JAPÃO 

Japan House

Há um ano na avenida Paulista, a instituição dedicada à cultura nipônica é uma iniciativa do governo japonês para conectar o país ao Brasil. Os três andares do prédio abrigam exposições, palestras e uma unidade do restaurante Junji Sakamoto, do prestigiado sushiman Jun Sakamoto. Está em cartaz até 13/5 a mostra interativa “Prototyping in Tokyo”, que revela as avançadas tecnologias japonesas. 

Av. Paulista, 52, Bela Vista, região central, tel. 3090-8900. Ter. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 10h às 18h. Livre. Estac. R$ 20. GRÁTIS 

Pavilhão Japonês

Inspirado no Palácio Katsura, em Quioto, a casa abriga um jardim com árvores ornamentais e um lago com carpas que podem ser alimentadas pelos visitantes. O local também exibe objetos que celebram a cultura japonesa, como peças de cerâmicas, trajes de guerreiros e os bonecos hina ningyo, que tradicionalmente decoram casas no Dia das Meninas, data comemorativa local. 

Paque Ibirapuera - Av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº, portões 3 e 10, Parque Ibirapuera, região sul, tel. 3208-1755. Qua., sáb. e dom.: 10h às 12h e 13h às 17h. Livre. Ingresso: R$ 10. Menores de 4 e maiores de 65 anos: grátis. Não aceita cartões. Estac. (sistema Zona Azul - portão 3).

LÍBANO

Monte Líbano

Inaugurado em 1973, fica no meio do burburinho da rua 25 de Março o restaurante da libanesa Alice Maatouk. Não deixe de experimentar as esfirras, assadas na hora, estrelas do menu. Entre os principais, aposte em pratos como o arroz marroquino com frango e amêndoas e o charuto de folha de uva.

R. Cav. Basílio Jafet, 38, 1º andar, Centro, região central, tel. 3326-3544. 70 lugares. Seg. a sex.: 11h às 15h30. 

PALESTINA

Majâz

Uma casa ampla em Santa Cecília, com quintal e bar, abriga o novo Majâz. Aberto em abril, o local é comandado por palestinos em parceria com brasileiros. O menu tem pratos simples e tradicionais da culinária árabe: homus (também em versões com manjericão e beterraba), falafel e shawarmas. Para beber, oferece cerveja em garrafa de 600 ml e drinques como a caipirinha de romã. Em maio, inaugura espaço cultural, com saraus e apresentações musicais.

R. Fortunato, 88, Vila Buarque, região central, tel. 3334-0118. Ter. a sáb.: 17h às 24h.

VIETNÃ

Báhn Mì Vietnam

O pequenino restaurante oferece comida típica das ruas do Vietnã. Os dois proprietários se dividem no preparo dos poucos itens do menu, cujos destaques são os rolinhos vietnamitas (alface, hortelã, shimeji e coentro, com ou sem carne de porco, embrulhados na folha de arroz) e o sanduíche que dá nome à casa, com carne de porco caramelizada, coentro, patê caseiro de fígado de boi e conservas agridoces de nabo e cenoura.

R. Almirante Marques Leão, 672, Bela Vista, região central, tel. 97754-1856. 10 lugares. Ter. a sex.: 12h às 21h. Sáb.: 13h às 16h e 19h às 21h. Não aceita tíquetes. Estac. (grátis). 

EUROPA

ALEMANHA

Gansaral

Novidade no Campo Belo, o misto de centro cultural e café celebra os imigrantes alemães da região sul da cidade. O menu traz itens com tempero daquele país, como a torta de chucrute com bacon e a tábua de café da tarde (com cesta de pães, bolo, manteiga, ricota, mel, geleia e patê tipo Blumenau). Já a programação cultural é mais abrangente, com atividades como oficinas de cerâmica, noites de música medieval e leituras dramáticas.

R. Demóstenes, 885, Campo Belo, região sul, tel. 2338-6380. Ter. a sáb.: 11h às 23h. Dom.: 11h às 18h. Não aceita cartões.  

