sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

ESPECIAL FÉRIAS: Lençóis Maranhenses, Brasil; Paris, Amazônia, Islândia, Israel, Los Angeles, Melbourne,

A primeira vantagem dos Lençóis Maranhenses, como diz a jornalista Camila Anauate, é que é uma viagem em reais – apesar de não tão barata assim. Outro ponto positivo: mesmo na baixa, dá para aproveitar sua imensidão de areia entrecortada por água, ainda que por menos água. Mas o que faz de Lençóis um destino certo para 2018 são, antes de tudo, as melhorias em seu acesso. 

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A MA-315, rodovia estadual que liga Paulino Neves à Barreirinhas, principal ponto de hospedagem para quem visita o destino, foi asfaltada este ano. Isso significa que o trajeto de 3h30 passa a ser realizado em 1h30, o que facilita a vida de quem quer fazer também a Rota das Emoções, que passa por Lençóis, Delta do Parnaíba e Jericoacoara (e, de lá para cá, os novos voos diretos para Jeri também facilitam a chegada aos Lençóis). Ainda em 2018, segundo a Secretaria Estadual de Turismo, as obras no aeroporto de Barreirinhas, que hoje é restrito a voos não regulares e privados, deverão ser entregues, para aí, quem sabe, poder receber voos comerciais. Torçamos.
    
A alta temporada compreende os meses de junho e setembro, quando as lagoas estão cheias e chove menos. A partir de outubro, elas começam a secar, apesar de uma ou outra permanecer com água. Em maio e abril chove mais, mas continua fazendo bastante calor e os preços podem ser mais camaradas.

O que ver ?
     
O principal objetivo, claro, é visitar o Parque Nacional dos Lençóis, que possui cinco circuitos diferentes – três deles partindo de Barreirinhas, um de Santo Amaro e um de Atins. O acesso de carro é limitado até pontos determinados, então vá preparado para subir e descer bancos de areia infinitos e lindos. Além das lagoas, dá para andar de quadriciclo pelas dunas e natureza ao redor (a aventura é garantida) e abusar do Rio Preguiças de lancha, bóia cross ou stand up paddle. A jurada Bruna Tiussu ainda lembra do trekking: “o de quatro dias pelos Lençóis começou a aparecer nas listas de melhores travessias do Brasil, atraindo mochileiros para uma experiência mais roots no lugar”

Como chegar ?
 
De São Paulo a São Luís, capital maranhense, as opções são Gol, Latam e Azul. Chegando lá, há transfers diários até o local da hospedagem, entre eles Barreirinhas.
        
Uma semana é o ideal para curtir a região. Se for na época de chuvas, tenha flexibilidade para trocar os dias dos passeios. E tome vacina contra febre amarela (ao menos 10 dias antes da viagem)
  
Paris

Explicar o porquê de Paris aparecer entre os melhores destinos para 2018 é difícil ao mesmo tempo que fácil. Difícil porque é um daqueles lugares que não saem nunca das nossas listas de viagem, mesmo que você já tenha ido infinitas vezes. Fácil porque, apesar disso, há sempre algo novo para se descobrir – e se encantar. 

Eleita sede dos Jogos Olímpicos de 2024 este ano e nova casa do craque Neymar, agora estrela do Paris Saint-Germain, a Cidade das Luzes atrairá ainda mais os olhos do mundo, e dos brasileiros em especial, nos próximos anos. Duvida? Renata Franco, CEO da Stella Barros, afirma que já há muita procura para assistir ao PSG durante a viagem.
        
Quando ir ?
        
Paris é destino para o ano todo, com a diferença que ir no verão é quase que totalmente diferente de ir no inverno. Durante os meses de calor, entre maio e agosto, os museus ficam abertos até mais tarde e é uma delícia curtir o pôr do sol nos parques e praças. Entre junho e julho, com a Copa do Mundo, pode ser interessante estar por lá e participar da festa francesa. No inverno, porém, tem neve e os valores das diárias são um pouco mais baixos.

O que ver ?

