terça-feira, 28 de junho de 2016

Cacau branco raro vira chocolate gourmet no Peru

Uma barra de 56 gramas do chocolate feito com o fruto chega a custar mais de R$ 20. O raro grão Nacional, da família Forasteiro, era amplamente cultivado no Equador.

              
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Uma variedade rara de cacau, desaparecida há mais de 140 anos na América do Sul, foi redescoberta no Peru. Até o início do século XX, o grão Nacional, da família Forasteiro, era amplamente cultivado no Equador, na época um dos maiores produtores do fruto e onde hoje só são encontradas variedades misturadas deste tipo, segundo informações do jornal The New York Times.

               
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Os americanos Dan Pearson, chef de cozinha em Nova York (EUA) e Brian Horsely, chef de cozinha especializado em chocolates, em Lima (Peru) estavam trabalhando no norte do Peru, próximo ao rio Marañón, quando foram surpreendidos por um fruto de formato parecido com o de uma bola de futebol americano (mas, pequeno). Intrigados, eles enviaram amostras do achado para o Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e receberam a notícia de que tinham encontrado uma das mais raras e premiadas variedades de cacau do mundo.

“O material é puro  Nacional e é muito raro”, afirma dr. Lyndel Meinhardt, cientista do serviço de pesquisa. De acordo com Pearson, ele não sabia do que se tratava, mas começou a buscar todas as informações que podia para aprender sobre a descoberta. Com a ajuda de Franz Zeigler, um especialista em chocolates suíços, descobriu propriedades que agregam valor ao chocolate feito com os grãos deste cacau.

Segundo Zeigler, o chocolate feito apenas de Nacional é intenso, com aroma floral e tem baixa acidez, qualidades que tornam seu preço valorizado no mercado.

O dr. Meinhardt assegura que o fruto possui grãos de coloração mais branca o que garante uma polpa doce e encorpada. “Um chocolate feito 100% com grãos deste cacau é extremamente caro”, diz.

O fruto foi redescoberto a uma altitude de quase 4 mil metros e no lugar, agora, 186 agricultores estão cultivando o grão e transportando para uma cidade próxima onde é seco, fermentado e torrado, e em seguida, enviado para uma fábrica na Suíça, onde é processado.

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