quarta-feira, 25 de abril de 2018

Um passeio pela rica gastronomia de Paraty e Angra dos Reis

                       Resultado de imagem para banana da terra paraty
                       Banana da Terra Paraty

De restaurantes sofisticados a tradicionais alambiques, os sabores da Costa Verde e também de suas ilhas.

Costa Verde, região que liga o litoral sul do Estado do Rio ao norte de São Paulo, flanqueada pelo verde da Mata Atlântica, de um lado, e os vários tons de suas muitas baías, de outro. É também um lugar de múltiplos sabores, como a cidade de Paraty, conhecida mundialmente. Onde a culinária francesa se encontra despretensiosamente com o sotaque mineiro. E onde a banana da terra vira iguaria sofisticada pelas mãos dos chefs locais; a cachaça dos alambiques pinga em cafés e arde em peixes flambados. Sem contar o camarão na moranga que ganha um tempero especial e pode ser saboreado à sombra de amendoeiras.

A vizinha Angra dos Reis, tem suas dezenas de ilhas e encantadoras paisagens. Se rivaliza com Paraty, de tantas Histórias, culturas, belezas e bons restaurantes.

Ao falarmos de Paraty é bom lembrar dos alambiques que produzem as famosas cachaças da região. O mais antigo em funcionamento foi fundado no século XIX. A diversificada gastronomia envolve uma cadeia que passa por produtores, cozinheiros, restaurantes, moradores e turistas. Não à toa, em 2017, Paraty recebeu o título de Cidade Criativa para a Gastronomia da Unesco, selo que valoriza e incentiva a cultura e a economia locais. "Aqui, o visitante sempre encontrará uma experiência culinária rica", diz a secretária de Cultura do município, Cristina Maseda.

Mas há muito mais a se descobrir na cidade. Criatividade não falta. Principalmente, quando o assunto é a boa mesa.

Paraty na mesa

No Pingado, é possível tomar café coado no caldo de cana (R$ 9,50) — sem açúcar ou adoçante, claro. O costume, comum nas roças da região, ganhou ares modernos na casa. O café com cana é preparado na mesa, em frente aos clientes, em um coador especial — sua estrutura de ferro foi criada por um ferreiro local, e o pano, confeccionado por uma costureira da cidade. Para acompanhar, doces feitos de marzipã, iguaria trazida na bagagem pelos portugueses, muito consumida pelos caiçaras.

E o tradicional café pingado ganhou uma versão, digamos, mais ousada: o leite dá lugar à cachaça local. Para completar, chantilly e geleia caseira de gengibre (R$ 12).

Já para as refeições principais, o preparo dos pratos é um espetáculo à parte no restaurante Casa do Fogo, onde a maioria das receitas é flambada com cachaças artesanais. O dono do restaurante é o chef Paulo César (conhecido como Caju), que começou a carreira como garçom. Nas mesas, enquanto exibe habilidade com o fogo, para deleite dos clientes, as luzes são apagadas, e as chamas dão um show à parte.

Boa pedida na casa é o filé de peixe com banana, legumes flambados e arroz com palmito (R$ 68). De entrada, vale pedir a lula flambada, com papaia e hortelã (R$ 38).

Um dos restaurantes mais tradicionais da cidade é o Banana da Terra, da chef Ana Bueno. Entusiasta da culinária saudável e sustentável, Ana é uma das criadoras de um projeto que revolucionou a merenda escolar do município: saíram dos cardápios das crianças os pratos industrializados (e sem graça), e no lugar entraram receitas tradicionais da cidade.

Além disso, Ana promove a Folia Gastronômica, festival anual que acontece em novembro nas ruas do centro, com o que a culinária local tem de melhor.

O Banana da Terra é reflexo da alma da cozinheira: moderno, mas fiel às origens de Paraty. Experimente o filé de peixe em crosta de pimenta limão e risoto de palmito pupunha (R$ 96). Outra pedida é o lombo de peixe selado, com manteiga de alho e ervas sobre banana assada e ninho de alho poró (R$ 94).

