Obama, presidente dos Estados Unidos, e uma Guiness
Anos
atrás, ela era apenas a amiga nos bares, onde se conversava, festejava a
vitória ou se chorava a derrota do time preferido, e se afogava as
mágoas também. Sempre com aquela loura gelada e um bom petisco que
ninguém é de ferro. A cerva era a nossa Valeska Popozuda que foi se
aprimorando, como a funkeira, e criou estilo maior. Agora ela é estudada
e participa de altas rodas, ou rodadas. Devemos estar sentidos
atentos, pois é hora de beber, alertam especialistas.
Entenda
por que é importante estar com nossa percepção alerta e de onde vem
nossa sensação de prazer ao tomarmos cerveja. Visão e olfato antecipam o
que sentiremos com o paladar, ao tomarmos a cerveja.
Se
você toma cerveja na pressa, pode estar perdendo o melhor que a bebida
tem a oferecer. Como? Deixando de aproveitar o que cada um dos cinco
sentidos traz à nossa percepção quando tomamos aquela gelada. Já parou
para pensar o que você estava sentindo quando tomou cerveja pela última
vez? Se você não é sommelier, pode ser que nunca tenha reparado nisso. E
se você é, sabe do que estamos falando.
Mesmo
que você não seja um especialista em cervejas, dá sim para apreciar a
bebida com mais intensidade. “Nós usamos, de fato, os cinco sentidos, e
isso é tão importante que uma das teorias do brinde é exatamente essa:
você poder usar a audição, além dos quatro outros que já são
utilizados”, conta o sommelier Renato Rossi.
A rota dos sentidos
O
caminho dos sentidos começa na audição, com o barulho ao abrir a
garrafa e o som da bebida sendo servida no copo. “Isso depende do estilo
de cerveja. Algumas têm estrutura que faz mais barulho, outras você vai
servir muito de perto e o barulho é menor”, explica Rossi. Com a bebida
já no copo, ativamos a nossa visão: identificamos a cor, a turbidez (se
a cerveja é cristalina ou turva), a formação e a manutenção da espuma.
Depois,
o olfato entra em ação. Distinguimos aromas adocicados, herbais,
florais, condimentados, frutados e cítricos, além de componentes como o
álcool, fumaça e madeira e características de torra do malte. Claro que
para isso precisa treino. E é só aí, depois de passar por audição, visão
e olfato, que o paladar aparece. Identificamos os gostos doce, ácido,
amargo e salgado. Nesse momento entram nossas preferências pessoais.
“Se
eu perguntar: qual é o gosto mais básico que temos na vida? Sal. E,
mesmo assim, se você for em um restaurante, tem gente que vai colocar
mais sal no prato, tem gente que vai pedir sem sal. Se o sal, que é um
dos ingredientes mais básicos, não é unanimidade, o que dizem dos
outros, o que dizer da cerveja”, reflete o sommelier.
Além
do paladar, Rossi explica ainda que existe uma espécie de “sexto
sentido”, a somatória entre o olfato e o paladar: o retrogosto e o
retro-olfato. “Eles aparecem quando você já engoliu, mas você tem uma
persistência do cheiro, um gosto que se mantém”, explica. Por fim, o
tato se refere à textura da cerveja na boca. Se ela é frisante ou macia,
licorosa ou seca, se nos causa aquecimento ou refrescância.
Percepção do prazer
Os
sentidos estão relacionados também com a nossa percepção do prazer. O
gastrólogo Thiago Brandão explica que, ao visualizarmos uma cerveja, por
exemplo uma Pilsen, através da visão já captamos algumas referências
importantes: “Ela vai ter um colarinho branco e uma cor dourada. Dourado
é uma cor atrativa porque remete à riqueza, ao trigo, ao pão, são
associações positivas. O paladar começa a ser ativado pela visão e pelo
olfato”, diz.
O gastrólogo afirma também que o
ambiente ao nosso redor, isto é, o momento e o contexto em que bebemos a
cerveja, também é importante para percepção. Isso, sem dúvida, traz uma
sensação de prazer ainda maior. “Seja qualquer alimento ou bebida, a
relação em volta é mais importante. Quando você chega do trabalho e quer
relaxar, você já entende que aquele ato de pegar uma tábua de frios e
uma cerveja é para relaxar”, diz.
E para quem
acha que aprimorar os sentidos é trabalho apenas para profissionais, o
gastrólogo deixa uma dica: “Devemos sempre comer e beber devagar, sem
pressa, apreciando cada gole, em vez de colocar na boca e engolir. Não é
beber por beber, é beber degustando.
Fonte Empório da Cerveja
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