segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

ESPECIAL FÉRIAS Metrópoles mundiais mais caras para se viver

Levantamento avalia preços de bens e serviços como roupas, carne, gasolina, leite, café, cerveja e ingresso de cinema; Tóquio lidera ranking, que não tem nenhuma cidade brasileira entre 20 mais caras do mundo ou das Américas. Tóquio, no Japão, recuperou título conquistado em 2012 da cidade com custo de vida mais alto no mundo para expatriados.

                
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Em Hong Kong é até possível fazer uma refeição a um preço razoável, mas tomar uma cerveja aumenta muito a conta. Melhor fazer isso em Sydney ou Londres, onde comer e beber fora de casa pode até sair mais barato, mas, por outro lado, é caríssimo ir ao cinema.

Mas apesar da fama de preços altos, essas cidades não estão entre as três mais caras do mundo para trabalhadores estrangeiros. Não é surpresa que Tóquio, capital do Japão, seja a mais cara mundo, mas que Luanda, capital de Angola, seja a segunda colocada, certamente pode ser.

Tóquio, Luanda e Zurique, na Suíça, lideram o ranking de 2016 feito pela ECA Internacional, organização que analisa condições e custo de vida para trabalhadores estrangeiros que vivem fora de seus países.

Cidades brasileiras não aparecem no ranking das 20 cidades mais caras do mundo nem do das 20 cidades mais caras das Américas - nesta lista, a única cidade fora dos Estados Unidos é Buenos Aires, em 13º.

Mesmo assim, a ECA diz que cidades brasileiras subiram, em média, 60 posições na lista, contabilizando um dos maiores aumentos de um ano da pesquisa.

"O real se recuperou fortemente, apesar da recessão econômica do Brasil, à medida que um novo governo assumiu o poder após o impeachment de Dilma Rousseff", assinalou a organização, que tenta ajudar empresas a calcular o custo de manter um funcionário no exterior.

O levantamento leva em consideração o preço de bens e serviços de consumo e lazer mais recorrentes adquiridos por estrangeiros, como roupas, carne, gasolina, leite, café, cerveja e ingresso de cinema em mais de 450 lugares do mundo. A pesquisa não leva em conta despesas como aluguel e taxas escolares, contabilizadas separadamente.

Mudança de posições
Tóquio, no Japão, recuperou a posição que tinha em 2012 de cidade com custo de vida mais alto no mundo para expatriados. A capital japonesa - que no ano passado era a 12ª mais cara - é uma das dez cidades asiáticas que estão entre as 20 primeiras da lista.

"O custo para uma empresa para trazer talentos para o Japão aumenta com os serviços necessários para manter o nível de consumo de seus funcionários", disse Lee Quane à Bloomberg, diretor regional para a Ásia do ECA.

Além da capital, as também japonesas Yokohama (5ª), Nagoya (7ª) e Osaka (9ª) se destacam no levantamento.

Luanda, capital de Angola, é considerada a surpresa no ranking ao sair do quinto para o segundo lugar

Enquanto a capital japonesa recuperou o lugar mais alto no ranking, cidades antes famosas pelo alto custo de vida saíram da lista das mais caras pela primeira vez. Londres é uma delas. Caiu 57 posições e não está nem entre as 100 mais.

A explicação para o caso da capital inglesa estaria na desvalorização da libra após os britânicos terem votado pela saída do Reino Unido da Eunião Europeia.

Londres agora é mais barata que Paris e Bruxelas. Ainda assim, continua sendo um dos lugares mais caros para se ir ao cinema. O ingresso custa, em média, R$ 57.

Primeira colocada no ano passado, Zurique, na Suíça, está em terceiro lugar. Continua sendo, contudo, a mais cara cidade europeia.

Supresas

Uma das surpresas é certamente o 2º lugar global para Luanda, cidade que já vinha sendo, há algum tempo, a mais cara da África. Entre as explicações está o alto custo de importação e transporte de bens de consumo para os trabalhadores estrangeiros, por causa da infraestrutura precária, risco de conflito e elevados índices de corrupção.

O mesmo fenômeno acontece com Kinshasa, capital do Congo, que ficou em décimo no ranking mundial e é a segunda cidade mais cara da África.

A ilha de Manhattan, em Nova York, foi no ano passado a 15ª colocada. Esse ano, alcançou a posição 24ª mas continua sendo o lugar com maior custo de vida para expatriados nas Américas, seguida de Honolulu, Nova York, Los Angeles e San Francisco.

"Mais uma vez Manhattan lidera os rankings regionais. Em uma escala global, caiu por causa da força relativa de outras moedas. No entanto, o declínio pode ser de curta duração porque o dólar começou a valorizar novamente nas últimas semanas", avaliou Michael Witkowski, vice-presidente da ECA International em Nova York.

A mais cara da América Latina

Sob o comando Mauricio Macri, a Argentina liberou a compra de dólares e viu o peso despencar, o que afetou o custo de vida para estrangeiros em Buenos Aires.

Ficou bem mais barato para expatriados viverem na cidade argentina, que agora ocupa 77ª posição geral depois de alcançar o 21º lugar no ano passado. No entanto, a capital Argentina continua sendo a cidade mais cara da América Latina.

A situação da Argentina se contrasta com a do Brasil, onde o real se valorizou nos últimos meses, segundo a organização responsável pelo levantamento.

No Canadá, a moeda local também registrou uma valorização expressiva em relação às moedas avaliadas para a pesquisa, incluindo o dólar norte-americano. Isso fez com que Vancouver subisse 22 posições no ranking.

O levantamento do custo de vida para expatriados foi feito pela ECA Internacional entre março e setembro deste ano, levando em conta uma cesta de produtos normalmente consumidos no dia a dia.

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