País, berço de vários expoentes mundiais do esporte, oferece várias opções para praticantes da modalidade nas temporadas de verão, outono e inverno
Medina
O verão, que termina oficialmente em 20 de março, movimenta praias de todo o Brasil com moradores e turistas que buscam amenizar o calor e desfrutar das belezas do litoral. Para os adeptos do surfe, também é uma época propícia para a prática do esporte. Mas engana-se quem pensa que areia, mar e ondas combinam apenas com os dias ensolarados da época mais quente do ano.
Nas estações seguintes de outono/inverno (de abril a agosto), especialmente no Sul e Sudeste, a maior frequência de ondulações gera condições ideais à prática de surfe, esporte que permite curtir os encantos naturais do país e ainda proporciona um espetáculo à parte para quem fica apenas em terra firme.
De olho na programação de viagens dos adeptos ou não da modalidade no período de altas ondas, a Agência de Notícias do Turismo lista alguns destinos que fazem a festa de surfistas e admiradores pelo Brasil. Confira, planeje o seu passeio e aloha!
SUDESTE - Estados da região concentram algumas das mais badaladas praias para surfe no país. No Rio de Janeiro, destacam-se Arpoador (um dos berços do esporte no Brasil), São Conrado, Barra da Tijuca e Prainha. Já Itacoatiara, em Niterói, com suas fortes ondulações, atrai surfistas mais experientes, bem como Itaúna, em Saquarema, na Região dos Lagos fluminense. Neste ano, Itaúna será, inclusive, sede da etapa brasileira do circuito mundial de surfe profissional, entre 9 e 20 de maio.
São Paulo, por sua vez, tem em Ubatuba, São Sebastião e Guarujá seus principais picos de surfe, com ícones a exemplo de Itamambuca, Tombo e Maresias. Esta última, famosa pelas suas ondas fortes e tubulares, é conhecida também por revelar atletas como Gabriel Medina, primeiro brasileiro campeão mundial de surfe, em 2014. Já o Espírito Santo oferece points como Jacaraípe, Carapebus, Barra do Sahy e Regência, com variados níveis de habilidade.
SUL - O litoral catarinense, outro local famoso por revelar surfistas de renome e sediar eventos internacionais do esporte, reúne praias com ótimas condições. Entre elas, Joaquina, Mole e Brava, em Florianópolis, e Guarda do Embaú (município de Palhoça), Vila e do Rosa (Imbituba) e Ferrugem e Silveira (Garopaba). Dependendo das ondas, algumas com até quatro metros de altura, várias delas exigem grande prática do surfista.
No Paraná, o principal pico é Matinhos, utilizado por competidores para aperfeiçoar manobras. A Ilha do Mel, no mesmo estado, também concentra boas alternativas, como as praias de Paralelas, de Fora e Grande. Já o Rio Grande do Sul, atrai surfistas à região de Torres, com praias como a da Guarita, da Cal e a Prainha.
NORDESTE - No Nordeste, a época ideal para surfe começa em novembro e segue até março. A região se destaca por destinos como o emblemático arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco.
Conhecido como ‘Havaí brasileiro’, o local oferece ondas perfeitas em praias mundialmente famosas, a exemplo da Cacimba do Padre e da Conceição. Outros destaques são Itacaré, na Bahia; a Praia de Pipa, no Rio Grande do Norte; Baía Formosa, na Paraíba, e Paracuru, no Ceará.
ENTRE OS TOPS - Vários brasileiros já disputaram torneios mundiais de surfe. Entre outros, nomes como Pepê Lopes, Rico de Souza, Daniel Friedman, Ricardo Bocão, Picuruta Salazar, Fábio Gouveia, Teco e Neco Padaratz, Amaury "Piu" Pereira, Jojó de Olivença, Tinguinha Lima, Renan Rocha, Guilherme Herdy, Peterson Rosa e Victor Ribas abriram caminho, nas décadas de 70, 80 e 90, para que o primeiro título fosse conquistado por Gabriel Medina, em 2014, e Adriano de Souza, o ‘Mineirinho’, no ano seguinte. Hoje, além de Medina e ‘Mineirinho’, disputam o campeonato mundial atletas a exemplo de Filipe Toledo, Ítalo Ferreira, Caio Ibelli, Wigolly Dantas, Miguel Pupo, Jadson André e Alejo Muniz.
OLHO NOS CUIDADOS - Para garantir que a prática de surfe não termine em acidentes, alguns cuidados devem ser observados, especialmente por iniciantes. Antes de começar, procure, caso seja possível, uma escola ou instrutor da modalidade, disponíveis em vários destinos tradicionais do esporte.
Também é preciso escolher corretamente o tipo de prancha, conforme a estatura e o grau de habilidade. Para os novatos, o ideal é um equipamento maior, que exige menos dificuldade na hora de remar e entrar na onda, além de mais estabilidade.
Não opte de início por ondas grandes, fortes e que quebrem sobre fundos de coral ou pedra. Além disso, observe o comportamento do mar antes de surfar, analisando como a onda quebra.
FIQUE POR DENTRO - O conhecimento de algumas expressões facilita a compreensão da dinâmica do surfe. A seguir, as principais delas:
Bomba - Onda grande
Big rider - Surfista de ondas grandes
Cavada: Quando o surfista executa manobra com uma curva na base da onda para ganhar velocidade. O movimento pode ser de backside (de costas para a face da onda) como de frontside (de frente)
Cutback - Manobra em que o surfista dá uma cavada na base, parte para a direção oposta e depois volta ao sentido anterior, em formato de “S”.
Crowd - Quando o mar está cheio de surfistas.
Drop - Quando o surfista começa a descer a onda.
Flat - Quando o mar está sem ondas.
Free surfer - Surfista que não disputa competições.
Goofy - Atleta que surfa com o pé direito à na frente da prancha.
Haole - Como surfistas chamam estrangeiros ou os que não frequentam a praia.
Inside - Arrebentação, lugar onde as ondas quebram
Lip - Parte superior ou crista da onda.
Reef - Bancada de coral ou fundo do local onde a onda quebra.
Série - Sequência de ondas que surge no mar.
Swell - Ondulações que chegam à praia formadas por tempestades no oceano.
Shaper - Profissional que fabrica pranchas de surfe.
Storm - termo em inglês que significa tempestade, é usado por surfistas para definir um mar grande e agitado.
Tow in - prática em que o surfista é rebocado de jet-ski para entrar na onda, geralmente as maiores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário