O presidente Bolsonaro, governador Witzel e o prefeito Crivella assinaram termo para criação de autódromo em Deodoro, bairro perigoso da Zona Norte do Rio. Presidente disse que Fórmula 1 de 2020 será no Rio e local terá capacidade para 130 mil espectadores. No entanto, não leva em conta o transporte dos equipamentos por uma via, a Av. Brasil, onde caminhoneiros são assaltados, mortos, e caminhões roubados. Sem contar que toda a região é dominada pelo tráfico de drogas e cercado por mais de 20 favelas. O presidente disse que “se o Exército não estivesse naquela área com certeza já teria sido invadida e depredada”. E ignoram projeto que apontava uma área ao lado do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, como sendo o lugar ideal e com infraestrutura segura. São Paulo avisa que vai brigar pela permanência da competição em Interlagos.
Caminhoneiro assassinado na Av. Brasil /CEASA-RJ
Infelizmente, o termo de cooperação para construção do novo autódromo do Rio, em Deodoro, Zona Oeste, foi assinado nesta quarta-feira (8/5) pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, o governador, Wilson Witzel, e o prefeito Marcelo Crivella. A capacidade da estrutura será de 130 mil pessoas.
A assinatura, foi feita após a comemoração ao Dia da Vitória da FEB na Itália e Imposição da Medalha da Vitória, reconhecimento à atuação brasileira durante a Segunda Guerra Mundial, no Monumento aos Pracinhas, na Zona Sul do Rio.
Arrastão na Av.Brasil /Guadalupe-RJ
O presidente da República disse que a direção da Fórmula 1 resolveu transferir o GP para o Rio após a eleição de 2018. Ele disse que o evento será transferido de Interlagos para a cidade em 2020. Bolsonaro ressaltou que a criação do autódromo vai gerar empregos.
"Acabamos de assinar um termo com o prefeito e o governador para construir o autódromo na região do Camboatá, em Deodoro. O autódromo será construído em seis ou sete meses após o início das obras. Serão milhares de empregos. No setor hoteleiro, mais ainda. Serão sete mil empregos indiretos que permanecerão para sempre", disse.
Bolsonaro acrescentou que a obra não será custeada com recursos públicos.
Perguntado sobre o local do autódromo ser uma possível área remanescente da Mata Atlântica, ou seja de proteção ambiental, o governador Wilson Witzel respondeu que a atribuição da investigação seria da Câmara dos Vereadores e segundo ele, não há restrição. “Pode haver construções e será melhor para o meio ambiente. Terão mais pessoas cuidando”, disse.
O presidente disse que “se o Exército não estivesse naquela área com certeza já teria sido invadida e depredada”.
A promessa de um novo autódromo em Deodoro, em terreno cedido pelo Exército, veio com a demolição, em 2012, do Autódromo de Jacarepaguá, para dar lugar ao Parque Olímpico do Jogos de 2016. A última Fórmula 1 realizada no Rio foi em 1989. Ao todo foram dez GPs na cidade, todas no antigo autódromo. Desde 1990, a etapa é realizada em Interlagos, São Paulo.
Como o terreno cedido pelo Exército em Deodoro foi utilizado por 60 anos como depósito de munições e explosivos, ele precisou passar por uma ampla limpeza. Foram 250 militares implicados no trabalho que retirou cerca de 4 mil granadas enterradas.
O projeto do novo autódromo é do escritório do arquiteto alemão Hermann Tilke, responsável por desenhos de pistas, como, as de China, Cingapura, Abu Dabi, Rússia e Bahrein.
F1 em Interlagos/SP
Nada decidido
O governador paulista João Dória e o prefeito da capital Bruno Covas reagiram ao anúncio feito pelo presidente da República Jair Bolsonaro, de transferir de Interlagos a Fórmula 1. Segundo eles, o contrato da competição só termina em 2020 com os patrocinadores, e que as negociações para renovação já estão em andamento. Eles afirmam que a mudança seria dispendiosa e que Interlagos é considerado o quinto melhor circuito do mundo.
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