Estrada surreal

A dez minutos de carro do Centro Histórico, na Estrada Paraty-Cunha, não se assuste se por acaso se deparar com uma simpática senhora conversando com duas bruxinhas de pano, que até nome têm — Fúcsia e Salomé. Luciana Marinho é fã do universo fantástico. Em seu restaurante, batizado de Bistrô Alquimia dos Sabores, pratos ganham nomes como Merlin, Avalon, Rei Arthur e Harry Potter. O cardápio, escrito à mão e cheio de desenhos, encanta os clientes.

A chef parece ter mesmo uma varinha de condão, capaz de transformar receitas tradicionais em pratos requintados. Os doces da casa são divinos. Exemplos perfeitos são os bolinhos de paçoca de banana, bacon e geleia de pimenta-biquinho (R$ 35). A inspiração para a receita vem dos escravos.

"A banana é típica da região. Os escravos pegavam as frutas que sobravam e testavam com bacon, que era descartado pelos senhores de engenho. O doce tradicional é pastoso. Minha versão é mais rígida, com farinha para dar liga", explica Luciana, que fez pesquisa de campo em quilombos e junto a famílias antigas da região, em busca de pratos tradicionais.

O bistrô, pequeno e aconchegante, abre apenas à noite. Para garantir, o ideal é reservar. Atrás do restaurante, a chef abriu a Estalagem Solar Real, que tem somente um quarto, de frente para o rio.

França presente

A gastronomia de Paraty também é internacional. O Voilà Bistrot, que fica na Estrada Paraty-Cunha, próximo ao Alquimia dos Sabores, tem sotaque francês — e bem carregado. Natural de Paris, o chef Christophe Legond se mudou para Salvador em 1997. Há 11 anos vive na bela cidade da Costa Verde.

No pequeno e charmoso restaurante, decorado com quadros, revistas e um piano trazidos da Europa, a culinária é tipicamente francesa, feita com produtos regionais. Bom exemplo são os tomates tartin et glace à la moutarde (R$ 38), tipo de torta folhada de tomates com sorvete de mostarda Dijon.

Outra estrela do cardápio de Legond é o tournedor Dijon aux deux moutardes et l’aligot du chef: filé ao molho de duas mostardas francesas e purê de batata com queijo raclette (R$ 170).

Aulasd de culinária

Aprender a cozinhar e, ao mesmo tempo, conhecer um pouco mais sobre a História do Brasil, experimentando receitas deliciosas regadas a um bom vinho. Essa é a proposta da Academia de Cozinha & Outros Prazeres, que funciona na casa da mineira Yara Castro e do franco-americano Richard Roberts, em Paraty.

Yara é uma estudiosa dos alimentos. Em Boston (Estados Unidos), onde morou após conhecer o marido em uma livraria no Leme, apresentou seminários sobre a História do mundo por meio da alimentação. Depois, estrelou um programa de culinária na televisão.

As aulas na aconchegante casa do casal reúnem, no máximo, 12 pessoas e podem ser ministradas em quatro idiomas: português, inglês, francês ou espanhol.

São servidos sempre uma entrada, um prato principal e uma sobremesa. Para harmonizar, vinho, e, ao final, degustação de cachaça envelhecida.

Influência dos imigrantes

Cada encontro tem um tema definido, que passeia por regiões do país: Paraty, Rio São Francisco, Amazonas, Minas e a Revoada do Rei, que fala sobre a influência dos imigrantes.

No início, Richard ensina a preparar uma caipirinha divina, com todos os macetes sobre os cortes e a extração do suco, além do armazenamento. O franco-americano é um apaixonado por Paraty:

"Eu sinto o passado nas ruas dessa cidade, que sempre oferece uma descoberta. O mundo passa por aqui".

Bela vista do alto

A poucos quilômetros da entrada de Paraty, na Serra da Graúna. No alto da estrada de terra que dá acesso ao local, se esconde uma preciosidade: a pousada e restaurante Le Gite d’Indaiatiba, do casal Olivier e Valéria Decorta. Ele, francês. Ela, mineira. Não é preciso dizer que o encontro resultou em uma profusão de sabores.

As receitas da casa têm base francesa e pitadas regionais. Exemplo é o raviole caseiro feito com folhas de taioba, verdura muito usada para substituir a couve. O palmito de pupunha, um clássico de Paraty, também está presente, em pratos como o peixe au coeur de palmier (filé grelhado de robalo servido com palmito à la crème, R$ 175, para duas pessoas).

