segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Bem Estar : Conheça os alimentos para desinchar o corpo, depois das ceias de fim de ano


A retenção de líquido, causada pelo consumo de alimentos comuns nas festas de fim de ano, pode elevar o peso em até 2 quilos. Sódio em excesso pode aumentar em dois quilos o peso corporal por reter líquido no organismo.

Não se surpreenda se você acordou depois da ceia com 2 quilos a mais na balança. Trata-se de retenção de líquido, decorrente dos excessos alimentares e da ingestão elevada de sódio. Apenas 1 grama de sal pode reter até 200 ml de água no organismo. 

De acordo com o nutrólogo Daniel Magnoni, do Hospital do Coração - HCor, em São Paulo, quando se consome muito sal, o volume dos vasos sanguíneos tende a aumentar para que o sódio seja diluído e, assim, excretado com mais facilidade. “Esse é o mecanismo que causa a sensação de inchaço. Mas é momentâneo”, explica. O sódio demora, em média, três dias para ser eliminado pelo organismo.

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é ingerir até 2 gramas de sódio por dia, equivalentes a 5 gramas de sal. É fácil ultrapassar esse limite consumindo enlatados e embutidos, sempre presentes nas festas de fim de ano. Em duas fatias de presunto cozido, por exemplo, há 467 mg de sódio. A mesma quantidade de tender tem 445 mg. “Embutidos e produtos industrializados correspondem a cerca de 70% do nosso consumo diário de sal”, diz Tarissa Petry, endocrinologista do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Alimentos que ajudam:

Mamão - contém a enzima papaína, que ajuda na digestão ao auxiliar a quebra das moléculas de proteína. Ao facilitar a digestão, o sódio é excretado pelo organismo com mais facilidade.

Abacaxi -  tem a enzima bromelina, semelhante à papaína presente no mamão. Com a mesma ação de auxiliar a quebra de proteínas, a enzima ajuda na excreção do sódio. “O importante é comer a fruta em si. O suco de abacaxi é muito calórico”, diz o endocrinologista João Eduardo Nunes Salles, vice-presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), comer abacaxi logo após a refeição é ideal. Não jogue as cascas fora. Elas carregam tanta bromelina quanto a polpa e servem para fazer chá.

Água - para remover o excesso de líquido do organismo, é essencial tomar água. Ela estimulará o trabalho dos rins e ajudará a diluir o sódio. “Beber mais água faz o sistema urinário aumentar o seu funcionamento e a eliminar mais rapidamente os líquidos e os eletrólitos do sódio”, diz o nutrólogo Daniel Magnoni. A recomendação é tomar de 1,5 litro a 2 litros por dia, não mais do que isso. 

 Banana -  é uma fruta rica em potássio, nutriente que auxilia na remoção do sódio pelo organismo por contrabalancear os efeitos do sódio. “Além disso, algumas pesquisas mostram que o consumo de potássio associado à baixa ingestão de sódio está relacionado com a diminuição da pressão arterial”, diz Tarissa Petry, endocrinologista do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Chás - além de estimularem os rins, como a água, os chás contêm fenólicos, compostos que reduzem o acúmulo de líquido na parede das artérias e são antioxidantes. “Se você conseguir diluir o excesso de sódio, a excreção será mais fácil”, aponta João Eduardo Nunes Salles.

Abacate - é uma das frutas que mais contêm potássio: 485 miligramas para cada 100 gramas. Assim como a banana, o abacate ajudará na excreção de sódio. Consumir frutas ricas em potássio é, ao lado da ingestão de água, uma das formas mais eficientes de desinchar.

Vegetais - possuem grandes quantidades de potássio e são alimentos de fácil digestão, características que ajudam na excreção de sódio. Por esses motivos, os vegetais devem ser os principais componentes das refeições no dia seguinte à ingestão exagerada de sódio. Mas cuidado com molhos prontos: eles são ricos em sódio.

Fontes: João Eduardo Nunes Salles, endocrinologista e vice-presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM); Tarissa Petry, endocrinologista do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo; Daniel Magnoni, nutrólogo do Hospital do Coração - HCor, em São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário