quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Palácio Laranjeiras tem móveis iguais aos de Versalhes e da Casa Branca

TURISMO NO RIO


Paixão da família Guinle pela dinastia francesa garantiu mobiliários do século XVIII. Piano, decorado por mestre francês, foi tocado por Nat King Cole e Louis Armstrong.

 A paixão do empresário Eduardo Guinle pela história da dinastia francesa garantiu que o Palácio Laranjeiras tenha em seu acervo uma relíquia do século XVIII: o Bureau du Roi. Trata-se de uma réplica perfeita da escrivaninha que pertenceu ao rei Luís XV e encontra-se no Palácio de Versalhes, em Paris.

Localizada na Biblioteca, a peça de madeira marchetada, com adornos em bronze e duas gavetas escamoteadas é um dos itens mais importantes do mobiliário do palacete, que passa por obras de restauro, patrocinadas com recursos da Petrobras e outras empresas.
 
Piano Steinway 

Outra preciosidade do mobiliário está na pequena sala de música do Palácio Laranjeiras, o piano Steinway, decorado pelo mestre francês Aristide Cavaillé-Coll. A sala em estilo rococó, com adornos musicais dourados pintados nas paredes, é uma reprodução do Petit Cabinet do Palácio de Versalhes, que era usado pela princesa Adelaide, filha do rei Luís XV.

A patente do piano é de 1874 e acredita-se que ele tenha sido fabricado entre 1908 e 1911, nos Estados Unidos. O piano seguiu para a França, onde foi feita a nova caixa decorada, inspirada no cravo que pertenceu à rainha Maria Antonieta, esposa de Luís XVI, e encomendada por Eduardo Guinle para combinar com o teto da sala de música. Os pés talhados em dourado também harmonizam com os adornos nas paredes.

De acordo com a diretora de Conservação e Restauro da Casa Civil, Simone Algebaile, não há notícias de outros pianos decorados no Brasil.

– Nat King Cole e Louis Armstrong chegaram a tocar neste piano, quando foram recebidos pelo presidente Juscelino Kubitschek. Hoje, existem apenas 100 unidades desse modelo de piano da Steinway e sabemos que uma delas está na Casa Branca – contou Simone.

Além da Petrobras, outras 12 empresas custearam as obras de restauro do Palácio Laranjeiras: Ambev, Bradesco, Bradesco Seguros, Cedae, CSN Energia, Gás Natural Fenosa/CEG Rio, Eletrobras Furnas, Light, MRS Logística, Instituto CCR, EDF Norte Fluminense e Vale.

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