Quando inaugurou, dois anos atrás, o Baródromo apostou no carnaval e no crescimento urbano do entorno do sambódromo, que ganhava novos contornos e prometia uma explosão imobiliária na Cidade Nova. A explosão transformou-se em decepção - como (quase) tudo atualmente no Rio. Mas o bar que homenageia a Marquês de Sapucaí não esmorece. Migrou de endereço e agora brilha na Lapa. Maior, mais fantasiado e sem medo do pessimismo que também já anda rondando até mesmo o bairro mais boêmio da cidade.
Intérprete da Beija-Flor, Neguinho e os bolinhos de bacalhau
Aliás, o Baródromo tem tudo para ser, justamente, um antídoto contra esse climão. Num ambiente de 300 metros quadrados, com espaço para dois grandes balcões e 70 mesas, muitas delas debaixo de frondosas amendoeiras, o bar ganhou contornos de casa de show e autêntico museu do carnaval. Promete ser a sensação do verão por ali.
Com fantasias e grandes alegorias de escolas de samba decorando todo o ambiente - junto com fotos dos desfiles e versos de grandes sambas do Grupo Especial - o bar segue apostando nos bolinhos criativos de arroz, feijão, rabada e vatapá, no churrasco, na feijoada completa, na cerveja gelada e nos eventos sambistas que já faziam a sua fama no endereço anterior.
Aliás, o sensacional Cabaré do Milton Cunha, que agora acontece por lá todas as quintas-feiras, é atração imperdível para quem não admite ver o Rio soçobrar sob a onda de conservadorismo e obtusidade que grassa por aí. Assistir ao show de mulatas, drag queens e muito bom humor do carnavalesco, além de ser a maior diversão, é um ato político.
Baródromo: Rua do Lavradio, 163, Lapa. Tel.: 2504-5754. Ter. e qua., das 15h a 1h. Qui. e sex., das 6h às 3h. Sáb., do meio-dia às 3h. CC.: Todos.
Dica: Becoza, no Facebook.
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