Se
lembra do ditado popular? Todos precisam se vestir, "amar" e se
alimentar. Apesar das crises econômicas, esses pilares dão uma pequena
balançada mas continuam sempre de pé. E o que vemos agora? Gastronomia
em alta na TV estimula mercado e busca por cursos Rede hoteleira paga os
melhores salários e absorve grande parte da mão de obra que sai dos
cursos.
Basta uma zapeada pelos canais pagos e
também por alguns abertos para perceber que a gastronomia está em alta.
Além de pegar os telespectadores pelo estômago, os diversos programas
que ensinam os segredos da cozinha estão contribuindo para popularizar a
atividade e encher os cursos de alunos interessados em aprender os
mistérios dos temperos e das panelas.
— Estes
programas despertam a curiosidade e ajudam a desmistificar a profissão a
tal ponto que já percebemos uma mudança no perfil dos nossos alunos. Se
antes a maioria das turmas era formada por profissionais acima de 35
anos, já no mercado, em busca de uma formação para valorizar o currículo
e melhorar os salários, agora percebemos o interesse de um público cada
vez mais jovem e sem nenhuma vivência de cozinha — afirma Adriana Leal,
coordenadora do curso de Tecnologia em Gastronomia da Unisuam.
E
não é só na TV que a gastronomia está em alta. No mercado também.
Adriana Leal contou que só neste semestre foi procurada por três grandes
empresas interessadas na contratação de 2 mil profissionais da área
para trabalhar durante os jogos olímpicos do Rio. Até os recém-formados
estão encontrando mais facilidade para estagiar, garante a coordenadora.
A
professora destaca também a possibilidade de empreender. Segundo ela,
não é raro o aluno já chegar com um projeto de negócio. É o caso de
André Ventura, de 39 anos, morador da Vila da Penha, na Zona Norte do
Rio, que no meio do ano vai concluir o curso iniciado em 2014. Antes
mesmo de pegar o canudo, o estudante já é dono do próprio negócio: o
Ventura Burguer Artesanal, aberto há um ano no bairro onde mora.
André Ventura buscou o seu espaço
—
Iniciei o curso por identificação com a área. E também porque vi nela
um nicho de mercado a ser desbravado. Também havia uma brecha para esse
tipo de negócio aqui na minha localidade — afirma o aluno que diz não
ter se arrependido de investir suas economias no negócio.
Apesar
da visibilidade que ganhou nos últimos tempos, a profissão ainda não é
reconhecida legalmente. Por conta disso, os vencimentos são guiados pelo
piso do Sindicato de Hotéis Bares e Restaurantes. Pela tabela da
entidade os salários partem de R$ 1.200 (para auxiliar de cozinha)
podendo atingir R$ 3.900 (chefe de cozinha). Vale destacar que o pessoal
da cozinha também costuma ser incluído no rateio das gorjetas, fazendo
esses valores dobrarem ou mesmo triplicarem.
É
na hotelaria que estão os melhores salários. O setor é também o que
absorve grande parte da mão de obra do setor. A formação costuma ser em
nível tecnológico, em cursos com duração de dois anos e meio. O conselho
para crescer na profissão é muita dedicação e gostar do que faz.
Fonte Extra
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