Pesquisa constata que mulheres sedentárias têm mais problemas de libido do que as ativas, aponta matéria de O Dia.
Ao
liberarem hormônios que geram bem-estar e prazer, as atividades físicas
podem evitar a perda do desejo sexual, um dos principais problemas
enfrentados por mulheres de meia idade. Após analisar 370 voluntárias
entre 40 e 65 anos, pesquisadores brasileiros constataram que 67% delas
apresentaram algum grau de disfunção sexual. Entre as mulheres
sedentárias, a taxa foi maior (79%) quando comparadas às ativas (57%).
Durante
o estudo ‘Atividade Física e Função Sexual em Mulheres de Meia Idade’,
publicado na Revista da Associação Médica Brasileira, os cientistas
utilizaram a escala Female Sexual Function Index (FSFI) para avaliar a
atividade sexual das voluntárias, seja no quesito desejo, orgasmo,
lubrificação ou excitação. Na FSFI, é considerado bom nível sexual quem
obtém número maior que 26,55. Entre as participantes da pesquisa que
sofrem de alguma disfunção sexual, as sedentárias obtiveram resultado de
15,6, em média. Já as ativas, de 20,9.
O principal fator que
leva à diminuição do desejo sexual é a menopausa. Segundo Décio Luis
Alves, integrante da diretoria da Associação de Ginecologia e
Obstetrícia do Rio de Janeiro, esse período propicia uma perda de
hormônios responsáveis pelo estímulo de bem-estar, como estrogênio e a
testosterona. “A queda dos hormônios está diretamente ligada à
diminuição da libido, inclusive com a queda da lubrificação”.
Décio
ressalta que o exercício físico regula os ciclos menstruais, além de
melhorar o fluxo do hormônio DHEA, que libera a testosterona. “Com a
atividade, o organismo produz mais endorfina e serotonina, hormônios
relacionados ao prazer, e a mulher cria maior autoestima e mantém o
peso, ajudando, assim, a produção de libido. O exercício físico dá mais
força e agilidade”, afirma.
Avaliação médica indica melhor tipo de tratamento
As
mulheres que tiverem problemas de perda de desejo sexual podem
procurar, além de exercícios físicos, um tratamento com remédios
hormonais. “Esse tipo de medicamento ajuda a reprodução hormonal. Antes e
durante o tratamento é preciso fazer alguns exames, como mamografia e
ultrassonografia, para saber qual será o melhor tratamento e se a pessoa
não tem alguma doença grave”, alerta Décio.
Caso o exercício
físico e os medicamentos hormonais não funcionem, o ideal é procurar a
ajuda de um psicólogo ou um sexólogo. “Por vezes, essas mulheres podem
ter problemas no relacionamento ou algum motivo que as inibam de ter
relação sexual, como religião”, acrescenta o especialista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário