segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Cuidado com o salmão que você come

                             

EUA dizem que salmão transgênico é seguro para o consumo humano. FDA liberou pela primeira vez a comercialização de uma carne modificada geneticamente. E quem é adepto do peixe precisa saber que no Brasil ele está comprando salmão de cativeiro, exportado pelo Chile, engordado rapidamente a base de antibióticos.

A FDA, agência que regula a alimentação e medicamentos nos Estados Unidos, aprovou nesta quinta-feira (19) a comercialização e consumo do primeiro tipo de carne transgênica do mundo. O salmão modificado geneticamente pela empresa canadense AquaBounty poderá ser vendido no mercado americano da mesma forma como um salmão comum.

O salmão da AquaBounty foi modificado pela primeira vez em 1989, quando pesquisadores conseguiram implantar genes do salmão rei e da enguia no salmão do Atlântico. Como esses genes alteram o produção de hormônios, o novo salmão cresce tão rapidamente que pode chegar ao tamanho para ser comercializado na metade do tempo. Segundo a empresa, o peixe transgênico economiza tempo, espaço e recursos naturais, diminuindo a pressão na pesca da espécie nativa.

Em nota à imprensa, a FDA anunciou que, depois de uma série de estudos, determinou que o salmão não causa risco à saúde humana. "A FDA determinou que o carne do salmão é segura para se comer e tem os mesmos nutrientes que a carne de salmões convencionais", diz.

A produção do salmão trangênico exigirá uma grande operação logística. Os ovos são produzidos em tanques no Canadá. Esses ovos são fertilizados para que todos os peixes sejam fêmeas e inférteis, evitando assim que, caso eles escapem para o meio ambiente, possam se reproduzir. Esses ovos são encaminhados para o Panamá, onde serão criados em tanques a 1.500 metros acima do nível do mar - novamente, mais uma tentativa de impedir que os peixes escapem para o oceano. O local, mantido em segredo, foi visitado por jornalistas do Guardian, que contaram como é. Só após tudo isso o peixe poderá entrar no mercado americano - e apenas no mercado americano. Ele não pode ser exportado para outros países.

Apesar de toda essa operação, a empresa sustenta que seu produto ainda assim é lucrativo. Os peixes crescerão na metade do tempo, permitindo economia de espaço e da compra de rações, por exemplo. Por outro lado, a comercialização deverá enfrentar resistência. Por conta de pressão de ambientalistas, vários supermercados americanos já disseram que não venderão o produto. Ativistas dizem que a alta quantidade de hormônios encontrada no peixe pode ser prejudicial à saúde.

Fonte Época:

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