segunda-feira, 25 de abril de 2016

Maconha vende mais que biscoito nos EUA

                   

Um dos mais famosos biscoitos do mundo, o  Oreo, perde de longe no gosto dos norte-americanos atualmente, segundo o Relatório da High Times em parceria com a Sparks & Honey, agência do Omnicom Group, mostra as principais tendências envolvendo marcas e a cannabis.  Os americanos gastaram US$ 3,5 bilhões comprando a "verdinha" e apenas US$ 711 milhões comprando o Oreo.

Do Advertising Age

É 20 de abril – ou 420 (no formato norte-americano de data) – e a empresa de mídia focada em maconha High Times e a Sparks & Honey, agência do Omnicom Group, estão declarando feriado não oficial da maconha com o lançamento de um relatório intitulado “Rebranding Marijuana”.

O relatório, que inclui uma mistura de pesquisas, entrevista com especialistas da indústria da maconha e resultados de questionários realizados pela Sparks & Honey, revelou que, em 2015, os americanos investiram mais em maconha (US$ 3,4 bilhões) do que em biscoitos Oreo (US$ 711 milhões).

“Há um grande nível de aceitação a ser visto neste relatório e uma enorme difusão da maconha nas mídias sociais”, disse Matt Stang, diretor de receitas da High Times. “Há algo muito autêntico em torno do uso da cannabis e com a adoção das pessoas está [tornando-se] legal.”

Baseado nos resultados da pesquisa que entrevistou mil pessoas que usaram maconha pelo menos uma vez em estados onde o uso é legal, 57% dos entrevistados estão interessados em experimentar comidas que tenham maconha e mais da metade (50,7%) gostaria de poder comprar cannabis no mercado. Cerca de dois em cada cinco entrevistados (41%) disseram que serviriam maconha em um jantar ou casamento.

Uma das ideias mais interessantes que surgiram do relatório, de acordo com Sean Mahoney, vice-presidente e diretor editorial da Sparks & Honey, é “a transição que ocorre entre o estereótipo e linguagem tradicional do que você chamaria de ‘drogado’ para uma experiência premium”.

Alguns exemplos no relatório incluem a marca de lifestyle Tokyo Smoke, que vende produtos de cannabis ao lado de roupas de moda masculina de luxo, grãos de café tostados e chocolates gourmet Kiva Confections. Mahoney acrescentou que uma série de marcas de beleza está adicionando óleo de cânhamo da planta cannabis em seus produtos “lindamente embalados”, e ele acredita que mais empresas vão aderir à tendência em breve. Mas quando se trata de anunciantes tradicionais entrarem na indústria da maconha, Mahoney ressalta, “ainda é um espaço muito assustador”.

“Uma marca grande não vai, de repente, começar a criar batatas fritas com infusão de THC, mas há oportunidades onde parece natural que marcas de alimentos possam começar a integrar o espaço”, diz Mahoney.

O COO da High Times, Larry Linietsky, acredita que as grandes empresas começarão a participar de eventos focados na maconha, tais como a Cannabis Cups, da High Times, porque eles atraem de 15 mil a 50 mil pessoas.

Na opinião de Stang, o truque é ganhar aceitação dos fãs de maconha “infundindo por associação”, em vez de lançar diretamente um produto à base de cannabis. “Trata-se de fazer pessoas apaixonadas acreditarem que você também é apaixonado pelo que elas são apaixonadas”, explica.

Outro resultado do relatório, baseado no monitoramento da Sparks & Honey de conversas nas redes sociais, revelou que “erva” apresenta o nível mais alto de menções (21 milhões) para terminologia relacionada à maconha em todas as plataformas sociais. No entanto, os empresários são 2,13 vezes mais propensos a usar o termo “cannabis” do que qualquer outra palavra orientada à maconha.

Além disso, pessoas em profissões criativas são as mais prováveis a tuitar usando tanto “cannabis” e “maconha”, e quando se trata de comida e erva, as mulheres tendem a usar a palavra “cannabis”, enquanto os homens usam “maconha”.

“Os insights sobre o lado social são muito valiosos para que os anunciantes tradicionais conheçam a voz e frases para uso que são culturalmente bem recebidos atualmente”, pensa Linietsky.

Em termos de tendências futuras, Mahoney aponta que a realidade virtual e a maconha se adaptariam muito bem em parcerias porque ambas são “transformadoras intermediárias” que colocam as pessoas em estados alterados.

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