Entre a infinidade de museus, destaque para o D’Orsay, que funciona dentro de uma antiga estação de trem, o Pompidou, de arte contemporânea e localizado num bairro cheio de barzinhos que são ótimos para esticar o passeio e, claro, o Museu do Louvre, que merece mais de um dia para ser apreciado com calma. Caminhar pela cidade é a melhor forma de descobrir lugares legais, inclusive para comer, entre eles a Mouffetard, uma antiga rua de mercado, e a região do Marais, com casas de falafel ótimas. 

E lembre-se: você está na capital dos cafés, tem sempre um a cada esquina. Se for no verão, invista num pôr do sol em frente ao Rio Sena e à Torre Eiffel - com tempo e dinheiro, invista também na subida até seu topo. Já no inverno, uma pequena pista de patinação no gelo é montada no primeiro piso da torre. O blog Conexão Paris tem ótimas dicas. Para os amantes de parques temáticos, o deslocamento de carro do centro até a Disneyland dura cerca de 40 minutos.

Como chegar ?
        
Air France e Latam oferecem voos diretos para a capital francesa, mas há opções pela TAP, Ethiopian e Swiss, por exemplo, com paradas. E, pela KLM, há conexão em Paris com direito a stopover grátis.
        
Desde a dézonage do passe Navigo Découverte – que agora inclui viagens à Disneyland Paris, a Versalhes e ao aeroporto Charles-de-Gaulle – fazer turismo na cidade ficou menos caro. E numa emergência, o visitante agora pode contar com o Uber: não sai barato, mas pelo menos aparece quando você chama. Os táxis continuam raros e caros.
  
 Amazônia, Brasil
   
A Amazônia vem sendo deixada de lado pelos brasileiros por causa da fama de destino caro, o que costumava mesmo ser verdade. Mas, com a crise econômica dos últimos anos, que derrubou o valor do real em relação ao dólar, e uma safra de hotéis de selva e urbanos que conseguiram baratear um pouco seus pacotes, a maior floresta do planeta volta a frequentar a lista de sonhos dos turistas – sete jurados a elegeram um destino perfeito para se visitar em 2018.
    
Quando ir ?
       
Tem Amazônia para gostos variados, o ano todo. Tudo depende do tipo de viagem que você quer fazer. Para praias de rio no verde Tapajós – ou seja, Santarém e Alter do Chão – vá na seca, de julho a outubro. Também é nessa época que faz mais calor. A cheia, de janeiro a julho, é melhor para navegar pelas áreas de vegetação inundada, os igapós, e como chove quase todos os dias, tem clima mais fresco.
        
O que ver ? 
     
A imensa Amazônia é destino para muitas viagens. Belém, capital do Pará, atualmente é um dos principais destinos gastronômicos do Brasil – não perca o Mercado Ver-o-Peso. De lá saem catamarãs e balsas para a Ilha de Marajó. Manaus, capital do Estado do Amazonas, está na confluência de dois rios. O Negro é onde fica a maioria dos hotéis de selva, como o famoso Anavilhanas Jungle Lodge e o mais em conta, mas também gostoso, Manati Lodge. 

O Rio Solimões é a “estrada” por onde navega o barco regional M. Monteiro, que leva carga, moradores em redes e, desde o começo deste ano, turistas em cabines com banheiro privativo. O navio Iberostar Grand Amazon faz cruzeiros de 3 e 4 noites por ambos os rios, a partir de Manaus.

Como chegar ?
       
As quatro empresas aéreas que operam voos domésticos no Brasil têm voos a Manaus e Belém. Também é possível voar a Santarém. Vai ser o lugar do turismo consciente, ecológico e político. Um jeito de salvar a Amazônia vai ser ocupando-a de turistas.
 
Islândia

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Disse um professor de história certa vez que, na Islândia, um dos países com menor população do planeta (pouco mais de 300 mil habitantes), basta um megafone para dar um comunicado oficial. A brincadeira com o país insular do norte não deixa de fazer sentido. Mas fato é que em 2017 a Islândia cresceu. Não em tamanho ou população, mas como destino cobiçado pelo mundo. Antes de mais nada porque não há quem não fique boquiaberto com “as centenas de fotos da aurora boreal espalhadas pelas redes sociais”, como lembra o jurado Gilberto Amendola. 

