quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Castelinho do Flamengo completa 100 anos

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O local, que é uma espécie de ponto turístico do bairro, tem histórias muito interessantes, incluindo as de fantasmas que aparecem no prédio à noite.

O Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho, mais conhecido como Castelinho do Flamengo, comemora os 100 anos de construção do prédio a partir desta quinta-feira (09/08). Entre as atividades, o público vai conferir a exposição gratuita "Castelo da Memória", com participação de artistas, arquitetos e jornalistas que exibirão fotos, plantas, maquetes e outros materiais do prédio na Praia do Flamengo. 

A programação conta ainda com exibição de curtas, documentários e histórias em quadrinhos. Patrimônio histórico tombado da cidade do Rio de Janeiro, o Centro Cultural foi finalizado em 1918 com tendências italianas da época.

Mistérios

Projetado pelo arquiteto italiano Gino Coppedè, o prédio também desperta lendas. Uma delas conta a história do casal Avelino Fernandes e Dona Rosalina Feu Fernandes, mortos após serem atropelados por um bonde em frente ao Castelinho. Segundo relatos, a filha deles, Maria de Lourdes Feu Fernandes, teria sido roubada e maltratada pelo seu tutor, deixando-a presa na torre principal da construção. Mais tarde, a jovem teria se jogado do alto do prédio e teria voltado para assombrar o lugar.

O Castelinho do Flamengo encanta o carioca com suas portas e janelas de cristal, pisos de azulejos, estátuas no estilo barroco, entre outras belezas. Atualmente, o equipamento conta com salas para exposições, debates e oficinas. Entre as atividades oferecidas ali estão oficinas de criação, programação musical, debates culturais, leituras dramatizadas e pequenas apresentações. O local também  funciona como centro de referência para a população madura, visitando temas que foram ícones de gerações. 

Sobre a exposição "Castelo da Memória"

Um grupo de artistas, arquitetos e jornalistas exibirá fotos, plantas, maquetes e outros materiais do prédio da Praia do Flamengo. A ocupação será nos três andares: o primeiro vai receber a apresentação de uma maquete da edificação; no segundo, a programação semanal do Cine Castelinho terá curtas e documentários sobre arquitetura, com curadoria do Archicine.

O jornalista Rafael Bokor, autor do livro "Rio - Casas e Prédios Antigos" apresentará fotografias e conteúdos textuais sobre os "irmãos do castelo", edificações antigas em formato de castelo que estão espalhadas pela cidade. O Laboratório de Pesquisa da UFRJ, comandado por Naylor Vilas Boas, vai apresentar através de mídia e materiais impressos o desmonte do Morro do Castelo e outros exemplos das transformações na cidade.

Já o terceiro andar terá como tema "O povo sobe ao topo", com pinturas de Gelson Mallorca, em contexto de luta social pela educação; fotografias de Chris Duarte, mostrando o contexto estético de imóveis abandonados ou ocupados.

O visitante encontrará uma pesquisa documental 2D e 3D sobre o Castelinho, de Bráulio Gomes, Camila Guimarães e Raquel Machado. O jornalista Rafael Bokor apresenta casas e prédio antigos do Rio, com fotografias de Guilherme Tarabini e Milena Leonel.

Os laboratórios de arquitetura Laurd, Prourb, Fau e UFRJ apresentam "Pesquisa digital: Transformações urbanas da cidade". Por fim, no topo do castelo está a população. Amanda Flou apresenta a mostra de fotografia "Dois indígenas urbanos" e Chris Duarte "Estéticas do abandono e a cidade". No alto do Castelinho Gelson Mallorca também apresenta uma HQ aquarelada com o tema "Dois rebeldes sem casa. Minha vida é um quadrinho".

Serviço:

Endereço: Praia do Flamengo, 158

Telefones: 2205-0655 e 2205-0276

Horário: de quinta a terça-feira das 10h às 18h. Até 30 de setembro.

Ingresso: Entrada gratuita

Classificação: Livre

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