segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Cinco conselhos para evitar transtornos alimentares desde a infância
Uma em cada cinco mulheres sofre de algum distúrbio do tipo; hábitos saudáveis e autoestima das crianças devem ser cultivados desde cedo. Ao todo, 7,2 milhões sofrem com insegurança alimentar grave no país, diz Pnad 2013. Soluço, arroto e refluxo podem ter relação com hábitos alimentares.
BBC
A maioria das pessoas se sente incomodada com seu peso em algum momento da vida, mas se a relação com a comida e com a aparência sair do controle, pode sinalizar um problema maior: um transtorno alimentar.
Você começa a ficar obcecado com cada caloria, cada exercício praticado, e um quilo a mais pode arruinar seu dia. Se essas preocupações se tornam um problema central na sua vida, sua saúde e sua felicidade, é porque elas viraram algo mais sério.
Transtornos alimentares podem se tornar doenças psiquiátricas graves, que colocam em risco a vida da pessoa afetada.
Segundo o Manual de Psiquiatria de diagnóstico de distúrbios mentais, publicado pela Associação Americana de Psiquiatria, uma em cada cinco mulheres sofre de algum transtorno alimentar classificado como doença mental ou de algum tipo de hábito alimentar desordenado.
São patologias cada vez mais frequentes, sobretudo entre jovens de 12 a 24 anos e do sexo feminino. Os mais comuns são a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e a compulsão ao comer.
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E, se a detecção precoce é importante, mais ainda é a prevenção, desde a infância. Eis alguns conselhos para isso:
1. É preciso ensinar desde cedo a importância de hábitos saudáveis às crianças, dizem especialistas do Hospital Infantil de Sant Joan de Déu, de Barcelona. Isso inclui horários regulares para comer, fazer refeições moderadas quatro ou cinco vezes ao dia, evitar pular as refeições e não comer "besteiras" nos intervalos entre elas.
Segundo a psicóloga argentina Brigitte Aquin, especialista em transtornos alimentares, é recomendável que os pais sejam capazes de controlar ao menos duas refeições diárias de seus filhos.
2. A dieta das crianças deve ser saudável, equilibrada e variada ─ com limitações ao consumo de doces, sobremesas industrializadas e fast-food. É fundamental que o cardápio inclua diversas frutas e verduras.
3. Os transtornos alimentares são problemas de origem psicológica, então é essencial que a autoestima das crianças seja observada com atenção dentro de casa.
Por isso, os pais devem fomentar a autoestima dos filhos para que ele descubra suas habilidades e suas limitações, aceite-as e aprenda a se sentir bem consigo mesmo, orienta o hospital Sant Joan de Déu.
Para Aquin, "é importante ajudar os jovens a não condicionar seu corpo a uma questão de aparência".
A ideia é fortalecer as crianças perante as mensagens sobre estética, ideais de beleza e alimentação (como dietas "milagrosas" e produtos emagrecedores) bombardeadas por meios de comunicação e pela publicidade.
"A glorificação da magreza e as dietas restritivas não são uma solução à epidemia da obesidade, mas sim algo que pode ter efeitos negativos sobre a saúde", diz Aquin.
4. O Hospital Sant Joan de Déu também aconselha estabelecer uma boa comunicação no âmbito familiar para que as crianças se sintam seguras e sejam capazes de buscar a opinião e a ajuda da própria família quando estiverem diante de situações difíceis ou estressantes.
5. Outro conselho é adotar e manter hábitos saudáveis também em outras esferas, como a prática de atividades físicas e um número suficiente de horas de sono. Tudo isso ajuda a levar uma vida mais equilibrada.
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