quarta-feira, 27 de maio de 2015
Pornô americano pode ter que usar proteção para olhos e boca
Profissionais reclamam que normas de segurança e saúde propostas farão com que cenas de sexo fiquem parecendo ‘dramas médicos’. Do jeito que a coisa anda tão desregrada na noite, com gente beijando muita gente e fazendo outras coisas com vários parceiros, principalmente em banheiros de baladas e tudo mais, a dica pode ser muito útil para não contrair doenças infecto-contagiosas.
Após cinco anos de audiências públicas e debates acalorados, uma proposta de normas de segurança para todos os sets de produção pornô do estado da Califórnia, nos EUA, está perto de ser finalizada, mas artistas do cinema adulto dizem que, se aprovada, a nova regulamentação fará com que cenas de sexo se pareçam com dramas médicos.
Segundo o “Los Angeles Daily News”, a proposta de 21 páginas, escrita pela Divisão Estadual de Segurança e Saúde Ocupacional, combina definições regulamentares quase grosseiras com linguagem excessivamente gráfica ao descrever como artistas de cinema pornô e outras pessoas no set de filmagem devem se proteger de patógenos e outros fluidos corporais.
O texto ressalta o uso de preservativos como uma maneira de proteger contra o HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, e também apela aos produtores para que paguem por consultas médicas e vacinas contra hepatite B.
Outro exemplo, mencionando necessidade de proteção para olhos e boca, entre outras, é o que consta na página 9/21 do documento, à seção 5193.1 (Infecções sexualmente transmitidas), tópico d, alínea 4, parágrafo F, item 6: “O empregador não deverá permitir ejaculação sobre os olhos, pele não-intacta, boca ou outras membranas mucosas da(o) funcionária(o). Se as atividades de trabalho expuserem essas partes do corpo a sangue, a outros materiais potencialmente infecciosos, ou a infecções sexualmente transmissíveis (OPIM-STI, na sigla em inglês), então o empregador terá que prover preservativos ou outra barreira protetora adequada”.
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Durante um período de consulta pública, que terminou na quinta-feira em San Diego, artistas de cinema para adultos e seus apoiadores disseram que os regulamentos vão longe demais.
“Estes são regulamentos concebidos para ambientes médicos, e são impraticáveis em um set de filmagem para adultos — ou mesmo um set de filmagens de Hollywood”, diz em comunicado Diane Duke, CEO da Free Speech Coalition, instituição baseada em Canoga Park.
Diane disse que sua organização e vários outros grupos prefeririam ver a proposta de regulamento alterada com emendas propostas tanto por artistas do setor, quanto por autoridades de saúde pública, “de forma a proteger os artistas de cinema adulto sem estigmatizar e nem encerrar toda uma indústria”.
INDÚSTRIA PORNÔ PODE ABANDONAR CALIFÓRNIA
Muitos artistas e executivos continuam a dizer que regulamentos mais severos serviriam simplesmente para motivar a indústria pornô de bilhões de dólares a sair da Califórnia, ou então tornar-se “underground”.
A indústria também afirma que, embora os preservativos estejam disponíveis caso solicitados, usá-los em cena é impraticável, porque eles arruínam a estética da fantasia sexual.
Diante das regras cada vez mais severas, algumas produções cinematográficas para público adulto mudaram-se para o estado vizinho de Nevada, mas funcionários estaduais de lá disseram estar considerando fazer cumprir as mesmas normas exigidas de profissionais do sexo em bordéis pelos profissionais da indústria de filmes adultos.
O conselho normativo da Califórnia vai deliberar sobre a proposta até março de 2016.
Fonte: O Glogo
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