sábado, 13 de fevereiro de 2016

Paulistas e o caso de amor com os shoppings

                 

Até duas ou três décadas atrás a principal diversão do paulistano era ir ao aeroporto, e passar o dia lá, principalmente nos finais de semana. Com o "boom" dos shoppings, o "divertimento" mudou de local, acrescentado ao maior número de locais e mais possibilidades de diversão.

Há são 50 anos desde que o primeiro shopping center foi inaugurado na cidade de São Paulo. Desde então, a paixão dos paulistanos por esses grandes centros comerciais só cresce. E tudo indica que esse amor platônico não terá fim. Atualmente, há 52 shoppings funcionando na capital paulista – isso sem contar todos os malls, de vários tamanhos, localizados nos outros 38 municípios que compõem a Região Metropolitana de São Paulo.

No estudo Tudo de Bom São Paulo, cada entrevistado elegeu os shoppings que prefere visitar. Em geral, escolheram os centros de compras próximos de sua casa, mas muitos podem eleger shoppings que não são necessariamente os de sua região. As preferências dos moradores da região oeste, por exemplo, são bem pulverizadas.

Os shoppings Eldorado, Bourbon e Iguatemi lideram o ranking de favoritos, seguidos muito de perto pelo Villa Lobos e o Pátio Higienópolis, por exemplo.

O fato é que, quando o tema é shopping center, não faltam opções para todos os gostos e bolsos para que os paulistanos de todas as faixas etárias possam se divertir, passear e claro, fazer comprar. Isso porque, ao longo das últimas décadas, esses grandes centros comerciais deixaram de ser apenas locais onde as pessoas procuram presentes ou entram nos supermercados para preencher a dispensa de casa. Os shoppings atuais também oferecem lazer para as crianças pequenas, que nem sempre têm espaço para brincar em suas residências. Neles, as mulheres encontram manicures e cabeleireiros para cuidar da beleza. Também há grandes livrarias para quem busca livros, CDs e DVDs, entre outros produtos culturais.

Em alguns shoppings há vários cinemas e, na sua maioria, não faltam opções para uma refeição mais rápida na praça de alimentação ou mesmo restaurantes mais sofisticados para almoços de negócios. Muitos shoppings também investem na oferta de lugares acolhedores para aquele cafezinho gostoso com os amigos. Tudo isso em um espaço climatizado, seguro e confortável.

Além disso, em uma pesquisa realizada em setembro de 2015 pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) em conjunto com a agência Cause, que entrevistou cerca de 2 mil pessoas com 18 anos de idade ou mais, residentes nas cinco regiões de São Paulo, 54% dos entrevistados disseram que, na hora das compras, prefere ir aos shoppings porque as lojas ficam abertas até mais tarde e nos finais de semana. O que também traz comodidade ao consumidor.

Claro que, próximo às datas de grande apelo comercial – como Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais e Natal –, esses oásis feitos de concreto e aço, encravados nas vias mais movimentadas da cidade, se transformam em verdadeiros pesadelos. São corredores lotados, lojas cheias de gente com sacolas e, quando a quantidade de veículos que entra nos estacionamentos é maior que o número de vagas disponíveis, gera grandes congestionamentos – que, convenhamos, não deixam de ser também a cara de São Paulo.

Iguatemi, o pioneiro
E lá se vão quase 50 anos desde que o primeiro shopping center foi aberto em São Paulo. A paixão dos paulistanos por esses centros de compras nasceu em 28 de novembro de 1966, quando, na Avenida Faria Lima, começou a funcionar o Shopping Iguatemi. Na época, eram apenas 75 lojas. Em 1971, saltou para 160. Hoje, são 314, a maioria delas voltada ao público de alta renda, como Saint Laurent (única loja da marca no País), Chanel, Christian Louboutin, Carolina Herrera, Dolce&Gabbana, entre outras. Por mês, o Iguatemi recebe cerca de 1 milhão de visitantes.

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