sexta-feira, 29 de abril de 2016

Surpresas no Guia Michelin, que premiou em SP e no Rio

                    

Entre as novidades da segunda edição, anunciada na quinta-feira (28/4), estão o Esquina Mocotó, o Tête-à-Tête e o Kan Suke, em SP, e o Eleven, no Rio, todos agora com uma estrela.

O Brasil continua tendo apenas um restaurante excelente, de acordo com a avaliação dos inspetores do Guia Michelin, o guia de restaurantes mais famoso do mundo. O D.O.M, de Alex Atala, foi o único do País classificado com a cotação de duas estrelas na edição 2016 do Guia Michelin Rio de Janeiro & São Paulo, mantendo a classificação do ano passado. As duas cidades têm, juntas, 18 restaurantes avaliados com uma estrela - entre eles o Esquina Mocotó, o Tête-à-Tête e o Kan Suke, em São Paulo, e o Eleven, no Rio, que acabam de receber a primeira estrela.

Mais uma vez, nem uma casa brasileira conquistou a classificação máxima de três estrelas da publicação, que de acordo com o diretor internacional dos guias, Michael Ellis, significa que o restaurante vale a viagem. Apenas duas casas perderam suas estrelas, ambas porque fecharam as portas, o paulistano Epice e o carioca Oro, que ficou cinco meses fechado e acaba de abrir em novo endereço e com nova proposta.

A segunda edição do Guia Michelin Rio de Janeiro & São Paulo, apresentada nesta quinta-feira numa cerimônia no Copacabana Palace, no Rio, não apresenta grandes mudanças, porém traz algumas boas notícias. A primeira é justamente a entrada do Esquina Mocotó na ala dos estrelados. “Essa grata surpresa mostra que a alta cozinha pode ser descentralizada e inclusiva”, disse Rodrigo Oliveira.

O chef ficou sabendo da estrela 15 minutos antes do seu anúncio oficial e por uma “malandragem”: quando foram anunciados os restaurantes que oferecem boa comida e bons preços, os Bib Gourmand, o chefe do salão do Mocotó, Nuno Arez, subiu ao palco e pegou um exemplar do guia. Sem cerimônia, virou as páginas, viu a estrela do Esquina e mostrou para Rodrigo.

“Juro, juro que eu pensei que podia ser engano e disse para ele ficar frio”, conta Rodrigo. Muito feliz com a estrela, o chef que atraiu a atenção do mundo para a Vila Medeiros, na zona norte de São Paulo, diz que não esperava recebê-la: “Foi realmente uma surpresa, não imaginava que um lugar com o nosso modelo de cozinha, que serve o que servimos num ambiente como o nosso e com o nosso tipo de serviço tivesse os requisitos para ganhar a estrela”. 

A entrada do paulistano Kan Suke, de Egashira, na lista foi a reparação de uma injustiça. O talentoso sushiman, mestre de sushimen como Edson Yamashita e outros, tinha sido esquecido no ano passado. Outra bem-vinda correção da edição 2016  é a inclusão do Tordesilhas, de Mara Salles, na lista de Bib Gourmand.

Contrariando as apostas, o Attimo manteve sua estrela, mesmo com a troca de chefs, e seu proprietário, Marcelo Fernandes, estava exultante: manteve a do Attimo e a de sua outra casa, o Kinoshita, acabando com o mito de que a estrela é do chef. “Foi uma superação, para mim e para o Francisco”, disse o restaurateur sobre o novo chef do Attimo, Francisco Pinheiro.

A cozinha japonesa no Brasil continua entusiasmando os inspetores do Michelin, a ponto de causar certa polêmica, notadamente no caso do Kosushi e do Huto, que têm cozinhas bem distantes de Jun Sakamoto, Kan Suke e Kinoshita, embora tenham recebido  a mesma cotação. Num total de 19 restaurantes estrelados estão seis japoneses - cinco em São Paulo e um no Rio, o Mee, que além do Japão é dedicado também a outras culinárias asiáticas.

A última boa notícia é o desmentido de um boato, que vinha circulando recentemente entre os chefs, o de que esta seria a última edição do Guia Michelin Rio de Janeiro & São Paulo. Michael Ellis classificou o boato de ridículo e garantiu que o guia segue firme e forte no País. “Vemos a gastronomia brasileira em evolução e isso pode indicar novos restaurantes recebendo estrelas ou mais estrelas nas próximas edições”, disse. 

Em entrevista ao Paladar, falou que, apesar de o guia digital ter audiência mais ampla que o papel, as duas publicações são complementares. “Na rua e em viagens, as pessoas consultam o digital, mas em casa, preferem o papel.” Sem querer dar detalhes, o responsável pelo guia centenário afirmou que sua equipe está estudando maneiras de otimizar novos guias na América Latina.

Peru e México? “Pode ser”, desconversou, “estamos estudando, já temos material para fazer novos guias na região o problema é que os recursos são limitados e temos que escolher, otimizar”. Ele disse que há quatro novos Guias Michelin a caminho: Cingapura e Seul, que saem até o fim do ano, e outros dois que deverão ser anunciados nas próximas semanas.

Veja a lista de estrelados e Bib Gourmand (restaurantes que oferecem boa relação de qualidade e preço) deste ano:
DUAS ESTRELAS

São Paulo

D.O.M. (Alex Atala)
UMA ESTRELA

São Paulo

Attimo (Francisco Pinheiro)

Dalva e Dito (Alex Atala, Luiz Gustavo Galvão)

Esquina Mocotó (Rodrigo Oliveira) 

Fasano (Luca Gozzani)

Huto (Fábio Honda)

Jun Sakamoto (Jun Sakamoto)

Kan Suke (Egashira Keisuke ) - estreia no guia

Kinoshita (Tsuyoshi Murakami)

Kosushi (George Koshoji)

Maní (Helena Rizzo, Daniel Redondo)

Tête-à-Tête (Gabriel Matteuzzi) - estreia no guia

Tuju (Ivan Ralston)

 

Rio de Janeiro

Eleven Rio (Joachim Koerper) - estreia no guia

Lasai (Rafael Costa e Silva)

Le Pré Catelan (Roland Villard)

Mee (Kazuo Harada)

Roberta Sudbrack (Roberta Sudbrack)

Olympe (Claude Troisgros, Thomas Troisgros)
BIB GOURMAND

São Paulo

Antonietta Empório

Arturito

Le Bife - estreia no guia

Bona - estreia no guia

Brasserie Vitória

Casa Santo Antônio

Ecully

Jiquitaia

Manioca - estreia no guia

Marcel

Mimo

Miya

Mocotó

Petí Gastronomia - estreia no guia

Sal Gastronomia

Tartar & Co

Tian

Tordesilhas - estreia no guia

Zena Caffè

 

Rio de Janeiro

Anna - estreia no guia

Artigiano

Entretapas - estreia no guia

Gurumê - estreia no guia

Lima Restobar

Miam Miam

Oui Oui

Pomodorino

Restô

Riso Bistro - estreia no guia

A dieta rica do argentino e maior craque do Barcelona

                     

Nutricionista de Lionel Messi conta como o jogador se cuida com uma boa alimentação sem qualquer agrotóxico.

