segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Brasileiros sem dinheiro e com fome

Por Jorge Luiz Lopes (jorgeseraphini@gmail.com)

Nesta segunda-feira (27/11), a história triste de um menino com fome, que havia sensibilizado o país dias atrás, voltou à tona em duas reportagens publicadas em dois dos maiores jornais do país: O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo. O primeiro com a manchete sugestiva: " O desmaio do menino Gabriel, que expôs a vulnerabilidade social". E no sub-título a introdução: " Garoto de 8 anos foi para a escola em Brasília, distante a 30 km de casa, sem comer. E esmoreceu. Situação é comum na região nos arredores da capital do País".

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No restante da matéria a saga de uma vergonha que assola um país com mais de 25 milhões de dempregados, milhões de brasileiros que voltaram para a linha da pobreza por culpa de desmandos políticos assassinos. E do total de 205 milhões de cidadãos, 61 milhões não poderão comprar nada no Natal, pois estão com contas atrasadas, adianta o Serasa.

Uma vergonha o que ocorre neste país que chegou a ser cogitado a ocupar vaga no grupo dos maiores produtores de óleo e gás do mundo: a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). As vagas de empregos explodiam, importávamos trabalhadores com mão-de-obra especializada. Aí, os assassinos que haviam tomado conta do país resolveram botar tudo por terra: pilhando, roubando, matando e jogando milhões na desesperança.

Com base na triste história de um menino, como tantos outros meninos e meninas deste rincão verde e amarelo, o Blog CeasaCompras teve a atenção chamada para os resultados devastadores das vendas de alimentos nas centrais de abastecimento do país, as Ceasas. A verdade está ali, naquele estudo econômico realizado todos os meses do ano. E nele, 2017 se anuncia como o ano onde o brasileiro deixou de comprar comida.  Uma tragédia que nós estamos apontando com exclusividade. Mas, antes, vamos ler um pouco da história da família do menino com fome, contada pelo "Estadão":

"Na manhã do dia 13, Gabriel, de 8 anos, acordou com fome. Depois de passar o dia anterior em jejum, queria um pedaço de pão, mas não havia o suficiente para todos os irmãos. Comeu, então, um prato de mingau de fubá. A irmã de 13 anos cozinhou arroz para o almoço, mas ele recusou porque não tinha mistura para acompanhar.

Por volta das 12h30 daquela segunda-feira, o menino se sentou numa fossa de concreto na beira da rua com os três irmãos para esperar o ônibus escolar. Ficaram lá por alguns minutos até a chegada da condução. O percurso de 30 quilômetros entre o Paranoá Parque, conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida, na periferia, e a escola pública onde estuda, no Cruzeiro, dentro do Plano Piloto de Brasília, durou cerca de meia hora.

Ao chegar, Gabriel reclamou de dores no peito e desmaiou duas vezes, segundo a professora Ana Carolina Costa, que o socorreu. Consternada com as queixas de fome que escuta dos alunos desde o início do ano, procurou a imprensa. A notícia viralizou".

A seguir, você terá certeza da tragédia nacional da fome, apesar do governo federal e seus organismos de pesquisas, como o IBGE, afirmarem o contrário. 

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