Tia e sobrinha investem em pipoca gourmet para ter renda extra. Dupla empreendedora criou pipocas com sabores de amendoim e leite ninho. Cinthia e Cecília Davanzo pensam em sabores de cupuaçu e até tacacá.
Os lanches da tarde comendo pipoca na frente da TV, inspiraram a fotógrafa Cinthia Davanzo e a estudante Cecília Davanzo, de 19 anos, a criarem pipocas gourmet artesanais com sabores diferenciados para ter uma renda extra. A dupla fez vários testes na cozinha e deram à pipoca os sabores de coco, amendoim caramelizado com toque de café, canela com leite ninho, algodão doce e criaram até uma versão para o público que gosta de comida apimentada.
A criação da pipoca dos sonhos surgiu há seis meses, mas a dupla começou a comercializar somente há dois, por isso, apesar do número crescente de encomendas, ainda não possuem uma média de lucro.
Tudo começou através de Cecília, que sempre gostou de cozinhar e decidiu fazer um curso de gastronomia. Após isso, ela teve várias ideias e decidiu colocar as receitas em prática com a ajuda da tia.
"Cozinhar foi uma coisa que sempre gostei. A cozinha é minha parte preferida da casa. Surgiu a oportunidade de um curso de gastronomia e meus tios me colocaram. A pipoca é uma coisa que todo mundo gosta e decidimos enxergar isso com um novo olhar. Quando criamos um sabor novo levamos para as pessoas experimentarem, são nossas cobaias", brinca Cecília.
Além do sabor, tia e sobrinha também investiram em uma recipiente especial para o produto, devido ao calor e umidade da Região Norte. A embalagem usada pela dupla possui um sistema "abre e fecha" que estende a validade da pipoca por até 30 dias e ainda mantém a crocância. Além disso, a embalagem também é reciclável. A pipoca gourmet é vendida em pacotes de 90 gramas por R$ 8 reais ou de 180 gramas a R$ 15 reais.
"Essa foi uma preocupação nossa, pois consideramos a preservação do meio ambiente e a reciclagem muito importantes. Mesmo assim, temos que fazer testes e adaptações por causa do clima. Nosso produto não possui conservantes, o que já é um ponto excelente. Essa embalagem é de fora, então nosso custo é maior, mas estamos buscando trabalhar com produtos locais", destaca Cinthia.
Futuramente, as duas também pretendem investir em sabores mais regionais, como cupuaçu, maracujá e até tacacá.
"Fazer o sabor de tacacá é bem difícil, pois a pipoca é muito delicada e murcha muito rápido. Ainda precisamos acertar o ponto, estamos buscando essas receitas e nossa ideia é regionalizar, tornar um produto bem acreano. Ainda estamos em uma fase artesanal, mas nossa ideia é realmente crescer, mas vamos dar um passo de cada vez", finaliza a estudante.
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