O restaurante fica dentro da pousada, mas a sensação que se tem é de estar na casa de amigos. Decorado com móveis antigos e livros, o lugar, intimista e aconchegante, faz jus ao nome (gîte, em francês, significa refúgio). O ideal é fazer reserva. Mas vá sem pressa. Além de saborear os pratos que saem da cozinha de Olivier e Valéria, vale dar um passeio pelo jardim, entre árvores frutíferas, palmeiras, orquídeas e bromélias.

Quem quiser pode tomar banho numa cachoeira do Rio Graúna, que passa dentro da propriedade. Ou fazer uma sauna seca aquecida à lenha.

" Quando cheguei aqui, no início da década de 1990, era preciso subir a estrada de burro. E não havia iluminação ", recorda Olivier.

Em 2018, o cenário mudou um pouco. O animado forró de antigamente, por exemplo, deu lugar a uma igreja evangélica. Mas o clima pacato perdura. O silêncio só é quebrado pelo barulho da chegada de clientes a bordo de helicópteros. Foi instalado um heliponto no alto da pousada, que já recebeu celebridades, como a modelo Naomi Campbell.

Ainda na estrada: massa caseira e folhas orgânicas

Outro restaurante que caprichou na escolha do lugar para se instalar é o Villa Verde, no bairro da Ponte Branca, quase ao lado da estrada Paraty-Cunha. Como o nome sugere, para chegar ao local é preciso atravessar uma pontezinha de madeira. A casa funciona em um quiosque de madeira, dentro de um sítio de 200 mil m², repleto de verde e com vista para as águas do Rio Perequê-Açu. Em muitos pontos, formam-se pequenos poços, onde é possível mergulhar.

O suíço Dario Rossera comprou a propriedade em 1987, mas o restaurante só foi inaugurado em 2001, de maneira improvisada, quando ele e sua mulher, Cristiane, resolveram abrir o espaço para receber amigos.

No cardápio do Villa Verde, as massas caseiras, receitas de Dario, são a especialidade. Boas pedidas são o delicioso talharim ao molho gamberi (camarões ao molho de tomate italiano e abobrinhas, a R$ 65) e o talharim pomodorini (tomate cereja italiano e mussarela de búfala, a R$ 55). Assim como em boa parte dos estabelecimentos de Paraty, no Villa Verde, as verduras e hortaliças são orgânicas e vêm da vizinha Cunha, em São Paulo.

Falando em culinária saudável

Impossível não lembrar da Fazenda Bananal, a antiga Murycana, reaberta no ano passado, após passar por um trabalho de restauração. O projeto reúne museu, culinária, agricultura, pecuária e observação de pássaros. Nas encostas são cultivadas frutas, verduras e hortaliças por meio do sistema agroflorestal, que evita a monocultura e mistura as espécies, contribuindo para a restauração da mata.

A produção abastece os restaurantes Bananal (que fica dentro da fazenda) e Quintal das Letras (o da Pousada Literária, localizada no centro de Paraty). Parte da colheita é destinada aos funcionários e a projetos beneficentes.

Cabras e vacas da fazenda comem milho plantado dentro propriedade. As galinhas, criadas sem hormônios, alimentam-se das hortaliças que não são consumidas no restaurante da fazenda. Os ovos e o queijo produzido com o leite das cabras e das vacas são utilizados nas receitas da casa.

A fazenda, do século XVII, que por muito tempo produziu aguardente, abriga um museu, em um de seus antigos casarões, contando a história de Paraty — dos ciclos do Açúcar, do Ouro e do Café até os dias atuais.

Na Bananal, também é oferecido um roteiro para a observação de pássaros. Além disso, os visitantes podem participar de um tour pela propriedade, que tem 180 hectares, pomares, hortas, muitas trilhas e 25 mil mudas plantadas.

De volta ao Centro

Não há muitas opções de bons restaurantes de frente para o mar na cidade. A maioria fica nas ruas do centro ou nos bairros internos. Saborosa exceção é o Gastromar, aberto recentemente na Marina Porto Imperial.

