quinta-feira, 31 de agosto de 2017

São Paulo tem o Lady Driver

Primeiro aplicativo de transporte só para mulheres nasceu depois de fundadora sofrer assédio; app, que só trabalha com motoristas e clientes do sexo feminino, tem oito mil motoristas cadastradas. Aplicativo chegará ao Rio no final do ano.

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Uma ideia de negócio pode surgir de uma experiência ruim e dar muito certo. Foi o que aconteceu com a empresária Gabriela Correa, 35 anos, fundadora da primeira empresa de transporte para mulheres de São Paulo, a Lady Driver. Em funcionamento desde março deste ano, o aplicativo funciona da mesma forma que os já existentes no mercado, com a diferença que só aceita motoristas e clientes do sexo feminino.

Em poucos meses, o app Lady Driver já teve 50 mil downloads e conta com oito mil motoristas - todas mulheres - para atender na capital e na Grande São Paulo.
 
“Sofri assédio e foi muito ruim. Depois do incidente, fiquei pensando quantas mulheres passam por isso e decidi pesquisar sobre o assunto. Descobri que não existia nenhum serviço assim quando comecei a procurar para mim”, diz Gabriela, que conta com a ajuda das sócias Bianca Saad e Raquel Correa.

Depois do incidente e da pouca sorte na busca por um serviço de transportes voltado para mulheres, a empresária vislumbrou uma oportunidade de negócio. Para tornar o sonho realidade, Gabriela acredita que o seu perfil empreendedor ajudou.

“Já tive uma oficina e uma empreiteira. Enquanto estava trabalhando nas Olimpíadas do Rio, em 2016, comecei a pesquisar, ler e assistir vídeos sobre startups. Pesquisei aceleradoras e inscrevia o projeto em todos os concursos.” Funcionou. Depois disso, a startup recebeu investimento de um fundo e, recentemente, soube que vai ser acelerada por um investidor canadense. “Vou passar cinco semanas no País. Eles gostaram da ideia, principalmente por ter nascido na America do Sul.”

Até o final do ano o Lady Drivers deve chegar ao Rio de Janeiro. Segundo a fundadora, cerca de 1 mil mulheres já se cadastraram para trabalhar como motoristas. “Não é só a cliente que se sente mais segura. As motoristas também. Elas recebem um treinamento específico e também procuramos abordar temas como o empoderamento feminino.”

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