terça-feira, 26 de novembro de 2019

O que fazer com o Pet? Animais mortos, machucados: triste realidade aa queima de fogos








     





Não são só os animais que sofrem pelo susto, idosos com idades avançadas e doentes, bebes, também são vítimas do descaso.

A festa logo após a conquista da Taça Libertadores pelo Flamengo, jogo que mobilizou quase todo o país, mostrou uma dura realidade para com os animais: a queima de fogos de artifício ensurdecedora matou animais e causou ferimentos sérios em outros. Um total desrespeito já que esse tipo de atitude é proibida em muitas cidades. Com a chegada de outro jogo importante, pela copa mundial de clubes, novamente deverá se repetir a bagunça. Sem contar a passagem de ano, com nova queima de fogos. O que fazer para proteger o seu pet?

A Polícia Rodoviária Federal do Espírito Santo divulgou que a cadela farejadora Lua morreu de parada cardíaca no sábado (16/11). O ataque se deu por causa dos fogos de artifício utilizados na comemoração da conquista da Libertadores pelo Flamengo diante do River Plate. Com 4 anos, a cachorra foi encontrada já sem vida pelos policiais. Em nota, a corporação lamenta e diz que ela "vai deixar saudades".

Em algumas casas o desesperos dos animais foi tanta que alguns chegaram a raspar as portas, abrindo buracos na madeira. Outros tiveram der ser socorridos, pois se machucaram tentando escapar de tanta barulheira.  Cachorros, gatos e animais silvestres sofrem muito.

Preocupação com animais silvestres

De acordo com o veterinário Antônio Micai, além de cães e gatos, há de se ter, também, a preocupação com animais silvestres, por terem uma audição sensível a barulhos. “É de conhecimento de todos que os animais sofrem bastante por conta dessas explosões, bem como o brilho desses fogos. Os ruídos e  estouros, causam pânico. Imaginem esses animais, na mata, à noite, querendo fugir. Há casos de animais com problemas neurológicos ou cardíacos e o estresse pode causar vômito, falta de ar, convulsões e arritmia cardíaca. Além dos animais, também tem crianças pequenas, bebês, idosos, que sofrem bastante com esse som ensurdecedor. É importante deixar livre o acesso em casa, apartamento, locais em que o animal possa se esconder. Tentar abafar o som com cobertores, portas e janelas também funciona e, se possível, nunca deixar o animal de estimação sozinho”, sugere o veterinário.
   
Veja o passo a passo para minorar o sofrimento dos bichinhos

Priscila Brabec, médica veterinária e gerente de produtos da unidade de pets da Ceva Saúde Animal, preparou três dicas que ajudam a melhorar o bem-estar dos cães durante a queima de fogos:

1 - Não deixe o animal sozinho: é indicado que o tutor deixe o cão em quarto preparado e aconchegante e fique junto ao pet. Isso evita acidentes e, muitas vezes, serve como ferramenta para minimizar o medo do animal.

2 - Coloque algodão no ouvido: a medida é simples, basta enrolar um chumaço de algodão e colocar no ouvido do pet. O item deve ficar firme para não cair da orelha durante o momento de agitação, porém, é preciso tomar cuidado ao introduzir o algodão para não machucar o animal.
   
3 - Prepare o ambiente: para segurança do pet, prepare um quarto com os brinquedos preferidos e as comidas/petiscos de que ele goste. Mantenha as janelas e as portas fechadas. Como muitos animais se escondem por conta do barulho e podem acabar buscando abrigo em locais perigosos, a melhor saída é criar um refúgio em um ambiente seguro.

Orientações

Veja abaixo alguns conselhos da Julia Oliveira de Camargo, médica veterinária pela Universidade Anhembi Morumbi, para agir com os pets:

    1 - Sedativos e medicações naturais: atualmente, existem alguns sedativos que podem ser dados aos animais e que ajudam a acalmar e a relaxar. Porém, nem todos os animais podem tomar esse tipo de medicação. “Os riscos aumentam em algumas situações e precisam ser verificados, principalmente com animais idosos”, afirma Julia. Por isso, o ideal é que eles passem por um veterinário antes, para verificar se estão realmente aptos a tomar sedativos. “Existem também outras medicações que são mais naturais, como florais e remédios feitos de flores e frutas”, esclarece a veterinária.

    2 - Atenção às reações dos pets: Julia afirma que as reações mais comuns do animal são ficar bastante agitado, pular e latir muito, como se estivesse muito estressados. Porém, há casos mais graves, em que os pets chegam a se debater e a se cortar. “Há relatos ainda de rojões que caem dentro de algumas casas, os donos nem percebem, os animais colocam o rojão na boca e ele estoura, causando ferimentos extremamente graves ou até mesmo a morte”, lamenta.

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