BULGÁRIA

Casa Búlgara

Outro bairro multinacional, o Bom Retiro é o endereço desta casa, fundada em 1975 por Lina Levi e Shoshana Baruch, mãe e filha de uma família búlgara. A estrela das vitrines é a bureka, um quitute típico do Leste Europeu, feito de massa folhada e que pode ter recheios salgados (como carne e queijo búlgaro) ou doce (faz sucesso a de chocolate).

R. Silva Pinto, 356, Bom Retiro, região central, tel. 3222-9849. 15 lugares. Seg. a sex.: 9h15 às 18h. Sáb.: 9h30 às 14h. Não aceita cartões. 

ESPANHA

Paellas Pepe

As paellas são a principal atração deste restaurante de culinária espanhola. São quatro versões: a da casa (com frutos do mar e frango), a marinera (com filé de peixe, cauda de lagosta e vieiras), a negra (temperada com tinta de lula) e a de la huerta (vegetariana). E a viagem à Espanha não se restringe ao paladar: nas noites de sexta e sábado, às 22h, a casa recebe apresentações de dança flamenca. Neste fim de semana, excepcionalmente, não há programação.

R. Bom Pastor, 1.660, Ipiranga, região sul, tel. 3798-7616. Ter. a qui.: 19h30 às 23h30. Sex.: 12h às 15h e 19h30 às 24h. Sáb.: 12h às 16h e 19h30 às 24h. Dom.: 12h às 17h. Não aceita tíquetes. Couvert artístico: R$ 16.

FRANÇA

Parque da Independência

Mesmo com as portas do Museu Paulista fechadas (a reabertura está prevista para 2022), vale visitar os jardins do espaço, projetados pelo paisagista belga Arsenius Puttemans e inspirados no trabalho do paisagista francês André Le Nôtre, responsável pelo jardim do Palácio de Versalhes.

Pq. da Independência - Av. Nazaré, s/nº, Ipiranga, região sul, tel. 2068-0032. Seg. a dom.: 5h às 20h. 

LESTE EUROPEU

Feira Cultural do Leste Europeu

Com grande número de imigrantes do leste europeu, a região do bairro da Vila Zelina recebe mensalmente esta feira cultural, com estandes de imigrantes e descendentes. Por ali, é possível encontrar comidas e artesanatos típicos de países como Rússia, Lituânia, Ucrânia, Polônia e Armênia. A próxima edição acontece em 6/5. 

R. Aracati-Mirim, s/ nº, Vila Zelina, região leste, tel. 99732-3558. Dom. (6/5): 10h às 17h. Livre. 

POLÔNIA

Polska295

Pintadas de verde, como uma lousa, as paredes do pequenino restaurante exibem um menu em que português e a língua polonesa se misturam. O destaque do menu são os pierogis —espécie de raviólis gordinhos, com recheios como carne ou batata, servidos com cebola caramelizada e creme azedo. Entre os doces, há torta de maçã e de ricota. Para beber, uma sugestão é a kvas, uma bebida fermentada, não alcoólica, que lembra um refrigerante. São dois os sabores: tradicional (cujo gosto remete ao da cerveja de estilo stout) e capim-limão.

R. Simão Álvares, 295, Pinheiros, região oeste{oeste}, tel. 3360-8090. 42 lugares. Seg. a sáb.: 9h às 22h. 

PORTUGAL

Rancho Português

Na Vila Olímpia, o restaurante chama a atenção pela arquitetura: ocupa uma enorme casa com 1.500 m2. O menu tem pratos tradicionais do país, como o leitão à bairrada e o bacalhau, que aparece em versões como a com natas ou ao forno com azeite. Além da cozinha, outra atração do local é um mercado com doces e vinhos lusitanos, além de peças de cerâmica. Toda terça, às 20h, a casa recebe apresentações de fado. 

Av. dos Bandeirantes, 1.051, Vila Olímpia, região sul, tel. 2639-2077. 270 lugares. Seg. a qui.: 12h às 23h. Sex. e sáb.: 12h às 24h. Dom.: 12h às 18h. Estac. R$ 23.

Nestes locais, dá para ouvir e praticar línguas estrangeiras

Árabe - Majâz

Alemão - Gansaral 

Coreano - New Shin-La Kwan 

Espanhol - Feira Kantuta 

Francês - Biyou’Z 

Russo - Feira do Leste Europeu

Fonte Folha.