A boa forma física de Lionel Messi foi tema de uma matéria publicada pelo jornal “Mundo Deportivo” nesta quinta-feira. A publicação catalã dedicou a sua capa para falar sobre a dieta que o craque do Barcelona faz, sob as orientações do nutricionista Giuliano Poser. O profissional trabalha com a cinesiologia, ciência que analisa os movimentos do corpo. Esse é o segredo para o argentino estar bem, além de uma dieta balanceada com cinco alimentos-chave:

– Água, um bom azeite de oliva, cereais integrais, além de frutas e verduras frescas biológicas, ou que não sejam contaminadas por pesticidas, herbicidas, entre outros, porque isso causa muito dano ao organismo. Também são muitos bons os frutos secos e as nozes – disse ao jornal. – A cinesiologia aplicada envolve um estudo da força dos músculos dos atletas e, a partir dos resultados apresentados por este estudo, mostra o tratamento, que é específico para cada pessoa, mas a base é sempre uma boa alimentação.

Messi começou a trabalhar com o nutriocinista após a Copa do Mundo de 2014. O jogador perdeu três quilos e meio e seu corpo, já privilegiado, ficou mais fibroso e leve, o que o tornou mais ligeiro e ágil. Fascinado com os resultados, o craque segue as indicações do italiano, a quem visitou em pelo menos sete ocasiões.

Poser explicou que desde que as pessoas souberam que ele trabalhava com Lionel Messi, a vida dele mudou bastante. Principalmente, porque fãs do atleta passaram a procurá-lo. O nutricionista afirmou que o craque “revolucionou” a sua vida.

– Eu diria que o efeito Messi convulsionou minha vida, especialmente nos primeiros três meses, porque o meu telefone não parava de tocar e apareceram jornalistas de todo o mundo, mas eu não os compreendia, é claro. Isso altera o dia a dia de qualquer um, ainda mais de alguém como eu, que levo uma vida muito tranquila. No entanto, por outro lado, todo mundo viu e vê Messi, e desde então não podem mais colocar em dúvida o meu método. É visível a quantidade de visitas que tenho semana a semana - afirmou ao jornal.

Adeptos da gastronomia vegana tem roteiro delícia no Rio

Restaurantes da Zona Sul carioca trazem opções saborosas para adeptos desse estilo de vida.

              

Restaurantes veganos não são encontrados a cada esquina da Zona Sul, mas as casas existentes valem por cem quando o quesito é fazer a alegria dos adeptos e surpreender com opções deliciosas até quem não optou por este tipo de dieta.

De acordo com a Sociedade Vegana, o veganismo é um modo de vida que busca eliminar toda forma de exploração animal, não apenas na alimentação, mas também em outros aspectos, como no vestuário ou na composição de produtos, um diferencial que não permite confundi-los com os vegetarianos estritos. A chef Tiana Rodrigues, do Universo Orgânico, no Leblon, conta que foi a distinção entre as duas vertentes que a fez retirar o mel do cardápio da casa, fundada há 20 anos. Tiana ressalta que entre os vegetarianos há os lactovegetarianos, que bebem leite e laticínios, e os ovolactovegetarianos, que, além dos leites e laticínios, consomem ovos.

— Hoje o cardápio é todo vegano. Durante muito tempo não foi, pois eu usava o mel, algo que eles não consomem. Mas a procura começou a crescer muito, então passei a usar o agave, mel de cactos que vêm do México — conta a chef.

Uma das opções do restaurante que levam o agave é o açaí com banana, morango, pedaços de mamão e granola viva (R$19). Já os shakes são feitos com leite de amêndoas ou castanha-do-pará. Entre os sabores está o de blueberry com banana e quinoa (R$ 17).

Outro cantinho vegano é o Quintal Zen, inaugurado em fevereiro no Jardim Botânico. A proprietária Claudia Fontoura é vegetariana há 30 anos, mas tornou-se intolerante ao glúten e à lactose há dez. Ao criar o restaurante, optou por oferecer uma alimentação que, além de vegana, fosse orgânica, sem glúten e sem aditivos químicos.

O Quintal Zen, entretanto, está longe de ser só um espaço para comer. Cláudia criou uma sala de meditação no segundo andar:

— Ainda estamos montando as turmas, mas as pessoas poderão vir aqui em qualquer hora do dia para meditar e relaxar. É igual casa de avó, pode fazer tudo — brinca.

A empresária conta que o espaço de meditação também poderá abrigar eventos voltados para o bem-estar, tais como palestras sobre o assunto. No terceiro andar, Cláudia planeja a criação de um espaço para que os clientes possam sentar e relaxar. Todas as hortas mantidas no local (no terceiro andar e no térreo) abastecem o restaurante, já que brotos e temperos são retirados dos canteiros e vão direto para a cozinha.

Em Ipanema, o Spazziano, “escondido” no Hotel Flat Beach Ipanema é outro que conquista adeptos fiéis em seus três anos de existência. Braço gastronômico do Spa Maria Bonita, o restaurante surgiu a partir da necessidade dos que participavam do programa de desintoxicação alimentar do spa:

— As pessoas aderiam à proposta de desintoxicação, mas não tinham um lugar no Rio para dar continuidade. Então abrimos o restaurante, que é um esconderijo secreto, mas tem feito muito sucesso — conta Mariana Bacci, coordenadora de marketing da casa.

Neste mês, o Spazziano passou a a abrir para o jantar de terça a quinta-feira, das 19h às 22h. Numa das opções a la carte, há drinque sem álcool, entrada, prato quente e sobremesa pelo preço fixo de R$ 39.

TRADICIONAIS NA VERSÃO VEGANA

E quem disse que pratos tradicionais, como o hambúrguer e a feijoada, não podem ter sua versão vegana? O novo Hareburguer Leblon criou sete hambúrgueres para a turma do veganismo celebrar. O “Ernesto”, hambúrguer de feijão vermelho com legumes, e o "Zen", triguilo de abóbora com cogumelo, estão entre as pedidas. Os hambúrgueres custam R$ 22,90 e podem ser acompanhados por uma das sete opções de saladas do restaurante.

Já o Vegan Vegan, em Botafogo, oferece uma feijoada light, servida às quartas-feiras e aos sábados. A iguaria é feita com shiitake e queijo tofu defumado, e acompanhada de farofa crocante de mandioca, couve ao alho e arroz integral cateto orgânico. O prato acompanha um aperitivo especial: caipirinha light sem álcool à base de gengibre e limão. A feijoada faz parte do ‘‘prato do dia’’, que sempre tem uma sopa ou salada de entrada e é servido em dois tamanhos: pequeno (R$ 27) e grande (R$ 34,50).

ONDE COMER

Hareburguer Leblon: Av. Ataulfo de Paiva 1.235. Tel.: 3083-0976.

Quintal Zen: Rua Lopes Quintas 37, Jardim Botânico. Tel.: 3229-9887.

Spazziano: Rua Prudente de Morais 729, Ipanema. Tel.: 2513-4050.

Universo Orgânico: Rua Conde de Bernadotte 26, Sala 105, Leblon. Tel.: 2274-8673.

Vegan Vegan: Rua Voluntários da Pátria 402, loja B, Botafogo. Tel.: 2286-7078.

Saiba reduzir calorias junto com índice glicêmico

            

Parece complicado mas não é. Basta seguir os truques sugeridos. Confira a lista de dicas da nutróloga Ana Luisa Vilela

Reduzir as calorias em 50% e deixar o índice glicêmico dos alimentos 30% menor é possível. Para isso, é preciso saber fazer combinações inteligentes. É o que ensina a médica nutróloga Ana Luisa Vilela, especialista em emagrecimento da Clínica Slim Form, de São Paulo.