A casa serve entradinhas divinas, como a dupla de vieiras com purê de ervilhas trufado e raspa de limão siciliano (R$ 34). Para prato principal, experimente o peixe imperial, feito com filé de robalo grelhado, purê de batata trufado, espinafre orgânico, rabanete e amêndoas (R$ 94). Ou tente uma massa, como o orecchiette com molho de vinho branco, camarão, lula, polvo, limão siciliano e páprica defumada (R$ 86).

De barco

Outra boa opção de passeio, entre um prato e outro, é pegar um barco rumo à Ilha do Araújo. É bom passar uma tarde ali, ouvindo o barulho do mar. Fincada em uma das muitas ilhas de Paraty, a vila tem apenas mil moradores, formando uma típica comunidade caiçara. Ali, o tempo passa devagar e os vizinhos se dizem “bom dia”.

Na entrada, fica a Igreja de São Pedro e São Paulo. Vale uma parada ali para relaxar e observar os nativos em seu dia a dia.

No início de junho, acontece o Festival do Camarão, logo após o fim do defeso da espécie. Para celebrar, são servidas diversas receitas preparadas com o crustáceo. A ilha chega a receber até três mil pessoas na data. O dinheiro arrecadado é usado na Festa de São Pedro, o padroeiro dos pescadores, quando uma procissão marítima leva a imagem do santo de Paraty até a Ilha do Araújo. O evento é realizado no domingo mais próximo a 29 de junho, dia dedicado ao santo.

Chegar à ilha é fácil, mas é preciso pagar pelo transporte de barco. Saindo do Cais de Turismo, no Centro, leva-se menos de meia hora. A parada na vila pode fazer parte de um roteiro por outras praias e ilhas, onde só se chega de barco. Mas há pousadas, para quem quiser ficar mais tempo. E os moradores costumam alugar suas casas a turistas.

A massa é de cachaça

Um ponto tradicional da ilha, com mais de 40 anos, é o bar e pousada Tubarão Drink’s, do nativo Francinaldo Soares. O restaurante é ideal para tomar uma cerveja, sentindo a brisa do mar. Combine isso com um generoso pastel de camarão (R$ 11), que leva uma dose de cachaça na massa, e uma deliciosa casquinha de siri (R$ 18). Nem precisa dizer que os ingredientes são todos frescos e tudo é feito na hora.

Ela é usada em receitas flambadas, substitui a água para fazer café, vai misturada à massa do pastel e, desde sempre, é servida em caipirinhas e drinques. A cachaça é rainha absoluta em Paraty. Não é de se espantar. A bebida é produzida há séculos na região. Mais especificamente desde 1600, quando a cana-de-açúcar era o principal produto da colônia.

"A produção do açúcar, no entanto, não deu muito certo por aqui. A cana não era doce suficiente, talvez pelo tempo ser muito chuvoso ", diz Eduardo Mello, responsável pela Coqueiro, produzida desde 1803. Entre as marcas que continuam sendo comercializadas, é a mais antiga cachaça de Paraty.

Sem produzir açúcar, os fazendeiros da região optaram pela famosa pinga. No passado, chegaram a existir mais de 150 alambiques na região. Hoje, são menos de dez.

Na Coqueiro, a tradição é de família. A fazenda dos Mello, batizada de São João, consome mais de 150 toneladas de cana por ano, para produzir cerca de 60 mil litros de cachaça. Números que parecem altos, mas a fabricação é toda artesanal. Para fazer a bebida, é utilizada apenas a parte mais nobre do líquido que é extraído da cana, chamada de coração.

Até ficar pronta para consumo, a bebida permanece armazenada em barris de madeira de amendoim ou de carvalho. Alguns têm capacidade para 20 mil litros. No entanto, só é considerada envelhecida a cachaça produzida em barris de até 700 litros. A versão prata descansa por até um ano. A ouro, uma das mais saborosas, é curtida em barril por três anos, quando atinge a plenitude de seu sabor e aroma. Ela é perfeita para degustação. Inclusive já ganhou prêmios em competições internacionais.

Além de cachaça, também são produzidos ali licores, a partir da infusão de frutas e outros ingredientes na bebida. A Gabriela, por exemplo, leva cravo e canela. Mas também podem ser usados abacaxi, coco, banana. Ao todo, a Coqueiro fabrica mais de dez rótulos.

