Poucos países são tão plurais quanto o México, principalmente quando o assunto é turismo. Por isso, mesmo com os recentes terremotos que atingiram o país, muitos dos jurados o elegeram entre os dez melhores destinos para 2018. Quanto a isso, aliás, o Conselho de Promoção Turística do país afirma que todos os destinos afetados já estão abertos à visitação.
Os motivos para ir são vários, portanto: é referência para quem quer ver arte, explorar sítios arqueológicos e a história de suas construções, contemplar um mar verde-água, ser paparicado em resorts (alguns com pegada mais erótica, inclusive) ou desbravar cada cantinho sem gastar muito. Apesar de popular entre os brasileiros por causa da Riviera Maya, em Cancún, o México vai muito além e oferece roteiros que valem a pena. Puebla e Cidade do México, sua capital, são alguns deles.
Quando ir ?
Com clima ameno, a Cidade do México pode ser visitada o ano todo, apesar de a chuva ser mais constante entre junho e setembro. Já para Cancún, o ideal é ir de fevereiro a maio e entre dezembro e janeiro, fora da temporada de furacões – não ocorrem sempre, mas podem atingir a região entre agosto e novembro.
O que ver?
Para quem quer explorar seu lado cultural e histórico, a Cidade do México mescla a cultura asteca com o legado do domínio espanhol. Visite as ruínas do Templo Mayor e a Catedral Metropolitana, os painéis de Diego Rivera no Palácio Nacional e de Belas Artes, as casas de Frida Kahlo e León Trotsky no arborizado Coyoacán e o Bosque Chapultepec. A cerca de 50 quilômetros dali ficam as famosas pirâmides de Teotihuacán. Em Cancún, além de se esbaldar no mar, invista nos cenotes de águas cristalinas.
Como chegar ?
São 9h30 de voo direto para a Cidade do México, operado pela Latam e pela Aeromexico (Avianca, Delta e American também fazem a viagem, com conexão). Todas elas também voam para Cancún, mas com paradas – são, no mínimo, 12 horas. Mas é possível, se quiser combinar roteiros, utilizar voos low cost gastando bem menos.
DICA : Quem realmente quiser conhecer a cultura mexicana tem de dar uma fugida de Cancun e Riviera Maya e se aventurar pelo interior do país. É mais barato e mais autêntico do que você imagina. Quer sugestão do que você não pode perder? Puebla, San Cristobal de las Casas e Oaxaca.
Noruega
A natureza foi generosa com a Noruega. Embora esteja na mesma latitude da Groenlândia, as correntes marítimas fizeram do país um local cheio de vida, na terra e na água – de onde sai uma variedade de pescados, como o bacalhau. Oslo, a capital, é compacta, com ótimos museus e fácil de ser visitada em um fim de semana. O transporte público é eficiente e seguro, e caminhar pelas ruas do centro é uma delícia.
Quando ir ?
Isso vai depender da sua preferência. No verão, de junho a setembro, os dias são longos, a paisagem fica repleta de verde e é a melhor época para visitar os fiordes. Ainda assim, leve roupa de frio, já que o clima é cheio de humores. O inverno é rigoroso, com noites longas e dias curtos, mas trás com ele a beleza da aurora boreal. Para vê-la, é preciso paciência e muitos dias extras de viagem. Afinal, em se tratando de um fenômeno natural, tudo é imprevisível.
O que ver ?
Bergen é uma cidade universitária, cercada por montanhas e à beira-mar. Alesund, toda em estilo art-nouveau, é uma das mais importantes para a indústria pesqueira. Já a pequenina Geiranger serve como porta de entrada para ver um dos principais fiordes do país, enquanto Tromso é a base para ver a aurora boreal.
Como chegar ?
Não há voos diretos do Brasil. Há várias maneiras de se locomover pelo país, de trem, ônibus ou avião. Mas, se for no verão, alugar um carro é boa ideia: as paisagens são lindas, e você vai querer parar o tempo todo para fotografar.
DICA: Embora seja considerado um dos países mais caros do mundo, o boom norueguês no turismo vem da sua natureza pontilhada por fiordes, lagunas, montanhas, e o máximo que é a aurora boreal. Quem é que não se liga nisso? Mas são as cidades do sul, formadas pelo triângulo Oslo, Bergen e Geiranger que darão as cartas.
Uruguai
Se no ano passado o Uruguai passou raspando entre os dez primeiros – ficou na lista, porém, dos 20 melhores —, em 2018 alcança a sétima posição no nosso ranking. Desde o governo do ex-presidente José Mujica, o país é expressão de políticas consideradas progressistas e tem adotado medidas interessantes para os vizinhos brasileiros. Entre elas, a isenção do pagamento do IVA (Imposto Sobre o Valor Acrescentado) em hotéis, restaurantes e compras, estendida até o ano que vem. Outro bom motivo: o aumento da oferta de voos tanto para a capital Montevidéu quanto para Punta del Este.