Segundo ela, a equação de redução de calorias mais índice glicêmico vale para alimentos como o arroz, macarrão, pão e até para os sanduíches – e nas versões refinadas, nem precisa trocar pelos integrais.

Couve flor, brócolis, palmito e abobrinha, por exemplo, possuem baixíssimos índices glicêmicos e são ótimas combinações para reduzir. “Eles podem servir como complementos aos pratos básicos do dia a dia”, ensina Ana.

”Ao acrescentar legumes e verduras, melhoramos os nutrientes, aumentamos as fibras e ingerimos menos calorias, já que conseguimos ter mais volume, mais saúde e grande aumento da saciedade”, diz a nutróloga.

Abaixo, ela nos apresenta uma lista de combinações que podem ser agregadas para ganhar saúde e perder peso, na mesma proporção.


Prato tradicional - O que adicionar?

Macarrão - Molho de tomate fresco, abobrinha e berinjela
Arroz branco - Brócolis, couve flor,
Sanduíche de hambúrguer - Alface, tomate, pepino, cenoura ralada e rúcula.
Cerveja - Para cada copo acrescente dois copos de água com gás para aumentar a saciedade e consumir menos
Caipirinha - Opte pelo kiwi, limão com adoçantes, metade da porção de álcool e complete com agua tônica zero e muito gelo
Purê de batata - 1/3 da porção de batata doce, 1/3 batata normal e 1/3 de couve flor
Carne - Shimeji, espinafre ou couve picada

Quer morar em São Paulo? Veja os melhores locais da capital

                 

Se você está fugindo do estado caótico em que se encontra o Rio de Janeiro, preferindo trocar as paisagens cariocas para as vias paulistanas. Essa é uma boa dica para você se orientar e escolher o melhor local para ficar.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores. Confira a seguir os 20 distritos com piores indicadores e, na sequência, os 20 melhores e veja se o seu bairro está em uma das listas:

O bairro de Moema é o que tem o melhor IDH da capital paulista.  Veja os 20 melhores locais, a partir da vigésima colocação:

Vista aérea do bairro de Moema.
 
Relação com os melhores

Campo Grande

O 20º melhor IDH da cidade de São Paulo é do distrito de Campo Grande, na zona sul, com 0,921

Santana

Com 0,925, Santana, na zona norte, dispõe do 19º maior índice na capital paulista

Butantã

Butantã, na zona oeste, tem IDH de 0,928, o 18º maior da cidade de São Paulo

 Santa Cecília

O distrito de Santa Cecília, na região central de São Paulo, apresenta o 17º maior IDH da cidade: 0,930

Campo Belo

Com índice de 0,935, o Campo Belo, na zona sul, aparece na 16ª posição

Liberdade

O tradicional distrito da Liberdade, na região central da capital paulista, tem o 15º maior IDH: 0,936

 Tatuapé

Com o mesmo IDH da Liberdade (0,936), o Tatuapé, na zona leste, aparece na 14ª colocação

Morumbi

O Morumbi, na zona sul, tem o 13º IDH mais alto da cidade: 0,938

Bela Vista

A Bela Vista, na região central da capital paulista, apresenta índice de 0,940, o 12º maior entre os 96 distritos

Lapa

Com IDH de 0,941, a Lapa, na zona oeste, ocupa a 11ª colocação

Saúde

A Saúde, na zona sul, tem o 10º melhor IDH entre os 96 distritos paulistanos: 0,942

Santo Amaro

Com índice de 0,943, o distrito de Santo Amaro, na zona sul, é o 9º melhor da capital paulista

Consolação

O distrito da Consolação, na região central da capital paulista, apresenta o 8º maior índice: 0,950

Vila Mariana

Com o mesmo IDH da Consolação (0,950), a Vila Mariana aparece na 7ª colocação

Itaim Bibi

O Itaim Bibi, na zona sul, tem IDH de 0,953, o 6º melhor da cidade

Alto de Pinheiros

Alto de Pinheiros, na zona oeste, apresenta IDH de 0,955, o 5º índice mais alto da cidade de São Paulo.

 Jardim Paulista

Com índice de 0,957, o Jardim Paulista, na zona oeste, apresenta o 4º maior IDH da cidade

Perdizes

Com o mesmo índice do Jardim Paulista (0,957), Perdizes, também na zona oeste, aparece em 3º lugar.

Pinheiros

O 2º IDH mais alto de São Paulo é do distrito de Pinheiros, na zona oeste: 0,960

Moema

Entre os 96 distritos paulistanos, o que tem o maior IDH é Moema, na zona sul: 0,961.
 

As vantagens da Dieta mediterrânea

                          

Alimentação rica em frutas, verduras, hortaliças e peixes pode reduzir as chances de ataque do coração ou derrame

As pessoas que já têm doenças cardiovasculares têm menos risco de sofrer um ataque do coração ou cerebral se seguirem a chamada dieta mediterrânea, segundo revela nesta segunda-feira, 25, um estudo publicado pelo European Heart Journal.

A pesquisa, desenvolvida por cientistas da Universidade de Auckland (Nova Zelândia), analisou os efeitos que tem sobre o organismo destes pacientes uma dieta rica em frutas, verduras, hortaliças, peixes e alimentos não refinados.

Os resultados dos testes realizados em 15.482 indivíduos de 39 países diferentes indicaram que a dieta mediterrânea reduz significativamente o risco de sofrer ataques do coração e derrames.

Alimentos saudáveis
A dieta mediterrânea é composta por alimentos frescos, peixes e oleaginosas. Além de ajudar a reduzir a incidência de câncer de mama, reúne alimentos saudáveis.

Peixes
 
Sardinha e arenque estão entre os peixes ricos em ômega 3 que fazem parte da dieta. O arenque, que vem do Mar Ba´ltico entre outros,  é rico também em vitamina D. No Rio ele pode ser encontrado  na Rua Visconde de Caravelas, 148, no Humaitá, em Botafogo  e na Salumeria Delocatessen, na Rua Rodolfo Dantas, 40 - loja B, em Copacabana.
Em São Paulo, na  Mambo Delivery e na Peixaria J.Ferreira Pescados.

Oleaginosas
 
Grupo que tem como integrantes nozes, castanhas e amêndoas. São ricas em vitamina E e selênio.

Leite e derivados

São ricos em cálcio, que previne problemas ósseos.

Vinho
 
Tem flavonoides, substâncias que evitam o acúmulo de gordura no organismo e que têm ação antioxidante.

Azeite de oliva extravirgem
 
Tem ação antioxidante e anti-inflamatória.

"Estórias" da Cerveja?

                  

Veja 10 lendas sobre cerveja que todo mundo pensa que são verdade.A bebida rende grandes histórias. Mas você sabe quais delas são mitos?

Conteúdo de responsabilidade do Empório da Cerveja

Você já ouviu falar em cerveja com gás hélio, que deixa a voz das pessoas engraçadas após beber? E que os alemães inventaram a bebida? Pois é, acontece que nenhuma dessas histórias é verdadeira. Há diversos mitos e causos contados por cervejeiros como verdades absolutas, mas que no fundo podem não ser tão reais assim. Confira 10 dessas incríveis histórias fictícias da cerveja.

Cerveja com gás hélio

Volta e meia alguém ressuscita o vídeo sobre a cerveja com gás hélio, que seria um lançamento da cervejaria norte-americana Samuel Adams. No vídeo, dois homens fazem uma degustação da bebida e ficam com as vozes fininhas, como quem ingere o gás. Acontece que tudo isso não passou de uma piada de 1º de abril, na qual muita gente ainda cai. Na verdade, não é possível fazer bebidas com hélio, que não se mistura com outros elementos.

