quarta-feira, 17 de julho de 2019

Flip perde fôlego e PM tem de tomar conta de Paraty contra a violência

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A 17ª edição da Flip, que terminou neste domingo (14/7), teve 41 autores convidados que participaram dos cinco dias de evento. A edição teria novidades, mas foi morna, na opinião de especilistas. Nas ruas de pedras centenárias e casarios históricos, muita gente e a ocupação por parte do Batalhão de Choque (BPChoq) da PM do Rio temendo ação de traficantes que tomaram os municípios da Costa Verde, como Angra dos Reis e Mangaratiba. Paraísos de nossa costa marítima, e Balneário mais lindo e cheio de histórias, que foi ocupado por bandidos sanguinários dos morros da capital carioca que foram para lá atrás do dinheiro milionário que vem do tráfico de drogas para o turismo. Triste realidade de nossas cidades que poderiam crescer com o setor turístico e hoteleiro.  Estavam sendo esperadas 200 mil pessoas.

    
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Quanto à A Flip 2019, dos 41 convidados, participaram 22 mulheres e 19 homens. Além disso, houve um pequeno aumento no percentual de autores e autoras negras em relação aos últimos dois anos, quando houve um recorde de participação (30%). Em 2019, o percentual foi de 31,7%. Na avaliação divulgada pela organização. Teve de tudo, até troca de socos, sendo o objetivo maior o fato de querer denegrir a imagem do governo brasileiro.

Não houve discussão sobre a violência e o q ue deveria ser feito para acabar com essa realidade. Não houve discussão sobre o aumento do turismo da região, usando a Flip como pólo de atração para a Costa Verde.  Apenas temas, alguns atuais e outros desgastados pelo tempo, a começar pela homenagem à Euclides da Cunha, autor de "Os Sertões", com debates sobre resistência e luta: quase requisito da edição. Não se falou sobre a destruição do país por governos anteriores. 

     
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Não se debateu nem o fato do fechamento de grandes livrarias no Rio, principalmente, e nem na necessidade de se promover o aumento da leitura entre os indivíduos. De como atrair uma geração que mal sabe ler ou interpretar um texto.

Outros temas

Na noite de quinta (11/7), Kalaf Epalanga e Gaël Faye divertiram a plateia falando de temas sérios como guerra, imigração e racismo. Os autores criticaram a pouca presença de negros e mestiços na literatura e expuseram a realidade da imigração na Europa e dos conflitos africanos, mas não perderam a oportunidade de fazer piadas durante as falas.

O encontro entre Jarid Arraes e Carmen Maria Machado também foi marcado por temas sérios, como a escassez de autoras negras e o que se espera da literatura LGBT. As escritoras também cativaram o público, mas com emoção e sensibilidade. Com homenagem a Conceição Evaristo, teve até choro durante a apresentação.

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