quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Onde "cervejar" na calçada no Rio

                           

Na Urca, é a mureta de frente para a praia que lota após o por do sol na Zona Sul.

Basta o sol começar a se despedir deixando o céu dourado e  a mureta da Urca, um dos bairros com a vista mais linda da capital carioca, já está lotada. O lugar é praticamente um símbolo de um dos hábitos bem típicos dos cariocas: tomar cerveja, em pé, na calçada. Na Urca, os cervejeiros ainda podem usar a mureta para se sentar, mas, em outros cantos da cidade, a falta de mesas e cadeiras não impede a apreciação da bebida.

O ponto em frente ao tradicional Bar Urca, onde a cerveja de garrafa custa entre R$ 12 e R$ 14, está entre os mais conhecidos para a "prática". Frequentam a mureta os que moram por ali, os que saem do trabalho e fazem um happy hour, os que gostam de um pós-praia ou só quem aprecia tomar cerveja e comer uma porção de pastel ou um bolinho de bacalhau.

- Venho pelo ambiente, o visual lindo. Tomar cerveja assim é bom. Você não fica "amarrado" ao lugar, ao garçom e não paga 10% - disse Adriano Ribeiro, engenheiro que saiu do trabalho e foi com os colegas para a mureta.

A concorrente mais próxima é carinhosamente chamada de "pobreta", trecho no início da Rua Marechal Cantuária, em frente ao bar Urca Grill. O lugar ganhou esse apelido porque a cerveja é mais barata - a garrafa custa R$ 9,50. O visual também é de tirar o fôlego.

- Aqui é bom porque é fresco. Gosto de atividades perto do mar e de ver esse pôr do sol tomando uma cerveja - afirmou a jornalista Bárbara Secco.

A cidade reserva outros redutos da cerveja tomada em pé como a Praça São Salvador, no Flamengo, e o Bar Jobi, no Leblon, que costuma agregar mais clientes do lado de fora, na calçada da Ataulfo de Paiva, do que no pequeno salão.

Há também quem prefira o entorno da praça Santos Dumont, o famoso Baixo Gávea, que também fica apinhado de quem gosta de bater papo na companhia de uma cerveja.

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