Corpus
 Christi promete uma boa descansada em locais como Miguel Pereira e 
Casimiro de Abreu, famosa pela prática de rafting nas corredeiras do Rio
 Macaé. Faça sua escolha de última hora.
A
  crise econômica tornou-se uma pedra no caminho para quem quer viajar 
com a família. Mas há tesouros espalhados pelo interior do estado, que 
não são destaques no turismo com preços para passeios bem mais 
acessíveis em relação aos badalados. Mesmo as distâncias mais longas, 
podem ser compensadas com estadias e restaurantes mais baratos, além da 
tranquilidade.
Nestas cidades, oásis de paz, 
que têm entre 10 mil e 40 mil habitantes, repousam “segredinhos” 
surpreendentes, cujos destinos podem ser conhecidos no estilo ‘bate e 
volta’ — saindo do Rio na sexta-feira, sem pegar engarrafamento, e 
voltando domingo cedo. Sabendo economizar, alguns passeios, para um 
casal e dois filhos, por exemplo, podem sair por menos de R$ 400.
É
 o caso de Miguel Pereira, no Centro Sul Fluminense, que fica a 112 km e
 a apenas 1h40 da capital. É fácil garimpar aluguéis de sítios e casas, 
para até seis pessoas, por valores que variam entre R$ 60 e R$ 100 a 
diária. Além das belas paisagens montanhosas e do sossego que cercam o 
município, é possível visitar, no Centro, de graça, a luxuosa e 
reformada Litorina (vagão ferroviário dotado de motor próprio), 
fabricada nos Estados Unidos há 60 anos. A composição voltará a operar 
num ramal regional.
Santa Maria Madalena, a 214
 quilômetros, paraíso dos artesanatos minerais e rochosos, sinônimo de 
paz e clima tido como um dos melhores do mundo, também é uma ótima 
opção. Por lá, propriedades rurais, inclusive com piscinas e cavalos 
para passeios, podem ser alugadas por diárias de até de R$ 180, para 14 
pessoas.
Para quem ama esportes radicais, 
Casimiro de Abreu, na Região das Baixadas Litorâneas, a 134 quilômetros 
do Rio, e Cambuci, no Noroeste Fluminense, a 297 quilômetros, têm 
encantos. A primeira, é famosa pela prática de rafting nas corredeiras 
do Rio Macaé. Vale a pena pagar uma taxa de pouco mais de R$ 100 e ter 
direito a equipamentos de segurança e orientação de profissionais. 
Cambuci, por sua vez, ostenta uma rampa de voo livre, de onde, a 720 
metros de altura, pode-se contemplar um belo pôr do sol.
História
 e tranquilidade: Capela de 1619 em Barra de São João, distrito de 
Casimiro de Abreu. Lá fica a sepultura do poeta que deu nome à cidade
No
 Sul Fluminense, para os caçadores de frio, há as regiões da Serrinha do
 Alambari, em Resende; Ipiabas, em Barra do Piraí; Conservatória, em 
Valença, entre outras, que reservam sempre surpresas agradáveis, noites 
bem frias, comidas típicas, e tarifas razoáveis.
Imagens e boas histórias na volta
Economistas
 alertam: não adianta optar por viagens econômicas e depois se endividar
 com “lembrancinhas”, que podem se transformar em pesadelos. Cartões de 
crédito, só em casos de extrema necessidade. “O melhor da viagem é a 
lembrança. Mas não o souvenir, coisas que já se tem aos montes em casa, 
e, sim, do passeio raro, do momento único. E o melhor que se pode levar 
disso não é um copinho, um chaveirinho, uma camisa. Uma boa foto da 
família, por exemplo, tirada do celular, terá depois muito mais valor 
afetivo”, ensina Alex Campos, jornalista especializado em economia e 
finanças, autor do livro Faça as Pazes com o Dinheiro.
Ele
 afirma que é preciso refletir se tudo à venda é mesmo interessante e 
necessário. “Curto ou longo, um passeio turístico deve deixar sensações 
de satisfação em vez de lamento e arrependimento. A qualidade de uma 
viagem não está em quanto se gasta”, observa Alex.
Pioneira
 em economia criativa, Lala Deheinzelin é categórica. “Qualidade de vida
 não é ter coisas, e, sim, ter tempo”, garante. Alex completa, citando 
um professor britânico: “Foi-se o tempo de gastar dinheiro que não 
temos, para comprar coisas que não precisamos, a fim de impressionar 
quem não conhecemos”.
Fonte O Dia.
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