A cada evento, os casarões históricos, as ruas fofinhas de pedras desreguladas (esqueça o salto alto), as eventuais poças d’água e os restaurantes diversificados ajudam a transformar Paraty para surpreender até quem já passou por lá. Circule as datas no calendário e aproveite.
O carnaval, que em 2019 será entre os dias 2 e 5 de março, já dá a primeira amostra. Entre os desfiles dos característicos bonecos gigantes de papel machê e as bandas que tocam marchinhas e outros hits, um grupo entoando “Uga, uga, rá, rá” chama atenção. É o Bloco da Lama. Os foliões se banham no mangue do Jabaquara para cobrir o corpo, adicionam adereços, como plantinhas, e performam pela cidade como os pré-históricos. Daí vem o hino do bloco.
O banho de lama vale pela farra, ou por acreditar que faz bem à pele
— É uma forma diferente, ecológica e barata de cair na folia — diz Ney Santos, um dos organizadores do movimento, que até já viu Nanda Costa farrear com eles.
Para quem é de reza, a festa do Divino Espírito Santo, em maio, e a de Nossa Senhora dos Remédios, padroeira da cidade, em agosto, são tradicionais por mesclarem missas com programas culturais e quermesses. E onde tem espaço para o axé e para cantos religiosos tem também para o jazz, o soul e o blues. No fim de maio, ou início de junho, músicas que ajudam a viajar no tempo, com o improviso característico desses gêneros, compõem o Bourbon Festival. Em setembro, é a vez do Mimo, que também conta com shows gratuitos em palcos e artistas se apresentando pelas esquinas.
O pico mesmo é na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), que costuma receber mais de 25 mil pessoas por edição. Há sempre um autor brasileiro homenageado e um time de escritores, jornalistas e artistas discutindo teatro, cinema e literatura, em diferentes espaços da cidade. A de 2019 já tem data marcada: será entre os dias 10 e 14 de julho.
Para agosto não viraro mês do desgosto e ter movimento em época de baixa temporada, os alambiqueiros da cidade criaram, em 1982, o Festival da Pinga. Cachaça lá é tradição.
— Com a canequinha de porcelana, o pessoal passa de estande por estande. Tem quem não saia sem beber todas — brinca Angelo Calegario, do alambique Coqueiro.
E como saco vazio não para em pé, aproveite que Paraty é reconhecida pela Unesco como “cidade criativa para a gastronomia” e coma bem. Já dá para conhecer pratos típicos, como a farofa de feijão, este mês. Do dia 30 de outubro ao dia 4 de novembro, ocorre a Folia Gastronômica. São aulas de culinária gratuitas e restaurante com pratos a preços especiais.
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