Quando ir ?
A proximidade com o Brasil faz do Uruguai destino até mesmo para um feriado prolongado — de avião são 2h40 direto. E o melhor: qualquer época do ano é uma boa. Lugares como Punta del Este, onde praia é principal atrativo, valem a pena no verão, claro, apesar de serem mais cheios e mais caros. Mas cidades como Montevidéu podem ser visitadas na chamada baixa temporada sem nenhum prejuízo – apenas com uma blusa de frio a mais na bagagem.
O que ver ?
Na capital, o clássico é imperdível: na Cidade Velha estão o Teatro Solís e o Mercado del Puerto, bom lugar para comer o típico churrasco gaúcho. Mais ao norte, o Estádio Centenário, inaugurado em 1930 e sede da Copa no mesmo ano, tem um curioso museu. Vale a pena ir até à histórica Colônia do Sacramento e a Punta del Este se você for fã de praia, baladas, cassinos e compras – em janeiro, de 6 a 9, rolará a feira internacional Este Arte. Em janeiro fique atento a Mercedes também, onde rolará o Jazz a la Calle entre os dias 13 e 21. Duas rotas alternativas: a região de Carmelo, chamada de “Toscana Uruguaia”, onde comer bem e beber vinhos é a pedida, e o Corredor dos Pássaros Pintados, com águas termais às margens do Rio Uruguai.
Como chegar ?
Latam, Gol, Azul, Avianca, Aerolíneas Argentinas e American Airlines: todas voam entre São Paulo e Montevidéu, sendo que as duas primeiras possuem voos diretos. Para se locomover dentro do país, dá para alugar carro ou utilizar o serviço de ônibus intermunicipal – alguns hotéis e hostels têm parceria com empresas para bate-voltas.
DICA: Há cada vez mais voos pra lá. A Azul, por exemplo, tem voos durante todo o verão para Punta del Este. Aí fica fácil!
Croácia
Dubrovnik, mas pode chamar de King’s Landing ou Porto Real. Por causa do hype em torno da série Game of Thrones, a cidade mais popular da Croácia passou o ano de 2017 estudando meios de limitar o número diário de visitantes – que, na esteira do sucesso da série da HBO, chegou a 10 mil pagantes de ingressos para caminhar sobre as muralhas históricas em um único dia. Fala-se em 8 mil turistas por dia, mas o prefeito atual, Mato Frankovic, assumiu o mandato há pouco e anunciou que pretende que esse número seja de, no máximo, 4 mil.
Medidas restritivas devem começar a valer em 2018. A nova – e última – temporada de Game of Thrones está em produção. E tudo isso junto deve aumentar o burburinho em torno do país que, hoje, é o destino de verão mais badalado da Europa. Seis dos nossos jurados concordam com essa afirmação.
Quando ir ?
Na primavera e no verão, definitivamente. É quando ocorrem os festivais culturais que se tornaram o principal produto turístico da Croácia. O indie INMusic ocorre em junho, em Zagreb; o Hideout, de música eletrônica, tem uma sequência de festas em praias e barcos na ilha de Pag; o Outlook destaca dub, hip hop, reggae e outros ritmos dançantes na cidade de Pula.
O que ver ?
Praias na Croácia nem sempre são de areia; há muita faixa à beira mar que é formada por pedrinhas ou grandes lajes rochosas. O que importa mesmo é a cor do mar. A ilha de Hvar é superbadalada, e as também lindas Vis, Korcula e Brac estão por perto. Hospede-se em Zadar e de lá faça também o passeio ao deslumbrante Parque Nacional Plitvice. Split se destaca pela cidade antiga, como Dubrovnik.
Como chegar ?
Não há voos diretos do Brasil à Croácia. Qualquer companhia aérea que voe daqui à Europa opera trechos complementares a Zagreb; algumas levam também a Dubrovnik e Split.
Paraty, Brasil
Espremida entre a escarpa vertical e majestosa da Serra do Mar e o oceano, a Rio-Santos é a viagem de carro mais bonita do Brasil. E, bem no meio da rota, Paraty é a mais charmosa das cidades litorâneas. O casario colonial do centro histórico, restaurado pouco a pouco a partir dos anos 2000, agora se tornou ponto de chegada de outro passeio cênico que desce a serra pelo meio da Mata Atlântica: a estrada Cunha-Paraty foi reaberta ao turismo no meio de 2016 (atenção: só funciona das 7 às 17 horas). Outra novidade é a reinauguração, programada para o primeiro semestre de 2018, do antigo Cinema de Paraty, do começo do século 20.
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