Os alemães criaram a cerveja

A cerveja alemã é reconhecida por seu alto padrão de qualidade e o povo do país é lembrado como grandes consumidores da bebida. Talvez por isso muita gente ache que ela veio de lá. Mas, na verdade, ela surgiu há cerca de 6 mil anos e bem longe. Os primeiros registros de cerveja são da região da Suméria, hoje território do Iraque e Kuwait. 

Belgas se recusam a servir em copos diferentes

Na Bélgica a cerveja é uma coisa tão séria que praticamente todos os rótulos têm seu copo específico. E há uma lenda de que se você chegar num bar do país e o recipiente da marca que você pediu não estiver disponível o garçom pode recusar-se a servi-la. Não é bem assim. Realmente, os estabelecimentos belgas possuem uma variedade enorme de copos e taças para cervejas. E provavelmente lhe servirão no correto. Mas se ele não estiver disponível, não se preocupe, eles dão um jeito de você degustar a bebida, mesmo no copo errado.

Ingleses tomam cerveja quente

Você pode até chegar à Inglaterra, comprar uma garrafa em um mercado, abri-la e beber direto como estava na prateleira. Mas só por vontade sua, pois não é isso que acontece no país. Os pints servidos nos pubs ingleses saem das torneiras, em geral, com temperaturas ideais para o consumo, ou até mais gelados.

Água de rios e fontes puras é melhor para a cerveja

Isso já foi uma grande verdade. A qualidade da água é muito importante na fabricação da cerveja, já que ela é mais de 90% da bebida. Por isso, antigamente quando o tratamento era precário, as cervejarias se instalavam próximas a rios e aquíferos mais limpos. Hoje não há mais essa necessidade, já que os tratamentos modernos são capazes de deixar quase qualquer água com a qualidade necessária.

Cerveja mais barata que água

Há uma lenda de que a cerveja em alguns países como é mais barata que a água mineral. Mas não é bem assim. Há alguns anos o consumo da bebida na Alemanha teve uma queda drástica e isso derrubou alguns preços, o que a fez ter valores menores do que a água. No entanto, isso não é regra e, apesar da cerveja ser bastante acessível, em geral não é mais barata do que água.

Reinheitsgebot foi a primeira lei sobre cerveja

Muita gente enche a boca para falar que a famosa Lei de Pureza da Cerveja Alemã, de 1516, foi a primeira regulamentação da bebida. Não é verdade. Na Babilônia, por volta de 1772 a.C. foi compilado o Código de Hamurabi que, entre outras centenas de leis, ditava sobre itens como a quantidade de cerveja que poderia ser consumida por dia, além de instituir um controle de qualidade bastante rígido. Basicamente, ele dizia que quem servisse cerveja ruim seria afogado no líquido.

Na Irlanda tomam cerveja verde no St. Patrick's Day

Está aí um engano comum. É verdade que aqui no Brasil o dia de São Patrício costuma ser comemorado com cerveja verde, mas isso veio, na verdade, dos Estados Unidos. Foi lá que começaram a usar corantes para esverdear a bebida no dia do santo. Na Irlanda, o St. Patrick's Day é comemorado com pints de Dry Stout.

Chope é diferente de cerveja

Não. Na verdade, o líquido é o mesmo. A cerveja engarrafada, no entanto, passa pelo processo de pasteurização, ao contrário do chope em barril. Essa técnica ajuda a bebida das garrafas e latas a terem um prazo de validade mais longo.

O colarinho “rouba” espaço no copo

Muita gente pede a bebida sem espuma quando senta em um bar por achar que ela não tem função e rouba o líquido. Não é verdade. O colarinho é muito importante na cerveja, pois ajuda a manter os aromas, reduz a oxidação e conserva a temperatura.

Cristo Redentor com hora marcada

                    

Turista, se prepare: Bilheteria do Cosme Velho vai parar de vender ingressos para o Cristo. Mudança vai entrará em vigor a partir do dia 1º de julho. Ingressos custam R$ 68 na alta temporada e R$ 55 na baixa temporada.


A partir do dia 1º de julho não haverá mais a venda de ingresso para o Corcovado na bilheteria do Cosme Velho, na Zona Sul do Rio, porém os outros pontos de vendas continuarão funcionando normalmente. A aquisição do bilhete com hora marcada também poderá ser feito pela internet ou nas casas lotéricas. Os ingressos custam R$ 68 na alta temporada e R$ 55 na baixa temporada.

Segundo a assessoria de imprensa do Trem do Corcovado, a medida vai evitar longas filas na entrada do ponto turístico. "O que está sendo adotado é o modelo de check in dos aeroportos, quando a pessoa compra a passagem com antecedência e hora marcada", informou a assessoria.

Ingressos:
Alta Temporada: Ingresso inteiro R$ 68
Idoso Residente (Mais de 60 anos Lei 10741-03) R$ 22
Criança (6 a 11 anos) R$ 44
Crianças até 5 anos não pagam, desde que estejam no colo do seu responsável.

Baixa Temporada: Ingresso inteiro R$ 56
Idoso Residente (Mais de 60 anos Lei 10741-03) R$ 22
Criança (6 a 11 anos) R$ 44
Crianças até 5 anos não pagam, desde que estejam no colo do seu responsável.
Os bilhetes adquiritos nos postos de venda terão acréscimo de 10% referente a taxa de serviço local.

Confira os pontos de venda:
- Copacabana Quiosque RioTur: Av. Atlântica, em frente à Rua Hilário de Gouveia (próximo ao posto 03)
- Shopping Rio Sul: 1° Piso na entrada da Rua Lauro Muller, 116 – Botafogo
- Entrada do Píer Mauá: Avenida Rodrigues Alves – Saúde, Rio de Janeiro (próximo ao Museu do Amanhã)
- Urca: Praça General Tibúrcio s/n - Praia Vermelha (em frente à estação do Pão de Açúcar)
-  Ipanema - Praça Nossa Senhora da Paz - Quiosque RioTur: (próximo à Visconde de Pirajá

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Tintas Coral pinta o Rio para as Olimpíadas

   
                  

Empresa já pintou 8 mil imóveis por meio de projeto social criado em 2009; associação com marca é discreta.

Os muros das casas de comunidades carentes no Rio, como a favela Santa Marta, e alguns pontos turísticos vão ganhar pinturas temáticas sobre a Olimpíada nos próximos meses. Com cerca de 8 mil edifícios pintados, o projeto “Tudo de cor para você” nasceu em 2009 como uma ação de responsabilidade social da Tintas Coral e se tornou uma frente de marketing da empresa.

Desde o ano passado, mais da metade das pinturas feitas no projeto recebem intervenção artística. Ou seja, mais do que simplesmente pintar uma parede, o projeto convida artistas para fazer uma obra de arte. Na maioria delas não há assinatura da Tintas Coral. A associação com a marca é sutil – a roupa do pintor traz o logo da marca, que também divulga as ações em redes sociais. “Não queremos fazer um outdoor, mas uma arte urbana”, disse o gerente de marketing institucional da Tintas Coral, Marcelo Abreu.

Para ele, as pessoas que se interessarem, vão procurar informações e descobrir que a ação é da Tintas Coral. “Aos poucos, vão associar os muros coloridos com a marca.”

