terça-feira, 6 de outubro de 2015

ESPECIAL : Febre das Selfies de comida

                      

Na página de comportamento do jornal laboratório dos alunos de comunicação da Faculdade Hélio Alonso, a tradicional Facha, situada em Botafogo, Zona Sul do Rio,  tem uma matéria interessante que nós do CeasaCompras.com e do Blog Qsacada (www.qsacada.blogspot.com.br), resolvemos destacar.  O título é interessante, que resulta numa pergunta diante dessa nova onda que invadiu o Facebook e o Instagram, com gente fotografando comida a torto e a direito: "É para comer com os olhos?". O material nos foi enviado pelo professor e coordenador do trabalha, Paulo Cesar Guimarães, o PC Guimarães, conhecido por todos na grande imprensa carioca.

Essas Selfies passaram a ser comuns, rompendo as barreiras, como falamos, do Face e do Instagram. Há dois anos a Apple, percebendo essa tendência, desenvolveu o aplicativo INSTAFOOD, que funciona especificamente com o propósito de compartilhar o que a pessoa come.

Para a jornalista Mariane Coutinho, publicar uma foto de comida serve como incentivo para conhecer novos restaurantes ou bares, bem como compartilhar experiências na cozinha: "Gosto de por fotos de comida nas redes dos meus amigos, isso me dá vontade de ir até o local e experimentar coisas novas. Quando sou eu que cozinho algo gostoso e bonito, também me dá vontade de compartilhar com eles; as postagens servem para dar mais água na boca ainda", explica.

E para termos uma ideia de toda essa onda nas redes sociais, a hashtag Instafood foi utilizada mais de 146  milhões de vezes, desde a criação do Instagram, em 2010.

Segundo a reportagem feita pelos alunos da Facha, hoje é comum, em qualquer restaurante, vermos pessoas tirando fotos do seu prato, antes de comer, para exibir nas redes.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Groupon, o brasileiro é o povo que mais gosta de postar fotos da própria comida. Pelo menos foi o que disseram 39% das pessoas entrevistadas em uma enquete; cerca de 9% a mais do que a média da América Latina. E um detalhe considerado importante: apesar da preferência brasileira pela comida japonesea (20%), alguns prezam mais pelo "conjunto da obra" do que pelo prato em si.

A publicitária Branca Muniz chega a ponto de dizer que, numa boa composição com a xícara de café, a ocasião merece uma foto. O programa humorístico "Zorra", da Rede Globo chegou a brincar com o tema e a mania das selfies de comida.

Rejeição ou não

No entanto, essa mania já estaria cansando por ter ultrapassado os limites. Mas tem que defenda essa mania, como a chef de cozinha Carla de Paula, que diz que ao publicar as fotos de comida em uma rede social, serve de incentivo à prática da culinária caseira. " Acho legal poder compartilhar os pratos com meus amigos, mostrar que podemos fazer comidas, aparentemente, complexas, em nossas casas. Sabemos que a comida gourmet está na moda e, por conta disso, o pessoal entra nessa onda", explica.

O psiquiatra Valerie Taylor, do Hospital Universitário da Mulher, em Toronto, Canadá, critica o vício de tirar fotos de comida, acreditando que esse ato é sintoma de transtorno alimentar. 

" A comida é o elemento-chave da interação social. O problema é quando o alimento se torno o ponto central", sentencia o especialista canadense.

Um aplicativo espanhol, aproveitando-se dessa onda, resolveu também tirar proveito disso: a Manos Unidas lançou o aplicativo Food Share Filter, onde parte da renda é revestida para ações contra a fome em todo o mundo. O slogam criado é simples e direto: " Se você vai compartilhar sua comida, compartilhe de verdade".

Fonte: Matéria adaptada da reportagem publicada no jornal da Facha, edição setembro-outubro de 2015.

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