Mas não esqueça do seguinte: é importante ter um acompanhamento profissional para garantir que os nutrientes de origem animal sejam bem substituídos. Ser vegetariano pode ser fácil, desde que a pessoa não faça questão de comer carne.
Na teoria, a resposta é sim. Qualquer um pode seguir uma dieta que não tenha carne, desde que a nova alimentação garanta que todas as recomendações nutricionais sejam seguidas, especialmente no caso de gestantes e crianças.
A nutricionista Andrezza Botelho explica que se a dieta vegetariana for bem executada, não há nenhum tipo de "efeito colateral". "Se o fato de deixar de comer carne for bem executado, ou seja, a carne for substituída por alimentos que forneçam os nutrientes necessários para atingir todas as recomendações nutricionais as consequências serão somente positivas, pois a dieta baseada em frutas, legumes, verduras, leguminosas, oleaginosas e grãos tende a ser rica em vitaminas, minerais e fibras, proporcionando equilíbrio nas funções do organismo, consequentemente mantém um bom estado de saúde", explica.
Caso a substituição das proteínas não seja feita corretamente, é possível que o vegetariano desenvolva carência ou monotonia de nutrientes, como anemia ferropriva, consequência da falta de ferro, ou megaloblástica, resultado da falta de vitamina B12 e/ou ácido fólico. "É necessário fazer uma substituição adequada desses nutrientes, a fim de evitar sérias complicações de saúde", alerta Andrezza.
Se as necessidades do corpo não forem supridas, é importante verificar a necessidade de suplementação, especialmente no caso de crianças e gestantes. "Se a dieta for isenta de leite e derivados, no caso da criança, é necessário verificar ingestão de cálcio, a fim de garantir boa formação óssea e crescimento adequado. Para as gestantes, é importante fazer a suplementação de ferro e ácido fólico", informa a nutricionista.
Na opinião de Andrezza, ser vegetariano pode ser algo simples, desde que a pessoa não faça questão de ingerir alimentos de origem animal. Para quem costuma comer carne, pode ser um desafio. "Para aqueles que sentem mais dificuldade é necessário calma e bastante força de vontade. A substituição da carne por outros alimentos pode ser mais fácil quando feita de forma gradual, começando com a diminuição do consumo, por exemplo, ao invés de consumir carne todos os dias, restringir para três dias na semana, depois para dois e assim até a retirada total", aconselha.
Para quem deseja parar de consumir qualquer alimento de origem animal, isto é, aderir à dieta vegana, Andrezza sugere manter o consumo de leite e ovos no início para facilitar a transição.
"Uma dieta monótona quanto a variedade de alimentos pode prejudicar a adesão e o estado nutricional do indivíduo, dessa forma, uma boa dica é variar bastante as preparações, usando a criatividade e a infinidade de alimentos de origem vegetal que temos acesso hoje", diz Andressa, que acredita que a retirada total de carne da alimentação só é possível quando a pessoa realmente vê sentido nisso.
Por fim, Andrezza aconselha que, para que o indivíduo não tenha problemas com a dieta, se faça um acompanhamento nutricional.
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