Ele diz que o projeto começou após a revisão da missão da marca depois que ela foi adquirida pela multinacional holandesa AkzoNobel, em 2008. “O projeto foi criado para colocar nossa missão em prática, que é levar a cor para a vida das pessoas”, explica Abreu.

Hoje cerca de 5% da verba de marketing da marca é direcionada ao projeto. O maior investimento da marca, no entanto, é em ações no ponto de venda, local onde se decide qual produto comprar, de acordo com as pesquisas da companhia.

Abreu explica, porém, que a marca percebeu um crescimento de até 30% nas vendas de tintas nos meses seguintes à uma intervenção em um bairro no varejo local. Ao deixar parte do bairro mais bonito, os vizinhos se empolgam para cuidar melhor da sua casa. Esse efeito é justamente o que a marca procura, que é uma mudança de cultura. No Brasil, o consumo de tinta per capita é de 4 a 5 litros de por ano, contra uma média de 20 litros na Europa e América do Norte. “É cultural. Mesmo em tempos de bonança, as pessoas compraram smartphones, mas deixaram a casa no tijolo.”

Tendência. A Tintas Coral não é a única marca a recorrer à arte de rua. A Colgate convidou grafiteiros para pintar estátuas de bocas e espalhar por diferentes cidades no ano passado. O projeto estreou ontem sua segunda intervenção, com ações na favela de Paraisópolis, em São Paulo, e em comunidades de Belo Horizonte, Curitiba e Salvador.

“Incentivar a arte de rua é uma forma de as marcas se aproximarem das pessoas com um viés muito mais social do que marqueteiro”, explica Celio Ashcar Junior, chairman da Associação de Marketing Promocional (Ampro) e sócio da agência Aktuellmix, responsável pela campanha da Colgate.

Para ele, as marcas devem usar as redes sociais para associar seus nomes às peças e nunca tentar impor sua assinatura à obra.

Natura corre atrás da concorrência

      

O Blog Qsacada já tinha anunciado há alguns meses essa mudança de rumo dessa marca de cosméticos que venceu no "boca a boca", e agora quer brigar mais pelo seu espaço. A empresa perdeu a liderança hegemônica no setor de cosméticos e viu concorrentes como O Boticário e Unilever ganharem mercado; após promover uma reestruturação interna, companhia agora aposta no varejo tradicional para tentar recuperar terreno perdido

Um plano acalentado pela Natura há cerca de quatro anos vai se concretizar nesta semana. A primeira loja física da empresa – que sempre foi referência em vendas diretas – será inaugurada na quarta-feira, no Shopping Morumbi, em São Paulo. Trata-se do primeiro passo de um projeto que deverá ser replicado em centenas de lojas no futuro e que poderá incluir a venda de franquias. Porém, diante da escalada da concorrência nos últimos cinco anos, analistas de mercado afirmam que o movimento pode ser tardio para devolver a empresa à posição de hegemonia que já ocupou no passado.

A Natura – que tinha mais que o dobro do mercado, na comparação com O Boticário, em 2010 –, hoje se vê em uma situação de empate com a concorrente. Entre 2010 e 2015, a fatia de mercado da marca curitibana saltou de 6,9% para 10,9%, enquanto a da Natura caiu de 14,9% para 11,1%, aponta a consultoria Euromonitor. Da mesma forma, os resultados da empresa caíram nos últimos anos. Entre o pico de lucratividade em 2012 e o resultado de 2015, os ganhos líquidos da Natura diminuíram mais de 40%. A queda também se refletiu nas ações da companhia, que vêm perdendo valor de mercado.

Para promover a retomada, em paralelo à ideia de se aventurar pelo varejo, a Natura também promoveu, em 2015, reestruturações internas – com ajuda das consultorias Boston Consulting Group (BCG) e Falconi – para agilizar as tomadas de decisão. A ideia, segundo o presidente da companhia, Roberto Lima, era fazer as equipes se comunicarem melhor. “Por uma série de razões, a Natura perdeu um pouco de vigor, e você teve também os concorrentes fazendo um bom trabalho”, diz o executivo. “Todas as empresas bem-sucedidas passam por um ciclo de renovação. É esse ciclo que a Natura está empreendendo agora.”

Desde que assumiu a Natura, em agosto de 2014, a ordem de Lima é pôr o pé no acelerador e fazer os projetos “acontecerem”. Apesar de, por enquanto, a companhia só ter mais quatro pontos comerciais para lojas físicas em vista, o executivo afirma que, por seu porte, a Natura não pode pensar pequeno – por isso, no médio prazo, a empresa trabalha com a meta de ter centenas de unidades, não só no Brasil, mas também na América Latina. O lema da empresa, diz Lima, é: “Pense grande, comece pequeno, escale rápido”.

Para responder às cobranças do mercado, a direção vem tentando quebrar outros “tabus” do negócio. Um deles é a relação com as “lojinhas” informais montadas por consultoras de venda direta em todo o País. Depois de ignorar por anos a existência desses empreendedores, a empresa decidiu, em 2015, ajudar a profissionalizá-los. Resultado: as vendas de produtos da Natura dentro desses estabelecimentos – que, geralmente, também comercializam outras marcas – aumentaram 8%.

Desafios. Para o mercado, no entanto, essa tentativa de revigorar o negócio pode não ser suficiente para a empresa recuperar seu antigo patamar de liderança. “O Roberto Lima vem fazendo mudanças e a chegada ao varejo é um exemplo disso. Mas a verdade é que a empresa está atrasada”, diz Alberto Serrentino, analista de varejo e fundador da consultoria Varese. Segundo o consultor, antes da entrada de Lima, a empresa ficou “ensaiando” o projeto por anos. “A loja é vital para atrair o consumidor jovem, que resiste à venda direta.”

O histórico do projeto de varejo tradicional da Natura reflete a dificuldade da empresa em implantar seu projeto multicanal por receio de incomodar as consultoras do porta a porta – que até hoje respondem por quase 100% de suas receitas. Em 2013, a empresa havia anunciado inicialmente uma proposta de criar entre 20 e 30 espaços conceito – a companhia, à época, insistia em evitar o termo “loja”, apesar de a proposta envolver a venda de produtos. O projeto de vendas pela internet também passou por uma longa fase de testes, que durou cerca de dois anos, antes de ser implementado em todo o País.

Para Serrentino e outros analistas de mercado, a empresa ficou paralisada diante de um movimento claro da concorrência. O Grupo Boticário abriu novas marcas – como Eudora e Quem Disse, Berenice? – e entrou com tudo, em 2012, no terreno da Natura ao abrir um sistema de venda porta a porta operado de suas quase 4 mil lojas no Brasil. Hoje, fontes de mercado dizem que mais de 10% do faturamento do grupo no País vêm da venda direta. Ao mesmo tempo, a forte expansão do setor de farmácias no País beneficiou gigantes globais como a Unilever.

Dificuldades. Apesar de reconhecer os passos adiante que a Natura deu em 2015, os analistas Guilherme Assis e Felipe Cassimiro, do Banco Brasil Plural, afirmam, em relatório, que os esforços da companhia para reorganizar sua estrutura estão demorando mais do que o esperado para dar resultados. “A nova direção tem sido mais eficiente em manter os custos baixos do que em viabilizar um aumento na produtividade de suas consultoras”, dizem.

