sábado, 23 de novembro de 2019
Niterói tem 446 anos e o Mário com os seus quitutes
Jornalistas festejam com o Mário e o seu Porto
Quem nunca provou o seu pastel de siri e os bolinhos de bacalhau, acompanhados de um bom chope gelado? O Caneco é ponto de referência do turismo no Rio de Janeiro.
No dia do aniversário de Niterói (446 anos), festa também para o cinquentenário do Caneco Gelado do Mário, comandado pelo português mais niteroiense que conheço. E tricolor. Para comemorar, com jornalistas amigos, ele brindou com o autêntico vinho do Porto com direito a uma canja musical. Mário toca gaita nos poucos momentos de lazer, pois abre e fecha o Caneco Gelado. Ganhou até missa em ação de graças pelo sucesso da casa.
O blogueiro Gilson Monteiro fez uma homenagem a essa personalidade tão querida de Niterói, e também do Rio, que infelizmente está acabando. Como ele, ainda existem alguns heróis da resistência. Veja o que foi escrito:
Mário do Caneco Gelado. Há cinquenta anos ele chega junto com os peixes, que vêm direto do barco para sua cozinha, examina um por um, verifica se a escama está com brilho e os olhos transparentes. Pega uma faca afiada e começa a limpeza e o corte do pescado, cuidando também das lulas, polvos, lagostas, cavaquinhas, siris e camarões. Só deixa a cozinha à meia noite, quando fecha o restaurante na Rua Marquês de Caxias.
O nome dele é Mário Martins Ribeiro Carvalho, 77 anos, que vai ser homenageado dia 22 de novembro, com uma missa de Ação de Graças na igreja Nossa Senhora de Fátima, às 11 horas, pelo cinquentenário do “Caneco Gelado do Mário”, bar e restaurante que comanda e é o chef.
História de garra e sacrifícios
Nasceu em Fafe, distrito de Braga, Norte de Portugal. Lá cuidava de ovelhas quando, em 1953, seus pais vieram para o Rio. A família foi morar no Morro da Providência. Ainda menino, com 12 anos, foi ser lavador de pratos no restaurante Arouca, em Copacabana, trabalhando em pé encima de uma caixa de coca-cola, para conseguir alcançar a altura da pia.
Depois, passou a ajudante e logo foi promovido a garçom da Churrascaria Jardim, no mesmo bairro da Zona Sul do Rio.
Em 1969, atravessou a baía e abriu a lanchonete Rio-Niterói, na Marquês de Caxias. Servia pizzas, petiscos e suco de laranja.
Quando lançaram no comércio canecos de alumínio feitos em São Paulo, Mário foi no Ponto Frio e comprou 40. Ele colocava os canecos na geladeira para servir a cerveja também bem gelada.
O sucesso foi tão grande que os fregueses já chegavam ao bar pedindo um caneco gelado. Em sua maioria, eram funcionários de estaleiros que vinham no final da tarde beber uma cerveja.
Bombou tanto, que deu para ele comprar financiada a primeira loja. E logo resolveu mudar o nome do estabelecimento para Caneco Gelado do Mário, que esta semana completa 50 anos.
O que ele gosta mesmo é de colocar o avental branco e ficar pilotando as enormes frigideiras e panelas, com receitas criadas por ele. Depois percorre as mesas para ver se os fregueses estão satisfeitos.
Dá uma dica: o peixe não tem que ter tempero nenhum além do sal, para manter o sabor. A não ser que o freguês peça um molho. Outra recomendação é quando fritar, o óleo tem que estar bem quente.
O melhor pescado é o cherne e a sardinha, uma boa opção ao alcance de todos.
Tem como hobby tocar gaita e assobiar. Gostaria de ter mais tempo para dedicar-se à música. Na folga, aos domingos, costuma ir a um dos trailers na Zona Sul beber uma cervejinha e ficar apreciando a vista maravilhosa da cidade. De entrada, os imperdíveis bolinhos de bacalhau ou pastéis de siri e de camarão, que vêm junto com o sorriso arrebatador do Mário, são bênçãos da terra de Araribóia.
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Local:
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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