sábado, 10 de outubro de 2015
Aérea americana cria horta e quer abastecer aeronaves
JetBlue instala pequena 'fazenda' em terminal do aeroporto JFK, em Nova York para ensinar público também. Tem batata, cebola, alho, rúcula, espinafre e beterraba entre outras.
A companhia aérea JetBlue Airways está tentando trazer um pouco do campo para a cidade com a abertura de uma "fazenda" no aeroporto internacional John F. Kennedy, em Nova York.
O espaço de 2.000 m2 –cerca de um quarto de um campo de futebol– ao lado do terminal 5 do aeroporto foi pensado para educar viajantes, mais do que alimentá-los de fato. Ainda que, eventualmente, a JetBlue intenda servir itens plantados ali nos restaurantes do terminal e até preparar chips servidos nos voos.
Um dia, se o aeroporto permitir, pode até haver animais, como abelhas e borboletas. O objetivo é tentar ensinar as pessoas sobre o cultivo de vegetais e melhorar a aparência no exterior do terminal.
"Sabemos que as pessoas gostam de áreas verdes –é o que elas têm em casa. Por que não colocá-las também no aeroporto, se é o que elas gostam e querem?", diz Sophia Leonora Mendelsohn, chefe de sustentabilidade da companhia aérea de Nova York. "Sua experiência de voo começa em solo".
Construir uma fazenda em um aeroporto não é simples: a JetBlube precisou de três anos para obter a aprovação do projeto.
Aeroportos têm grande preocupação com qualquer coisa que atraia animais selvagens, especialmente pássaros. Isso significa que não poderão ser cultivados tomates, milho, frutas vermelhas, sementes ou girassóis no jardim. (A empresa originalmente queria plantar trigo e usá-lo em uma cerveja, batizada de JetBlue JFK.)
Em vez disso, a JetBlue priorizou batatas, cebolinhas, manjericão, cenouras e outras plantas consideradas seguras.
A empresa espera cultivar 1.000 mudas de batata, para colher quase 500 quilos a cada quatro ou seis meses, além de outras 1.100 mudas de plantas como hortelã, rúcula, beterraba, alho, cebola e espinafre.
O projeto foi feito em parceria com a GrowNYC, grupo ambiental sem fins lucrativos que busca ajudar os bairros de Nova York.
Algumas das ervas e produtos serão usados pelos restaurantes no terminal da JetBlue, outros serão doados a bancos de alimentos locais.
Reciclados
Todas as mudas são cultivadas em caixotes plásticos de leite parafusados uns aos outros e presos a ganchos no chão. A estrutura foi desenhada para suportar ventos de até 260 km/h, outra exigência do operador do aeroporto, a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey.
Nos primeiros meses, a fazenda ficará fechada ao público. Na primavera [do hemisfério norte], após a aprovação de vários órgãos, a JetBlue espera iniciar programas educacionais para estudantes. No futuro, a empresa prevê permitir a seus viajantes que visitem o local antes dos voos.
Um dos patrocinadores do projeto é a Hain Celestial, que produz os salgadinhos Terra Chips, servidos nos voos da JetBlue desde o lançamento da companhia, em fevereiro de 2000 –no ano passado, mais de 5,7 milhões de pacotinhos de 300 gramas foram distribuídos.
Jared Simon, diretor sênior de marketing da Hain Celestial, diz que o projeto já tem mudas de um tipo de batata azul –o Adirondack– que eventualmente poderá ser usada nos chips servidos a bordo –desde que a safra atenda aos padrões de amido, açúcar e umidade.
São necessárias de uma a três batatas para cada saquinho de Terra Chips. Não há maneira de a diminuta fazenda do aeroporto fornecer um número de batatas suficiente. Com sorte, talvez renda algo para menos de 1% da demanda.
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