Outros produtores de pinga de Paraty são a Pedra Branca, Paratiana, Engenho D’Ouro, Maria Izabel e Corisco. A tradição dos alambiques quase desapareceu. A situação mudou com a criação da Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça de Paraty (Apacap), entidade que incentiva a produção da bebida. Hoje em dia, há muitos passeios que levam os turistas para os alambiques. De 16 a 19 de agosto, a cidade realiza o Festival da Cachaça, Cultura e Sabores de Paraty.

Passeios

"Os visitantes podem ver como é a fabricação das cachaças e conhecer as fazendas. Existe um nicho muito forte de turismo rural em Paraty", diz Mello.

O alambique da Maria Izabel, por exemplo, rende um ótimo passeio. Localizada na Rio-Santos, a uns sete quilômetros em direção ao Rio, a construção está metida no meio da mata, de frente para a Baía de Paraty. A decoração também vale a visita.

Drinques de frente para o mar, cultura e novidades em Angra dos Reis

Os barquinhos de pesca espalhados pelo ambiente do aprazível Canto das Canoas, na Ilha da Gipóia, não são mera decoração. Representam a história do local. No passado, a casa funcionou como uma fábrica de sardinha, atividade que foi muito comum na Costa Verde. Ali, aportavam canoas de comerciantes e caiçaras. Há 25 anos, os irmãos Andrade resolveram transformar o lugar em um restaurante.

"Meu pai era o responsável pela fábrica. Com o tempo, a produção de sardinha foi entrando em decadência e tivemos a ideia de montar o Canto das Canoas", explica Rosana Andrade, que administra o restaurante.

Para chegar à Ilha da Gipóia, é preciso pegar um barco no Cais de Santa Luzia, no centro de Angra dos Reis. Diversas operadoras, espalhadas ao longo da rua em frente ao píer, fazem o trajeto. Quem não quiser ir e voltar no mesmo dia encontra opções de estada na ilha, que tem trilhas e praias selvagens. Uma das mais bonitas é a Jurubaíba.

Chegando em escunas

O Canto das Canoas fica na Praia do Vitorino, em um cenário arrebatador: de frente para o mar e cercado pelo verde da mata. As mesinhas são cobertas por toalhas coloridas, e os aromas que saem da cozinha impregnam todo o ambiente.

O cliente pode desfrutar de um drinque nas espreguiçadeiras que ficam na areia. E depois, saborear, à sombra de uma amendoeira, um camarão na moranga (R$ 223), que serve quatro pessoas, ou uma posta de peixe, na folha de bananeira, com farofa de camarão (R$ 213).

Um restaurante inaugurado em meados do ano passado, na Praia do Machado, atrai turistas, que chegam em escunas. É o Relicário, que fica logo na entrada de Angra, perto da Marina Verolme. Também é possível chegar ali de carro. E vale a pena. Na casa, que funciona em um deque de madeira sobre o mar, os pratos, petiscos e drinques são deliciosos e criativos.

Antes de montar seu restaurante, Michel Ribeiro havia criado um delivery e um food truck especializado em sabores do mar. O sucesso foi tanto que ele acabou abrindo a nova casa.

CaIpirinha com picolé

Michel trabalha na área de turismo e sabe receber como ninguém. A cozinha é aberta, e o cardápio variado e inventivo. Uma das estrelas é o caipicolé, mistura de caipirinha com picolé, sendo que um dos mais pedidos é o de morango com maracujá (R$ 25).

Entre as porções servidas no restaurante, uma das preferidas dos clientes é a de quibe de peixe (R$ 25). Vale experimentar também o camarão crocante empanado na farinha panko (R$ 120) ou o camarão à paulista ao alho e óleo (R$ 106).

Outra novidade na região é a chegada do Hotel Fasano, em dezembro de 2017, ao complexo do Frade. Além de spa, o hotel abriga dois restaurantes. Um deles é o Crudo, ao lado da píscina, aberto para o jantar. O menu, a cargo do chef Pedro Franco, lista vieiras, camarões, lagostins e peixes variados.