Outro problema é que o “timing” da mudança não é dos melhores. Enquanto a concorrência surfou o “boom” econômico – em 2010, a economia cresceu 7,5% e as vendas de cosméticos saltaram bem acima de 10% –, a Natura enfrenta um cenário desfavorável. A economia está no segundo ano seguido de recessão. E nem o quase infalível “efeito batom” (fenômeno que leva a população gastar com cuidados pessoais em períodos de contração econômica) conseguiu se salvar: segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), as vendas do setor caíram 8% em 2015.

Evite os dentes amarelados. Saiba como fazer.

                      

Para alguns é uma questão de genética, para outros, é a dieta; especialistas afirmam que é preciso procurar ajuda profissional para branqueamento. Nem todos conseguem ter dentes naturalmente brancos.

Ter um sorriso branco se transformou em uma demanda estética e, para algumas pessoas, uma necessidade psicológica. Mas nem todo o mundo consegue ter os dentes totalmente brancos de forma natural.

Muitos culpam o cigarro e o café pelo tom amarelado, mas nem sempre é o caso.

A BBC Mundo consultou um especialista para saber quais as causas do problema e as possíveis soluções:

1. Causas genéticas
"A cor dos dentes depende de cada pessoa", disse à BBC Mundo Óscar Castro Reino, presidente do Conselho Geral de Colégios Odontológicos da Espanha.

"Há um condicionante genético importante que define a coloração de nossos dentes desde que nascemos", afirmou.

Segundo Castro, também existem doenças congênitas "como a dentinogênese ou amelogênese imperfeita, que provocam problemas no esmalte ou na dentina, fazendo que estes adquiram uma cor amarelada ou até marrom".

"É um processo herdado, de pais para filhos", explicou.

Além disso, "as alterações endócrinas de hormônios da tireoide também influem na cor dos dentes e podem provocar manchas e alterar sua cor".

2. O que você come e bebe
Alguns alimentos e bebidas têm pigmentos que podem passar pelos poros de nosso dentes ou, como os dentistas os chamam, os canalículos dentinários, da dentina.

Os mais conhecidos são o café e o chá preto. Outros são menos óbvios: Castro cita também o chá verde, cuja pigmentação pode amarelar os dentes, o vinho tinto e os refrigerantes.

O mesmo acontece com os alimentos que têm caroteno (um pigmento natural antioxidante), como tomate e cenoura.

Em alguns lugares, a água também pode amarelar os dentes, por ter "quantidades grandes de flúor, cujo excesso provoca manchas nos dentes", explicou Castro.

Segundo a Federação Odontológica Latino-Americana (FOLA), que organizou um evento há alguns dias sobre o problema, o flúor, que em quantidades adequadas ajuda a prevenir cáries, "é um dos problemas mais urgentes na América Latina como o desencadeador de processos patológicos que alteram o estado de saúde oral dos pacientes".

3. Medicamentos e tratamentos
"Alguns tipos de antibióticos, como a tetraciclina, podem provocar uma alteração durante a formação do dente, fazendo com que este se desenvolva com uma cor parda estriada", disse Castro.

Outros produtos que fazem com que os dentes fiquem amarelados, segundo o especialista, são os enxaguantes bucais.

Dentes com obturações de prata também podem ter sua cor alterada, já que a obturação tem pigmentos que, segundo Castro, podem ser assimilados pelo dente e transformar sua cor.

Quando o nervo ou polpa do dente é danificado, ele também pode escurecer.

De qualquer maneira, existem novas soluções como a utilização de resinas, segundo Castro.

4. O passar do tempo (e a falta de cuidados)
Outro fator é o tempo. À medida que envelhecemos, os dentes vão amarelando.

"É normal que, com a idade, os dentes amarelem, pois desde que nascemos até nossa morte os submetemos a uma série de condições que provocam mudanças neles", disse Castro.

Mas também é fundamental a forma como cuidamos de nossos dentes. E, acima de tudo, como os higienizamos.

"A higiene dental influi muito", explicou Castro.

Prevenção
Não podemos evitar a passagem do tempo, mas podemos ter cuidado com a limpeza dos nossos dentes e também evitar o consumo excessivo de certos alimentos e bebidas. E, claro, manter distância do cigarro.

Mas se o que a pessoa quer é uma solução para o problema já existente, é melhor procurar um profissional.

"Muitos tratamentos caseiros de branqueamento não têm capacidade terapêutica, como alguns anunciados na televisão e que prometem um branqueamento em até oito tons - o que é impossível", disse Castro. "É publicidade enganosa."

"O ideal é ao dentista e ver o que se pode fazer para branqueá-los e, acima de tudo, descartar patologias prévias", afirmou.

E, em relação a remédios caseiros (bicarbonato com limão é um deles), Castro alerta que é preciso ter cuidado.

"É um ácido que causa erosão e cujo efeito seria o mesmo que esfregar uma lixa no dente."

Para o especialista, as pastas de dente branqueadoras também podem não cumprir o que prometem. Ele diz que elas "jogam com o truque das cores (o oposto do amarelo é o violeta); as partículas violetas que impregnam o dente provocam a sensação de falso branqueamento".

O especialista também alerta para um outro problema que está surgindo: a brancorexia, uma obsessão com dentes brancos.

"Sempre se quer mais: há pacientes que pedem tons de branco que não existem na natureza, como o branco sanitário", afirmou. "Há uma mudança na percepção do que é natural e do que é artificial."

O que acontece com o corpo quando você deixa de beber água?

A falta de água no organismo pode provocar diabetes, colesterol alto, problemas digestivos, fadiga entre outros problemas.



                 

Da BBC Mundo

A água fornece nutrientes, entre outras coisas, regula a temperatura e lubrifica os olhos e articulações. Muitos especialistas já afirmaram que grande parte do corpo humano é água. Na verdade o corpo é feito por cerca de 60% de água. Mas nem toda esta água permanece em nosso corpo. Parte dela é eliminada na urina, no suor e até quando respiramos. Por isso beber água suficiente para cobrir estas perdas é fundamental.

Mas o que acontece quando não bebemos o suficiente?

'Centro da sede'
"A água, sendo um solvente universal, fornece nutrientes ao corpo, regula a temperatura corporal e lubrifica os olhos e articulações", disseram Mitchell Moffit e Greggory Brown, do AsapScience, um canal no YouTube especializado em ciência.

Sem água perdemos energia, a pele fica seca e até o humor é afetado.

A educadora Mia Nacamulli explica em uma animação divulgada em uma conferência TED-Ed, voltada para a educação, que quando o corpo se desidrata as terminações nervosas do hipotálamo do cérebro – que estão no que os cientistas chamam de "centro da sede" (OCPTL) – enviam sinais para a liberação de um hormônio antidiurético.

Este hormônio chega até os rins e estimula as aquaporinas, proteínas das membranas das células que podem transportar moléculas de água, permitindo que o sangue retenha mais água no corpo.

Quando isto acontece, a urina fica mais escura e com um cheiro mais forte.

Durante este processo de desidratação também sentiremos menos vontade de urinar e teremos menos saliva.

Também há a possibilidade de sentirmos tonturas porque o cérebro está tentando se adaptar à falta do líquido.

Adaptação
Um cérebro desidratado se contrai devido à falta de água e deve trabalhar mais para conseguir o mesmo resultado que um cérebro bem hidratado.

Além disso, ele também ativa uma série de mecanismos de adaptação para conserguir manter sua atividade apesar da falta do líquido.

