Vamos aproveitar e cair literalmente na estrada para participação das degustações promovidas nos melhores alambiques de Minas Gerais.
Terceira bebida destilada mais consumida no mundo, a cachaça arrebata fãs pelo Brasil afora. Em qualquer recanto do país, ela está sempre lá, ardente e convidativa. Mas é no estado de Minas Gerais que focamos a nossa homenagem à aguardente no Dia Nacional da Cachaça, a típica bebida destilada, feita do caldo da cana-de-açúcar.
Bebida mais popular no Brasil até o advento da cerveja, nos anos 1970, ela vem carregada de codinomes. Pode ser a branquinha, a amargosa, a quartinha, a caninha, a meiota. Abaixo, cinco cidades e o que elas oferecem de melhor no circuito mineiro para quem quer degustar a "marvada".
Papagaios (MG)
A melhor cachaça do mundo é mineira, mais precisamente de Papagaios, festejam e batem no peito os moradores da pequena cidade a 143 quilômetros de Belo Horizonte. A proeza é do Engenho Buriti, que recebeu o título por seus produtos em 2014, num concurso realizado em Bruxelas, na Bélgica. Além de visitar a fazenda para conhecer os processos de destilação, envelhecimento e blendagem da produção armazenada em tonéis de carvalho, a própria cidadezinha vale a oportunidade, pois conserva muito do jeitinho de interior.
Engenho Buriti de Minas
Fazenda Pontinha, SN - Zona Rural de Papagaios/MG
Telefone: (37) 3274 0438
Site: Engenho Buritis
Extrema (MG)
A 450 quilômetros de Belo Horizonte, com cerca de 30 mil habitantes, Extrema encanta os visitantes pela paisagem diversificada, pelas cachoeiras que banham os parque e boa gastronomia, e oferece, ainda, excelentes cachaças locais. Na cidade, alambiques e cachaçarias atraem mesmo quem não é apreciador da bebida. A visita aos estabelecimentos, geralmente localizados nas zonas rurais, é mais do que um passeio para degustação, mas uma oportunidade de mergulhar na história do lugar. Aproveite para provar cachaças com diferentes sabores e conhecer toneis e maquinário de produção.
Alambique J.J. Carvalho
Estrada Pedro Rosa da Silva ( Estrada do Salto) Km 8 | Salto do Meio, Extrema/MG
Telefone: (35) 9931 9705
Empyreo Destilaria
Estrada do SaltO, Km 7,5 - Extrema/MG
Telefone: (35) 98446-5604
Ouro Preto (MG)
A histórica Ouro Preto é reconhecida produtora de suas próprias cachaças. Mais urbana, é possível garimpar os melhores rótulos nos bares da cidade. A boa dica dos cachaceiros de plantão pela cidade é a Cachaçaria Milagre de Minas, que reúne mais de 100 rótulos, boa parte de fabricação local. Também dá para conhecer - e beber - as mais tradicionais de Minas Gerais.
Cachaçaria Milagre de Minas
Endereço: Praça Tiradentes, 130 - Centro HistóricoTraçar rota
Telefone: (31) 3551-5531
Betim (MG)
Em plena Região Metropolitana e a 33 quilômetros de Belo Horizonte, existe um oásis para os amantes da cachaça. Principal atração da cidade, o Vale Verde Alambique possui uma larga produção, boa parte dela exposta no Museu da Cachaça, que a casa mantém para contar a história da bebida. O acervio reúne mais de 2 mil garrafas.
Também chama a atençao o processo de produção, todo sustentável, o que o visitante pode conferir de perto. Para enriquecer a experiência, o parque oferece ainda viveiro de aves, um pequeno zoológico e atividades recreativas aos sábados e domingos.
Endereço: Rua Ary Barbosa da Silva, 950, 10 km - Vianópolis
Telefone: (31) 3079-9171
Site: Vale Verde Alambique
Salinas (MG)
Algumas das melhores cachaças do Brasil são produzidas em Salinas. Não à toa, a região é passagem obrigatória para bom conhecedor da 'marvada'. Encravada no Vale do Jequitinhonha, a 641 quilômetros de Belo Horizonte, 1.203 quilômetros de São Paulo e outros 1.070 quilômetros a partir do Rio, Salinas oferece a maior concentração de marcas de cachaça artesanal do país como atrativo principal: são mais de sessenta marcas e a produção é estimada em cerca de cinco milhões de litros a cada safra. Vêm de lá marcas famosas mundialmente, como Anísio Santiago (ex-Havana) e Salinas.
Para os bem dispostos, há mais de 80 alambiques da região, onde os velhos tonéis continuam a ser usados durante o processo de envelhecimento da bebida. O Museu da Cachaça, outra atração da cidade, reúne imagens e peças que contam a história da branquinha além de 1.700 rótulos espalhados por uma área de 13 mil metros quadrados. A entrada é gratuita.
Museu da Cachaça de Salinas
Avenida Antônio Carlos, 1.250
Telefone: 3841-4778
Horário de funcionamento: qua a dom, das 9h às 19h
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