Luna
Paladinho criou o Helado Carioca e pretende ganhar R$ 5 mil por dia.
Designer Luciano Barros vende saquinhos a R$ 4 na quadra do Salgueiro. A
dica é do G1.
Com termômetros beirando os 40°C, a estação
mais quente do ano chegou sem dar trégua até para os mais entusiastas do
calorão. Para faturar uma grana extra com o verão, alguns
empreendedores se valeram da criatividade e resgataram um antigo
conhecido dos cariocas, o sacolé. Não que a cerveja tenha perdido seu
posto, mas a iguaria, sempre bem geladinha, está nas praias, nos blocos
pré-carnavalescos, nas quadras de escola de samba, e ganhou misturas
alcoólicas que vão muito além da polpa da fruta.
Com mestrado em
marketing, a carioca Luna Paladino, de 28 anos, deixou seu emprego em
São Paulo, voltou para o Rio de Janeiro e oficializou em dezembro de
2014 a produção do Helado Carioca. Ela conta que a ideia de produzir
sacolés com vodca começou há três carnavais, mas era tratada como
diversão anteriormente.
“Eu usava o dinheiro que ganhava com os
sacolés para viajar, passar férias, e tentava não mexer no dinheiro que
eu ganhava com meu emprego. Mas eu cansei de trabalhar para os outros,
decidi acreditar no potencial do meu negócio e usar tudo que aprendi”,
explica ela, que montou sua "fábrica" no apartamento vazio de sua avó.
'Chupa que é de uva'
Uva,
mate com limão, coco com menta, açaí com banana são alguns dos sabores
do Helado Carioca, e cada saquinho custa R$ 3 (sem álcool) e R$ 5 (com
vodca). Luna, que trabalha com mais uma sócia, diz que conseguiu faturar
R$ 3 mil por dia no carnaval do ano passado e que pretende ganhar R$ 5
mil por dia em 2015.
O designer gráfico Luciano Barros, de 42
anos, aposta na cachaça desde 2007 para manter e conquistar mais
clientes com o “Sacolé Chupa Neném”. Ele, que se desdobra entre o
trabalho de designer e sua “empresa familiar”, como ele próprio
denomina, trabalha com encomendas e todas as sextas-feiras e sábados na
quadra da Acadêmicos do Salgueiro, na Tijuca, Zona Norte do Rio.
“Parei
de vender na praia porque era muito desgastante e o Salgueiro fica bem
na rua onde eu moro. Vendo sacolé de coco, limão, maracujá e chocolate.
Todos com cachaça de boa qualidade, a R$ 4”, garante ele, que pretende
faturar R$ 8 mil no carnaval.
O casal de namorados Marina
Martins, de 28 anos, e Oliver Barcellos, de 29, criou em 2011 o Caipilé
Carioca. A ideia nasceu quando decidiram levar, para consumo próprio,
sacolés com álcool para os blocos de carnaval. Hoje eles vendem cada um
por R$ 6.
“Sempre gostamos de carnaval de rua e um dia quisemos
fazer algo diferente. A cerveja fica quente muito rápido, é diurética, e
quisemos pensar numa alternativa. Todo mundo gostou, porque a vodca era
boa e as pessoas começaram a pedir para eventos”, conta Marina, que
hoje trabalha com festas, aniversários e até casamentos.
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