A falta de água no organismo pode levar à diabetes, colesterol alto, problemas digestidos e fadiga entre outros

No entando este processo pode continuar durante apenas alguns dias: se você interromper totalmente a ingestão de água, o corpo começará a sofrer com os efeitos mais graves e, no final, vai parar de funcionar.

Deixar de beber água durante dias (desidratação crônica) pode abrir caminho para outros problemas como diabetes, colesterol alto, problemas de pele e digestivos, fadiga e prisão de ventre.

O tempo de sobrevivência sem beber água varia entre três e cinco dias, de acordo com cada pessoa. Mas já foram registrados casos de pessoas que conseguiram sobreviver mais tempo.

Quanto por dia?
A quantidade de água que devemos beber depende do organismo de cada um e do ambiente em que a pessoa vive.

Mas, de acordo com a educadora Mia Nacamulli, o mais recomendável é que os homens bebam entre 2,5 e 3,7 litros por dia e as mulheres, de 2 a 2,7 litros.

Porém também é importante não ultrapassar a quantidade necessária: beber água em excesso pode trazer riscos à saúde segundo os especialistas.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelaram em 2015 que a quantidade recomendável de água varia entre quatro e seis copos por dia. Anteriormente era divulgado que eram necessários oito copos de água por dia.

De acordo com os cientistas de Harvard é impossível fazer uma recomendação que sirva para todos: a necessidade de consumo de água depende da dieta, do clima e do nível de atividade física praticada pela pessoa.

As mulheres grávidas ou mães que estão amamentando, as pessoas que fazem mais atividades físicas, as que vivem em um clima quente ou aquelas que estão doentes deveriam, de acordo com o relatório americano, beber mais água.

E, se você for do tipo que não gosta de água, pode consumir líquidos de outra forma: frutas e verduras como o melão ou o pepino têm grandes quantidades de ádgua.

Mas os médicos advertem: não se pode substituir água por refrigerante, "escolha tomar água ao invés de bebidas açucaradas".

Por isso, uma opção apresentada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC), é adicionar uma rodela de lima ou limão para dar mais gosto à água.

Siga 9 dicas para dormir melhor

                       

Em meses conturbados em relação à política nacional, economia destruída, falta de emprego e medos diversos, é bom você ter em mente um Plano B para poder descansar sem precisar dos famosos tarjas pretas que caíram no gosto popular, e estão destruindo a saúde de muita gente.  Veja como fazer para o seu Bem Estar:

1 - Beba muita água
O ideal é que um adulto consuma ao menos dois litros de água por dia

2- Coma frequentemente
Evite passar períodos muito longos em jejum.

3  - Pratique atividades físicas
Caminhada, corrida, ciclismo, musculação, lutas... Tudo vale. Só não vale ficar parado. 

4 - No mesmo horário
Procure ir para a cama sempre por volta do mesmo horário, para que o corpo se acostume a relaxar mais rápido.

5 - Alimentação equilibrada
Frutas, verduras e legumes dão ao corpo as vitaminas necessárias e ainda ajudam numa boa noite de sono.

6 - Laticínios
Inclua leite e iogurtes na sua dieta. 

7 - Sem preocupações
Para dormir melhor, é importante não pensar em problemas na cama. 

8 - Desligue-se
O uso de celulares, tablets e outros aparelhos eletrônicos antes de dormir pode acarretar numa noite de sono sem qualidade.

9 - Não ao cigarro
Além de muitos problemas já conhecidos do cigarro, o hábito de fumar traz malefícios ao sono.

Praia carioca tem até sacolé de espumante

                  

Venda crescente em quiosques da orla, vinícola do sul premiada lá fora, rótulos indicados por especialistas, disputa pelo nome champagne: um panorama do consumo e da produção do ‘borbulhante’ nacional, que nos últimos anos cresceu no gosto popular e conquistou as praias.

No Rio é só ir a praia e escutar “picolé da Morena!”. Outro vendedor oferece um queijo coalho na brasa, quentinho e proibido. Sob o sol a pino, em plena sexta-feira no Posto 12, no Leblon, Ruan Nemeczyk, de 27 anos, caminha apenas com um sorriso no rosto e isopor a tiracolo. O que será que ele vende?

— Se eu tivesse esse dom de criar bordão que eles têm... Mas prefiro apresentar o produto com calma para o cliente — afirma ele, paramentado com blusa de manga comprida e proteção UV, boné, óculos escuros e pegador vermelho de silicone. — Roupa de árabe não combinaria, né?

A cerimônia tem motivo. O produto vendido ganhou as areias e a mesa brasileira de mansinho, perdendo o nariz empinado e o sotaque gringo. O espumante nacional cresceu em qualidade e volume de vendas, superando rótulos estrangeiros. Deixou de estar restrito a eventos especiais e passou a acompanhar banho de mar, churrasco e outras comemorações mais prosaicas.

Morador da Mangueira, Ruan criou há um ano o chandonlé, nome de batismo para o sacolé de Chandon. Ainda que a técnica de bater o espumante com leite condensado e frutas congeladas possa ser considerada um sacrilégio com as delicadas borbulhas da bebida, a invenção tem feito sucesso nas areias do Leblon. O carioca deixou seu emprego de contador e investiu na veia empreendedora: lançou delivery, criou carrinho para casamentos e festivais de food truck e abre no próximo mês uma champanharia no Cadeg, em Benfica.

— O Rio sempre foi a cidade da cerveja, mas percebi que isso começou a mudar na praia. O espumante é uma bebida refrescante que combina com nosso clima. O carnaval confirmou isso. A gente saía dos blocos zerados e as pessoas pediam para voltar — conta ele, que não revela o volume de vendas na folia, mas diz que foi preciso contratar dez vendedores.

Só podia dar em dobradinha

A dobradinha carnaval e espumante é o mote do bloco Espumas e Paetês, que ocupa há sete anos uma praça em Laranjeiras no Sábado Magro, que antecede o sábado de carnaval. A analista de sistemas Lilian Rodrigues fundou a agremiação depois de fazer cursos de enologia e participar de um grupo de degustação. As marchinhas são entoadas por um coral à capela e cada folião uniformizado com a camiseta do bloco ganha uma taça para uma dose de espumante. Os integrantes podem levar suas garrafas e gelar num isopor comunitário.

— Já tivemos até 800 pessoas, mas neste ano não conseguimos nos reunir, apesar das queixas dos foliões. É cada vez mais difícil colocar o bloco na rua. Os blocos têm patrocínio de cervejaria. Não tem como competir. Mas o nosso é o único em que o banheiro fica limpo e sem fila — brinca. — Se vou à praia no fim de tarde, levo meu espumante gelado. É uma bebida que cai bem com todos os ambientes do Rio.

Entre os 309 quiosques administrados pela Orla Rio, 70 oferecem espumante em seu cardápio, a maior parte concentrada no trecho Copacabana-Leme. Do outro lado do calçadão não é diferente. O cinco estrelas Copacabana Palace, por exemplo, lançou no início do mês seu rótulo próprio de espumante brut e rosé, produzido na Serra Gaúcha, para ser servido no brunch do restaurante Pérgula, aos domingos.

— Cada vez mais o turista e o carioca estão procurando sair da mesmice de chopes e caipirinhas — diz Daniele Barreto, dona do quiosque Coisa de Carioca, que fez campanha de bonificação entre os funcionários para quem mais vendesse a bebida.

