quarta-feira, 10 de julho de 2019

Armando Nogueira vai estar na Flip em Paraty

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O jornalista, professor universitário e escritor Paulo Cesar Guimarães (PC Guimarães) levará histórias interessantes e picantes sobre esse monstro que ajudou a crescer o jornalismo da Rede Globo de Televisão. Já outro jornalista, também carioca e muito importante, dono de uma das maiores agências de assessoria de imprensa do país, criador do Museu da Pelada, apresentador de televisão, estará na feira literária lançando mais um selo, a Approach Editora.

São os Heróis da Resistência inseridos no tema principal da Festa Literária Internacional de Paraty, que chega em sua décima sétima edição, sendo realizada entre os dias 10 e 14/7. Ou seja, começa nessa quarta-feira (10), em um dos locais mais bonitos e cheios de história da Costa Verde fluminense.

Uma Flip que promete ser ainda mais ativista, suplantando um encontro de autores para intensificar o debate político, abordando o massacre de Canudos, narrado por Euclides da Cunha, jornalista do então Estado de São Paulo e autor do mais famoso relato sobre a guerra de Canudos " Os Sertões".

Homens de imprensa e do futebol

Pra quem for a Flip e quiser prestigiar o PC Guimarães que vai falar do seu Armando: o papo sobre a biografia de Armando Nogueira, que será lançada em março de 2020, vai rolar na Off-Flip da Casa Gastromar, rua da Capela, 34. Será nos dias 11 e 12, quinta e sexta, às 15h. " A casa, um charme por sinal, estava acabando de ser restaurada quando estive em Paraty pra fazer mais uma das 200 e tantas entrevistas do livro", lembra o escritor e jornalista que promete histórias muito interessantes para a platéia.

          
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No sábado (13), a partir das 18hs, será a vez dos "Heróis da Resistência", orquestrado pelo jornalista Sérgio Pugliese, que lança na Flip o selo Approach Editora, conduzindo conversas com empreendedores, como Cello Camolese, dono de quatro casas culturais e gastronômicas no Rio, e o escritor Pedro Salomão.

Sobre a feira

A 17ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty pretende exibir as marcas das perturbações que o Brasil sofreu na última década. De acordo com analistas, já não se trata de um conclave de literatos fundado em 2003 pela editora inglesa Liz Calder, então moradora da cidade histórica. Com o passar das crises, Liz foi embora, os grandes escritores sumiram, as verbas minguaram e a programação alternativa se incorporou à festa. “Hoje a Flip é a fusão da programação principal com a de casas parceiras”, diz a editora Fernanda Diamant, curadora da festa. “O público mudou a relação com a atenção. Por isso, optamos por mesas de 45 minutos, com formatos variados: palestras, performances e entrevistas.”

      
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      Marcia Peltier e PC Guimarçães

Outra mudança se deu na densidade literária, que se diluiu para dar lugar à politização e à invasão de autores militantes dos movimentos negro, indígena, LGBTQ+ e feminista. “A Flip é um evento educativo e politico”, afirma Fernanda. “Ao fazer cultura, você faz política.” Nada mais politizado que o autor homenageado deste ano, Euclides da Cunha (1866-1909), e seu “livro vingador”, “Os sertões” (1902), mistura de tratado antropológico-topográfico e relato da destruição do arraial de Canudos, em outubro de 1897, pelo exército brasileiro. É um tema que convém ao novo modelo da festa.

A atualidade de “Os sertões” será discutida por 33 escritores de dez nacionalidades em várias áreas, da sociologia à fotografia, roçando até a literatura. Fernanda escolheu nomes de locais do interior da Bahia para ilustrar as 21 mesas, nem sempre ligadas ao tema.


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