Estudo mostra que as capitais brasileiras ficaram na 107ª a 108ª posições no ranking; Singapura, Hong Kong e Paris empataram na liderança. Buenos Aires e Istambul também ficaram mais baratas.
São Paulo e Rio de Janeiro estão entre as cidades que mais caíram no ranking dos lugares mais caros para se viver no mundo, mostrou o relatório 'Custo de Vida no Mundo' 2019.
As duas capitais brasileiras perderam 30 e 26 posições, respectivamente, em relação à última medição. São Paulo passou para o 107º lugar, enquanto o Rio, para o 108º, entre as 132 cidades pesquisadas.
O ranking, referente a 2018, foi elaborado pela Economist Intelligence Unit (EIU), instituição independente de pesquisa da revista britânica "The Economist".
A principal causa das variações no ranking ainda é a flutuação do câmbio. "No ano passado, vários mercados viram movimentos significantes em suas moedas, o que em muitos casos impactou os preços", aponta o relatório.
Cidades mais caras
Pela primeira vez na série histórica da pesquisa, três cidades empataram na liderança de cidades mais caras do mundo: Singapura, Hong Kong e Paris.
As 10 cidades mais custosas para se viver estão, em maior parte, divididas entre a Ásia e Europa. Singapura foi a única cidade que se manteve no topo desde o ano anterior.
As cidades suíças de Zurique e Genebra aparecem na quarta e quinta posição, respectivamente, entre as mais caras da lista.
Ranking de cidades por custo de vida:
Cidade Posição
Cingapura 1
Hong Kong 1
Paris 1
Zurique 4
Genebra 5
Osaka 5
Seul 7
Copenhagen 7
Nova York 7
Tel Aviv 10
Los Angeles 10
Sao Paulo 107
Rio de Janeiro 108
Fonte: Economist Intelligence Unit
Cidades mais baratas
À frente de Rio e São Paulo, a capital argentina (Buenos Aires) e turca (Istambul) aparecem como as cidades que mais perderam posições no ranking da Economist.
A crise nas moedas dos países das duas cidades levaram a essa desvalorização, junto de uma "combinação de fatores", diz o estudo, como desequilíbrios externos e instabilidade política nestes mercados.
"No ano passado, a inflação e desvalorizações foram fatores determinantes no custo de vida, com muitas cidades caindo do ranking devido a turbulências econômicas, fraqueza de moedas ou a queda de preços locais", diz o relatório, que cita o Brasil entre os lugares afetados.
A capital venezuelana, Caracas, aparece na última posição da lista, como a mais barata em termos de custo de vida. Segundo o relatório, isso não é surpreendente.
"Após uma inflação próxima de 1.000.000% no ano passado e o governo venezuelano lançar uma nova moeda, a situação continua a mudar quase diariamente. A nova moeda variou tanto de valor desde sua criação e obrigou as pessoas a usarem commodities, serviços de câmbio e até itens pessoais como roupas, peças de veículos e joias para adquirir produtos básicos", aponta o estudo.
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