Crescimento constante

Segundo o Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio (SindRio), desde 2015, o número de estabelecimentos que incluiu espumantes no cardápio cresceu 15% no estado. Fundada em 2003 em Porto Alegre, a Ovelha Negra foi a primeira champanharia instalada no Brasil. A ideia dos sócios, todos leigos até então no ramo de bares, surgiu durante uma viagem a Barcelona, inspirada nas caves locais. Hoje, a filial no Rio, em Botafogo, tem 80% da carta dedicada a rótulos nacionais.

— Sempre achamos que o espumante brasileiro tinha mais potencial que o vinho. Mas na época até as próprias vinícolas duvidavam de um projeto assim — conta o sócio Daniel Giacoboni.

Os vastos campos de videiras, com roseiras nas extremidades para servir de indicador contra pragas, poderiam ser confundidos com vinícolas na França ou Itália. Mas em meio à paisagem comum ao mundo dos vinhos se destaca a imponente araucária, cartão-postal da região Sul do país, responsável por 90% da produção nacional.

É nesse cenário que está em curso uma pequena revolução, a segunda de que se tem notícia ali: se nos anos 1970 e 1980 as vinícolas gaúchas adaptaram a produção do vinho de mesa para os finos, agora, pouco a pouco, vão apostando mais na produção de espumantes do que na de tintos, rosés e brancos.

Na vinícola Don Giovanni, em Pinto Bandeira, a produção de espumantes já superou a de tintos. A localidade na Serra Gaúcha é considerada “o” solo para espumantes, devido à altitude (700 metros acima do mar) e ao solo drenante de origem vulcânica.

— Tecnicamente, viu-se que a cada safra conseguimos colher uma boa uva para espumante. Historicamente, não tivemos safras ruins para base de espumante. Para vinho, temos duas a três safras boas por década. É a vocação do solo. Todo ano, a uva atinge a graduação de açúcar e a acidez perfeita — explica o gerente Daniel Panizzi.

Segundo levantamento do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), os espumantes de vinícolas gaúchas tiveram aumento de vendas de 11,9% em 2015, com 18,7 milhões de litros. Entre os denominados moscatéis, com teor de açúcar mais elevado, o percentual foi ainda maior, 15,8%. Já nos tintos e brancos, viu-se um movimento contrário: as vendas ficaram praticamente estagnadas, com alta de 0,9%, totalizando 227,3 milhões de litros. Ainda que o resultado não se repita em 2016 em função do aumento dos custos de produção, da redução no volume da safra e das mudanças na tributação, a tendência está estabelecida.

— Hoje, é muito mais interessante vender espumante do que vinho. O limite de preço dos vinhos é o estabelecido por Chile e Argentina. Com uma incidência de impostos maior e um custo de produzir também, a gente não consegue competir em preços com nossos vizinhos. Acontece que o teto de preço dos espumantes é o que vem da região de Champagne, na França, que é bem mais alto. Ainda temos muito o que crescer — aponta Daniel Geisse, primogênito da família Geisse.

A vinícola, também localizada em Pinto Bandeira e eleita “a melhor do Novo Mundo” pela revista “Wine Entusiast”, um Oscar do setor, registrou R$ 12,5 milhões de faturamento em 2015. E hoje tem três vezes mais reservas de compra do que é capaz de produzir.

Mas não é uma questão de simples matemática. Diferentemente do que acontece com os vinhos, os espumantes venceram o preconceito do rótulo made in Brazil. Cerca de 80% do consumo nacional dos borbulhantes vêm de vinícolas nacionais, enquanto no vinho fino a situação é inversa, com apenas 20% de produtos locais respondendo pelo consumo total. Os prêmios conquistados por casas como Geisse, Valduga e Salton — líder de vendas no país há dez anos, após desbancar a Chandon do posto com produtos mais baratos — alçaram o espumante canarinho ao mesmo nível de qualidade de seus pares gringos. E o enoturismo da região ajudou a democratizá-lo dentro do país.

— A aceitação vem da qualidade. E, nesse particular, é preciso destacar a contribuição de alguns enólogos no desenvolvimento do espumante brasileiro: Adolfo Lona (argentino), Mario Geisse (chileno) e Philippe Mével (francês, da Chandon). Embora estrangeiros, todos vivem há mais de 20 anos no Brasil e interpretaram com maestria o grande potencial do país para a elaboração de espumantes de qualidade. Outro fator é o preço: todas as vinícolas do Sul produzem espumantes, e a saudável concorrência manteve os preços num patamar razoável para esse tipo de produto. Não se pode dizer o mesmo para os tintos — analisa Célio Alzer, sommelier e consultor de vinhos.
Espumante em alta: Do sorvete na praia ao drinque no hotel cinco estrelas, o ‘borbulhante’ nacional nunca esteve tão em alta - Fernando Lemos

O que se encontrou na Serra Gaúcha foi vocação para espumantes, o chamado terroir: clima frio, chuvoso, solo com drenagem e com pouca insolação compõem características adversas para tintos, mas são vantagem no caso dos borbulhantes ao criar uma acidez elevada.  É basicamente o que acontece em Champagne.

— O espumante é vinho, e vinho é um produto da terra. Não é um produto turístico para ficar passeando pelos mares. O brasileiro tem que assumir que o vinho é um patrimônio desse país. Não é um produto regional, como hoje ele está interpretado — defende Rinaldo Dal Pizzol.

A onda dos brasileiros também chegou a reboque do onipresente “raio gourmetizador”. É que os rótulos nacionais são mais frutados, leves e com menor nível de açúcar do que o tradicional champanhe.

— Dos vinhos, o espumante é um dos mais versáteis. É possível fazer toda uma refeição só acompanhado por eles, embora a graça seja ter variedade. Em dúvida, uma taça de borbulhas resolve — sugere Luiz Horta, colunista do GLOBO.

Na disputa para usar o nome champagne, uma empresa se reinventa

Mais de dez mil quilômetros separam Garibaldi, no Rio Grande do Sul, e Champagne, na França. Mas ambas as cidades têm um orgulho em comum: o champanhe. É por aqui que se produz o único espumante a levar o nome da região francesa, protegido por uma Indicação de Procedência. Explica-se: em 1974, vinícolas francesas entraram com uma ação contra quatro empresas gaúchas que levavam o termo no rótulo. O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou a ponderação, e as vinícolas continuaram com a denominação. A única em atividade é a Peterlongo, com o slogan “O 1º Champagne do Brasil”.

A bebida começou a ser comercializada pelo fundador, Manoel Peterlongo, em 1915. Ganhou notoriedade com Getúlio Vargas nos anos 1930, quando se tornou a bebida das cerimônias oficiais do governo federal, figurando de batismos de navios ao jantar de boas-vindas da Rainha Elizabeth II.

O declínio aconteceu nas décadas seguintes, com a abertura do mercado a espumantes internacionais e mudanças no comando da empresa que priorizaram produtos menos nobres. A marca perdeu o glamour. Até o ano de 2002, quando a página começou a ser virada. O paulista Luiz Carlos Sella, ex-taxista que fez fortuna assumindo empresas em dificuldade e as vendendo posteriormente, comprou a vinícola e retomou o foco nos espumantes premium. Hoje, apenas 0,5% da produção, que inclui sucos, vinhos de mesa e espumantes estilo charmat, leva no rótulo Champagne. A consultoria de um enólogo, cujo nome é guardado ainda a sete chaves, vai reformular a linha de produção.

— Quando entrei, o endividamento era maior do que o patrimônio. Meu objetivo era ficar até os 100 anos da empresa (em 2015). Mas a história não tem preço — afirma Sella.

Fonte Ela