Natal: produtos importados estão 10% mais baratos; confira dicas de economia.Nas prateleiras, os consumidores já percebem um certo o alívio com a desaceleração dos preços, especialmente dos alimentos. Mesmo assim, a ceia de Natal deste ano será mais magra.
De acordo com a Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas(ABBA), embora os importados, como bacalhau, azeite e vinhos, estejam até 10% mais baratos do que no ano passado, a expectativa é de estabilidade ou queda nas vendas entre 5% e 10%. Para não amargar prejuízos, os comerciantes adotam estratégias para atrair clientes.
Nos supermercados Extra, Assaí e Pão de Açúcar, as compras podem ser parceladas em até três vezes, sem juros. Há ainda opções de ceias prontas para quatro pessoas ao custo de R$ 129,90, ou seja, R$ 32,48 por pessoa. As lojas nos shoppings também já parcelam as compras em até dez vezes no cartão, sem juros. Diante deste cenário, o EXTRA elaborou um guia prático para não perder dinheiro neste Natal (confira as dicas abaixo).
A aposentada Ivone Gomes Miranda, de 65 anos, estava escolhendo bacalhau, na última sexta-feira, e comemorou o preço mais baixo. Mesmo assim, suas opções serão conservadoras, pois ela não pretende gastar mais do que R$ 300 com a ceia para a família:
— Hoje, tem bacalhau até por R$ 39,90. No ano passado, o mais barato não saía por menos de R$ 50. Os preços estão melhores, mas as pessoas estão com menos dinheiro.
O dólar é o principal fator para este recuo. A moeda caiu 11,79%, no últimos 12 meses.
— O comércio e os consumidores estão mais cautelosos. A situação cambial melhor, mas o nível de emprego piorou — disse Adilson Santos Carvalhal Júnior, presidente do Conselho Deliberativo da ABBA.
No caso das frutas secas, segundo ele, a boa safra de nozes e amêndoas pode derrubar os preços em até 20%.
— O que o consumidor deve comprar mais cerveja do que vinho e trocar o peru, que custa até R$ 15, o quilo, por aves especiais (vendidas pela metade do preço) — disse Marco Quintarelli, especialista em Varejo.
Compras em atacados
A árvore de Natal que enfeitará a sala da vendedora autônoma Marcelly Lana, de 19 anos, custou R$ 10. Tanto esmero na pesquisa de preços na Saara rendeu mais enfeites do que o planejado pela família. Para presentes de parentes e amigos, a estratégia é comprar o mesmo produto, como bijuteria, de até R$ 5, no atacado, para não desperdiçar o desconto.
— A ceia será conjunta e eu só vou levar a sobremesa. Não comecei a comprar comida porque quero ver se o preço cai um pouco mais — disse Marcelly, ao lado da filha Manuela, de 2 anos.
Para advogada Andrea Bonavita, do Gondim Associados, o planejamento antecipado é o segredo para não comprar por impulso e aumentar o endividamento.
— É importante o consumidor comparar preços para avaliar a melhor oferta, e até desconfiar de preços muito abaixo do mercado — avalia.
A explicadora Maria do Desterro Peres, de 50 anos, saiu de Olaria, na Zona Norte, para fazer compras no Centro. Ela pretende gastar metade no Natal deste ano em relação a 2015, mas começou as compras há alguns meses.
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