Angra também brinda os visitantes com atrações culturais e históricas, como o Museu de Arte Sacra, na Igreja de Nossa Senhora da Lapa e Boa Morte. Com acervo de duas mil peças, tem 25 anos e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).


Costa Verde - COMO CHEGAR

Carro. Do Rio até Angra dos Reis, pela Rio-Santos (BR-101), são cerca de 150km. Até Paraty, 243km.

Ônibus. Pela Costa Verde (costaverdetransportes.com.br), a tarifa custa R$ 55,40, até Angra, e R$ 79,20, até Paraty. A Reunidas (reunidaspaulista.com.br) e a Útil (util.com.br) ligam cidades de SP e Minas a Angra e Paraty.

ONDE COMER

PARATY

Academia de Cozinha & Outros Prazeres. Rua Dona Geralda 288. Valor das aulas sob consulta. Tel. (24) 3371-6025.

Alquimia dos Sabores. Estrada Paraty-Cunha Km 5, casa 5.alquimiadossabores2.blogspot.com.br/

Banana da Terra. Rua Dr. Samuel Costa 198facebook.com/restaurantebananadaterra

Café Pingado. R. Dr. Samuel Costa 11cafepingado.com

Casa do Fogo. Rua Com. José Luiz 404. casadofogo.com.br

Gastromar. Marina Porto Imperial, BR 101, km 578,5. gastromarparaty.com

Le Gite D’ Indaiatiba. Rodovia Rio-Santos km 562, Graúna.Tel. (24) 99999-9923

Tubarão Drink’s. Praia de Dentro, Ilha do Araújo. facebook.com/Restaurante-E-Pousada-Tubar%C3%A3o-Drinks-920855928021225/

Villa Verde. Estr. Paraty-Cunha Km 7, Ponte Branca. villaverdeparaty.com.br

Voilà Bistrot. Estrada Paraty-Cunha Km 4. pousadacaminhodoouro.com.br/site/home

ANGRA DOS REIS

Canto das Canoas. Praia do Vitorino, Ilha da Gipoia. cantodascanoas.com.br

Relicário. R. Nelson Bastos s/nº, Praia do Machado.facebook.com/restauranterelicario/

ONDE FICAR

PARATY

Le Gite D’Indaiatiba. Diárias a partir de R$ 200. Rod. Rio-Santos Km 562, Graúna. legitedindaiatiba.com.br

Estalagem Solar Real. Estrada Paraty-Cunha km 5, casa 5, Ponte Branca. Tel. (24) 3371-2077. Diárias a partir de R$ 250.

Pousada Literária. Diárias a partir de R$ 1.170. Rua do Comércio 362pousadaliteraria.com.br/pt-br

Pousada Tubarão. A partir de R$ 220. Ilha do Araújo. Tel. (24) 99818- 9476.

ANGRA DOS REIS

Angra Beach. Diárias a partir de R$ 300. Rua José Watanabe 111. angrabeach.com

EcoHostel Costa Verde. Entre R$ 70 (quarto coletivo) e R$ 180 (quarto de casal). Rua Theophilo Massad 440. Tel. (24)99875-2728.

Hotel Fasano. Diárias a partir de 1.364,50. Rodovia Gov. Mario Covas Km512, Praia do Frade. fasano.com.br/hoteis/fasano-angra-dos-reis

PASSEIOS

PARATY

Fazenda Bananal. Visita à agrofloresta, R$ 50 (1h); passeio completo de carro (2h), R$ 100; observação de pássaros, R$ 50. Estrada da Pedra Branca. http://www.fazendabananal.com.br/

Alambique Coqueiro. Visita gratuita, com degustação de cachaça. BR-101, Km 582.cachacacoqueiro.com.br

Cachaça Maria Izabel. A 8 kms do Centro de Paraty. No Corumbê. mariaizabel.com.br

Ilha do Araújo. Barqueiro Lauro: R$ 35 (por pessoa, ida e volta). Saídas: Praia Grande ou cais de Paraty. Passeio de 6 horas por ilhas e praias: R$ 600 (até 10 pessoas). Tel. (24) 99227-3765.

ANGRA DOS REIS

Ilha da Gipoia. Doce Angra: ida e volta a R$ 110, por pessoa. doceangraturismo.com
Fonte O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário