Ela faz sucesso em pizzaria 'especialista em exagero'. Motoboys precisam usar bolsas especiais para levar as pizzas, que chegam a sete quilos; o maior tamanho é vendido a quase R$ 200.
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Os italianos podem até terem criado a pizza, mas é a criatividade dos brasileiros que a reinventa. Uma pizzaria na Zona Norte de Sorocaba (SP) se especializou no "exagero" e há três meses faz sucesso com um cardápio variado, que inclui pizzas de até 64 pedaços, em 1,30 m de massa.
A aposta nos pratos inusitados é do casal Vanessa Macedo, de 26 anos, e Everton Luiz de Jesus, também de 26, pizzaiolo desde os 14 anos. Os principais modelos feitos pelos empresários são a Bitrem, de 64 pedaços, Trem, de 32, e Baby – única redonda – com 44.
Os donos apresentaram ao G1 a cozinha que precisou ser adaptada para o preparo das pizzas. O investimento na fabricação dos "exageros" foi de aproximadamente R$ 40 mil em equipamentos personalizados.
“Quando fomos comprar o forno teve que ser o maior. Mas também tivemos que pegar uma mesa de trabalho diferenciada e principalmente as caixas da pizza e dos motoboys.”
Vanessa conta que ela e o marido foram até São Paulo fazer curso com um chef para aprender a confeccionar as pizzas em tamanhos não convencionais. “No começo, ele teve um pouco de receio de ensinar, mas depois viu que éramos de longe e passou à frente a arte”, conta a proprietária.
A primeira pizza vendida foi a Trem. O sucesso foi tanto que a pizzaria Bella Rosa chegou a lucrar com mais de 50 pedidos da receita em um só dia.
“As pessoas começaram a comprar para festas e reuniões em família com muita gente. Apareceu também grupo de amigos, mas uma pessoa sozinha não consegue pegar sozinho”, brinca Vanessa.
'Vai fazer carreto?'
Depois de sair do forno, a entrega da pizza é praticamente uma atração pelas ruas de Sorocaba. Segundo o motoboy David Souza, 32, é comum ser parado nos semáforos e fotografado com a caixa de mais de um metro de extensão nas costas.
“As pessoas perguntam o que tem dentro, pedem para tirar selfie. Uma pessoa já me parou e perguntou se eu estava entregando pizza ou fazendo carreto”, conta o motoboy, que redobra a atenção no trânsito quando está equipado.
David explica que, mesmo pilotando a moto, tem que se lembrar de não circular pelo corredor entre os carros. “Em uma dessas eu fico e a moto vai”, brinca.
No entanto, para a força-tarefa de entrega ser finalizada com sucesso, são necessárias mais duas pessoas para pegar as pizzas, além do motoboy.
“São bem pesadas e tudo pode chegar até sete quilos. Sozinho não dá para entregar, no momento do pedido nós já avisamos: ‘tem que ter mais alguém para pegar aí’”, explica David.
Após a repercussão nas ruas e também nas redes sociais da pizzaria, o cardápio deve aumentar. Os planos da proprietária é, nos próximos meses, começar a produzir uma opção ainda maior, mas os detalhes ficaram em sigilo.
“Vamos esperar a cidade se acostumar com as que já temos e depois terá a surpresa. O que podemos falar é que até a massa irá mudar, pois o cliente poderá escolher a cor dela”, revela.
G1
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