A Islândia é um destinos mais exóticos do mundo, com paisagens que a série Game of Thrones ajudou a divulgar aos quatro cantos. E se conhecer o diferente é um bom motivo para ir a algum lugar, aquilo que nos aproxima também é. Pois em 2018 os islandeses estarão certamente em êxtase ao verem sua seleção de futebol participar pela primeira vez de uma Copa do Mundo. “Daqueles lugares que você não passa cinco minutos sem soltar um ‘wow’”, garante a jurada Camila Anauate, que ainda completa: “até o mau humor dos islandeses conquista”.
        
Quando ir ?
     
A escolha da época depende do que se quer ver e fazer por lá. No verão, entre junho e agosto – época da Copa, portanto –, as temperaturas são mais amenas e dá para explorar os lugares até bem tarde e por estradas acessíveis. Mas a chance de ver aurora boreal, por outro lado, é exclusividade do inverno, época de tarifas mais baratas também. Apesar disso, é a estação mais instável, com poucas horas de luz solar por dia (em dezembro principalmente) e com locais e estradas fechadas muitas vezes.
        
O que ver ?
       
A “Terra do Gelo” e também “Terra do Fogo” não esconde sua vocação para destino de aventura. São cenários de ponta a ponta que incluem, além da caça às auroras boreais, icebergs monumentais como os do Laguna dos Icebergs, no sul; fiordes; inúmeras cachoeiras imponentes como a Skógafoss; lagoas; praias de pedra preta; e as áreas de velhos vulcões. Contrastando com a paisagem pitoresca de vilarejos na base das montanhas, há vida mais agitada na capital Reykjavik, repleta de bares, restaurantes, museus e galerias de arte.
        
Como chegar ?
       
De São Paulo até a capital islandesa Reykjavik há voos com uma ou duas paradas. Com uma, o trajeto dura em média 28 horas e pode ser feito com a KLM, Air France e Air Canada. Na ilha, vale a pena alugar um carro para explorá-la.
        
Dica: lá tem queijos maravilhosos e o super-na-moda iogurte skyr, inventado lá mesmo, que acaba de chegar ao Brasil. Reykjavik, a capital, é a hipsterlândia, lotada de grafites, galerias de arte, cafés e restaurantes vintage.
   
Israel
   
À beira de completar 70 anos de sua criação por uma resolução da ONU – em maio de 2018 –, Israel está imerso em mais uma polêmica. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na semana passada que reconhece Jerusalém como capital do país, enquanto a ONU e a maior parte do mundo apoia que a cidade seja compartilhada por Israel e a Palestina num futuro acordo de paz.

Polêmicas à parte, espere ouvir falar cada vez mais de Israel como destino turístico. O país retomou as ações de divulgação no Brasil e intensificou também a promoção nos maiores mercados, Estados Unidos e Europa – a tendência é que o boca a boca aumente. O turismo de fé, claro, seguirá como carro-chefe, mas a antenada Tel-Aviv tem tudo para surpreender e conquistar fãs de todas as nacionalidades.
   
Quando ir ?
       
O clima é apenas um dos aspectos a serem considerados – primavera (abril a maio) e outono (outubro a novembro) têm as temperaturas amenas; o verão (julho a setembro) é quentíssimo. Considere também as várias épocas de peregrinações religiosas, quando hotéis e pontos turísticos lotam e os preços sobem. As principais são ano-novo judaico e Yom Kippur (setembro), Pessach (março ou abril), Natal e Páscoa.
        
O que ver ?
       
 Jerusalém, claro, por seu valor religioso e histórico. Tel-Aviv, para pegar praia e lufadas de ar fresco, no sentido figurado (estamos falando da vibe criativa, diversa e acolhedora da cidade). O Mar Morto, para relaxar nos resorts e flutuar nas águas supersalgadas. Haifa, para o passeio ao Monte Carmelo.
        
Como chegar ?
        
Voe a Tel-Aviv via Europa, Etiópia, Turquia ou Dubai. Não há voos diretos.
        
DICA: Depois de uma visita a Tel-Aviv todo mundo passa a ter uma nova definição de lugar cosmopolita. As pessoas são simpáticas, enérgicas e com uma contagiante alegria de viver. Outra importante qualidade para um viajante são os ótimos ônibus interligando as cidades do país.
  
Los Angeles, EUA
   
Para quem vai pela primeira vez a Los Angeles, é difícil resistir aos seus ícones: Calçada da Fama, fotos com atores desempregados fantasiados de super-heróis em frente ao Teatro Chinês, tour pelas mansões das celebridades, foto com o letreiro de Hollywood ao fundo. Divertido, sem dúvida, mas a cidade é muito mais que isso. Acredite se quiser: LA se transformou em símbolo de cidade moderna e descolada. O centro financeiro, Downtown, está cada vez mais atraente, com points como o renovado Grand Central Market, com uma variedade de sabores para serem provados e estandes de comida de qualidade, com bons preços.
        
Quando ir ?
       
Em qualquer época do ano você terá o que ver. O verão, entre junho e agosto, é quente e seco – nessa época, coloque praias próximas, como Santa Monica, Venice e Malibu no seu roteiro. O inverno é moderado, mas à noite vale se agasalhar um pouco mais.
        
O que ver ?
        
O The Broad, em Downtown LA, é o queridinho do momento. O museu de arte contemporânea encanta pela riqueza de suas obras, que convidam a selfies infinitas. A entrada é grátis, mas é preciso reservar os tíquetes com antecedência ou pegar fila na porta para ingressos remanescentes. No Arts District se reproduzem food trucks e cervejarias artesanais, além de lojinhas descoladas.

Como chegar ? 
     
Há voos diretos de São Paulo com a American Airlines. Na cidade, o trânsito é quase uma atração turística – o metrô foi recentemente ampliado até Santa Monica, mas o transporte público está longe de ser eficiente. Para ter total mobilidade, alugue um carro, mas dá para se virar bem mesclando transporte público e aplicativos como Uber.
       
DICA: Downtown Los Angeles foi totalmente reconfigurada nos últimos cinco anos e já vale a viagem. E Silverlake, o bairro hipster, quebra a imagem “mauricinha” que temos da cidade.
 
Melbourne, Austrália
  
É em Melbourne que se reúne a grande cena gastronômica australiana, seus principais restaurantes e chefs de cozinha. A cidade também é porta de entrada de uma das mais belas paisagens do país, a formação rochosa Doze Apóstolos. Com o recém-inaugurado voo da Latam São Paulo – Santiago – Melbourne, ficou mais fácil desembarcar direto nessa cidade moderna e antenada do sul da Austrália.
        
Quando ir ?
       
Melbourne tem um clima bastante similar ao de São Paulo, com um inverno ligeiramente mais frio. Teoricamente, as estações são bem marcadas, mas os humores do clima podem surpreender, com dias frios no auge do verão e um calorzinho inesperado em meio ao inverno. Vá prevenido. Como Melbourne está bem próxima à região vinícola do Estado de Victoria, ir no verão significa se deparar com parreirais carregados e comer nos restaurantes das vinícolas, que fazem um menu especial no período.

O que ver ?
        
A cidade é moderna, cheia de restaurantes interessantes e grafites espalhados, principalmente pelo centro. O Queen Victoria Market, o mercado central, é ótimo para petiscar e ter uma ideia da grande variedade de frutos do mar oferecidos por ali. Nos dias de sol, é uma delícia se refestelar às margens do Rio Yarra – pegue uma bicicleta de compartilhamento e saia pedalando. Não deixe de alugar um carro e percorrer a Great Ocean Road, estrada panorâmica de 243 quilômetros pelo litoral. O ideal é fazer o passeio com tempo, parando nas lindas praias no caminho, até chegar ao mirante dos Doze Apóstolos.
 
Como chegar ?
       
Não há voos diretos do Brasil, mas o novo voo da Latam, inaugurado em outubro, ajuda bastante, já que há apenas uma conexão, em Santiago. As saídas ocorrem três vezes por semana. Entre Santiago e Melbourne, são 15 horas de voo ininterruptas. Mas se preferir explorar outras partes da Austrália, é possível viajar do Brasil a Sydney (com conexão em Buenos Aires ou Santiago) e depois seguir para Melbourne, a 1h30 de voo.

DICA: A cidade é mais cool e low profile que Sydney, menos cara, com arte e cultura em toda parte e um transporte público excelente e de funcionamento fácil para o turista entender.

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